Rhinosinusitis in autologous and allogeneic bone marrow transplantation : a retrospective study on the performance of imaging studies on severity and prognostic evaluation
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/131344 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho diagnóstico e prognóstico de um escore de estadiamento de rinossinusite (RS) por tomografia em pacientes submetidos a transplante de medula óssea (TMO). Realizou-se um estudo de coorte retrospectivo de pacientes submetidos a transplante de medula óssea (autólogo e alogênico) de 1º de setembro de 2005 a 31 de setembro de 2007 que desenvolveram RS durante o período de internação do transplante. Pacientes com história prévia de doença sinusal ou cirurgia otorrinolaringológica foram excluídos do estudo. Dados relacionados à mortalidade, resolução da RS e desfechos do TMO foram extraídos do prontuário médico. Os parâmetros coletados foram correlacionados com o escore de estadiamento de Lund-Mackay (ELM), que foi calculado com base nas alterações tomográficas de cada paciente. Um total de 85 TMO foram realizados e 37 (23 alogênicos e 14 autólogos) destes pacientes desenvolveram RS durante o transplante. Uma correlação significativa com o ELM foi encontrada quando se considerava a contagem absoluta de neutrófilos (CAN), com uma CAN mais alta (>500/mcl) se associando com um ELM de maior valor (média de escore para CAN baixa 6,08 e CAN alta 9,71 pontos, p<0,05). A necessidade de intervenção cirúrgica e reinternações pós-TMO, resolução da RS e mortalidade geral não mostraram correlação com o ELM. Mesmo assumindo que a neutropenia severa é um fator de risco relevante para intercorrências infecciosas durante o TMO, paradoxalmente, os pacientes com menos de 500 neutrófilos/mcl mostraram um ELM de menor severidade, embora não tenham evoluído de maneira diferente daqueles com maior ELM. É provável que ELM mais alto esteja simplesmente ligado ao fato de uma CAN mais alta levar a uma maior reação inflamatória e consequente alteração tomográfica. Desta forma, o ELM não parece útil na avaliação de pacientes altamente imunossuprimidos como os do TMO. |
id |
UFRGS-2_c150af3d1bacbe000f9aec440301243b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/131344 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Sekine, LeoManica, DenisePiltcher, Otavio BejzmanLopes, Camila J.Segatto, Majoriê MergenPaz, Alessandra AparecidaSilla, Lucia Mariano da Rocha2015-12-24T02:39:43Z20101516-8484http://hdl.handle.net/10183/131344000979407O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho diagnóstico e prognóstico de um escore de estadiamento de rinossinusite (RS) por tomografia em pacientes submetidos a transplante de medula óssea (TMO). Realizou-se um estudo de coorte retrospectivo de pacientes submetidos a transplante de medula óssea (autólogo e alogênico) de 1º de setembro de 2005 a 31 de setembro de 2007 que desenvolveram RS durante o período de internação do transplante. Pacientes com história prévia de doença sinusal ou cirurgia otorrinolaringológica foram excluídos do estudo. Dados relacionados à mortalidade, resolução da RS e desfechos do TMO foram extraídos do prontuário médico. Os parâmetros coletados foram correlacionados com o escore de estadiamento de Lund-Mackay (ELM), que foi calculado com base nas alterações tomográficas de cada paciente. Um total de 85 TMO foram realizados e 37 (23 alogênicos e 14 autólogos) destes pacientes desenvolveram RS durante o transplante. Uma correlação significativa com o ELM foi encontrada quando se considerava a contagem absoluta de neutrófilos (CAN), com uma CAN mais alta (>500/mcl) se associando com um ELM de maior valor (média de escore para CAN baixa 6,08 e CAN alta 9,71 pontos, p<0,05). A necessidade de intervenção cirúrgica e reinternações pós-TMO, resolução da RS e mortalidade geral não mostraram correlação com o ELM. Mesmo assumindo que a neutropenia severa é um fator de risco relevante para intercorrências infecciosas durante o TMO, paradoxalmente, os pacientes com menos de 500 neutrófilos/mcl mostraram um ELM de menor severidade, embora não tenham evoluído de maneira diferente daqueles com maior ELM. É provável que ELM mais alto esteja simplesmente ligado ao fato de uma CAN mais alta levar a uma maior reação inflamatória e consequente alteração tomográfica. Desta forma, o ELM não parece útil na avaliação de pacientes altamente imunossuprimidos como os do TMO.The objective of this work was to evaluate the diagnostic and prognostic performance of a traditional imaging staging system for rhinosinusitis in the bone marrow transplantation (BMT) scenario. A retrospective cohort study was carried out at a bone marrow transplantation referral center involving subjects who underwent allogeneic or autologous BMT from September 1st 