Estudantes de odontologia noturno : perfil sociodemográfico-familiar e condições de permanência no curso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/254955 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Impulsionada pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a partir de 2010, ampliou o número de vagas no curso de Odontologia para o período noturno. A intenção principal foi atender a demanda de acesso aos estudantes trabalhadores. Para além do acesso, há a necessidade de se conhecer as condições de permanência destes estudantes no curso, o que justificou a realização desta pesquisa. OBJETIVO: Analisar o perfil sociodemográfico-familiar de estudantes do curso de Odontologia noturno da UFRGS e as condições de permanência no curso (barreiras e facilitadores). METODOLOGIA: O estudo utilizou dados de pesquisa transversal observacional vinculada ao Programa de Educação Tutorial ‘Conexões de Saberes: Cenários de Práticas e Estágios Curriculares Noturnos’, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Psicologia da UFRGS. Foram convidados a participar do estudo todos os 175 matriculados no curso noturno de Odontologia da UFRGS, de janeiro a junho de 2019. A delimitação da amostra ocorreu por meio da adesão e aceite voluntário. A coleta de dados foi realizada por preenchimento de instrumento online. A análise das questões fechadas foi realizada pela distribuição de frequências de cada variável (estatística descritiva). As respostas das questões abertas foram analisadas pela análise temática de conteúdo. RESULTADOS: Participaram do estudo 55 estudantes (percentual de resposta de 31%). Os resultados mostraram que o perfil, em sua maior parte, é de mulheres, adultas jovens (média de idade de 26,6 anos), brancas, solteiras, sem filhos, residentes em Porto Alegre e com formação no ensino fundamental e médio em escola pública. Pouco mais da metade trabalha (50,9%) e dependem de apoio familiar para seu sustento (50,9%). Para 21,8% a renda individual mensal foi de 1 a 1 ½ salários mínimos. Os estudantes perceberam que a permanência no curso é afetada por questões financeiras, por aspectos organizacionais da Universidade e do curso, pela condição de ser estudante trabalhador, pela relação com os professores, pela insegurança em torno do campus universitário, além do tempo de deslocamento até a Universidade e o tempo de duração do curso. Estratégias para fortalecer a permanência relacionaram-se a mudanças organizacionais do curso, com possibilidade de aulas aos sábados e de acompanhar disciplinas na categoria de aluno especial no turno diurno, flexibilização no horário de chegada dos estudantes, realização de disciplinas/atividades na modalidade de Educação a Distância, maior oferta de atividades extracurriculares em horários compatíveis ao estudante trabalhador e o acompanhamento psicológico. O auxílio financeiro para obtenção de materiais odontológicos foi reconhecido como uma estratégia facilitadora para alunos que recebem benefício da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O curso noturno de Odontologia tem possibilitado o ingresso do estudante trabalhador na Universidade. Para além do acesso, existem barreiras relacionadas ao perfil sociodemográfico-familiar, aos aspectos organizacionais da Universidade e do curso. Recomenda-se a análise permanente da trajetória dos estudantes, estimulando a identificação e discussão das barreiras e facilitadores da permanência, a fim de promover estratégias com vistas a aprimorar a sua formação. |
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