2005 to September 31st 2007 and later evolved with rhinosinusitis during the BMT inpatient period. Patients who had a previous history of sinusal disease or otolaryngologic surgery were excluded from the study. Data concerning mortality, the treatment of rhinosinusitis and BMT outcomes were extracted from medical files. The collected parameters were compared to the Lund- Mackay tomographic staging system score which was calculated based on available tomography films of each patient. A total of 85 BMT were performed and 23 allogeneic and 14 autologous (43.5%) BMT patients evolved with rhinosinusitis during transplantation. A significant association with LMS was found for the absolute neutrophil count (ANC), with a higher ANC (>500/mm3) correlating with a higher LMS (Mean LMS for lower ANC 6.08 and higher ANC 9.71 points, p<0.05). Need for surgical management and post-BMT admissions, the resolution of the rhinosinusitis and overall mortality had no significant correlation with LMS. Patients with less than 500 neutrophils/ mm3 are known to be prone to more severe infections, but paradoxically showed lower LMS when developing rhinosinusitis. However, there were no differences in the main outcomes between those with higher and lower LMS. This would possibly lead to an equivocal assumption of a less severe disease. Severely neutropenic patients are probably not able to mount an effective inflammatory response capable of inducing significant tomographic abnormalities. So, this imaging study would not be able to adequately evaluate the extent of sinusal involvement. We thus conclude that LMS is not an adequate staging system to evaluate the severity of BMT sinusal disease.application/pdfengRevista brasileira de hematologia e hemoterapia. Vol. 32, n. 1 (Fev. 2010), 5p.SinusiteTransplante de medula ósseaTomografiaPrognósticoSinusitisBone marrow transplantationTomographyDiagonosesPrognosesRhinosinusitis in autologous and allogeneic bone marrow transplantation : a retrospective study on the performance of imaging studies on severity and prognostic evaluationRinossinusite em transplante de células-tronco hematopoéticas autólogo e alogênico : um estudo retrospectivo sobre o desempenho de estudos de imagem na avaliação de severidade e prognósticoinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000979407.pdf000979407.pdfTexto completo (inglês)application/pdf345849http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131344/1/000979407.pdf2b2b6349b5d409189d739646c72af703MD51TEXT000979407.pdf.txt000979407.pdf.txtExtracted Texttext/plain22070http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131344/2/000979407.pdf.txt255ae544be903ddc096a54de643a3d6dMD52THUMBNAIL000979407.pdf.jpg000979407.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1766http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131344/3/000979407.pdf.jpgeb8af75f1605e024241d303908f9c1f2MD5310183/1313442023-06-16 03:34:05.44665oai:www.lume.ufrgs.br:10183/131344Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2023-06-16T06:34:05Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Rhinosinusitis in autologous and allogeneic bone marrow transplantation : a retrospective study on the performance of imaging studies on severity and prognostic evaluation |
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv |
Rinossinusite em transplante de células-tronco hematopoéticas autólogo e alogênico : um estudo retrospectivo sobre o desempenho de estudos de imagem na avaliação de severidade e prognóstico |
title |
Rhinosinusitis in autologous and allogeneic bone marrow transplantation : a retrospective study on the performance of imaging studies on severity and prognostic evaluation |
spellingShingle |
Rhinosinusitis in autologous and allogeneic bone marrow transplantation : a retrospective study on the performance of imaging studies on severity and prognostic evaluation Sekine, Leo Sinusite Transplante de medula óssea Tomografia Prognóstico Sinusitis Bone marrow transplantation Tomography Diagonoses Prognoses |
title_short |
Rhinosinusitis in autologous and allogeneic bone marrow transplantation : a retrospective study on the performance of imaging studies on severity and prognostic evaluation |
title_full |
Rhinosinusitis in autologous and allogeneic bone marrow transplantation : a retrospective study on the performance of imaging studies on severity and prognostic evaluation |
title_fullStr |
Rhinosinusitis in autologous and allogeneic bone marrow transplantation : a retrospective study on the performance of imaging studies on severity and prognostic evaluation |
title_full_unstemmed |
Rhinosinusitis in autologous and allogeneic bone marrow transplantation : a retrospective study on the performance of imaging studies on severity and prognostic evaluation |
title_sort |
Rhinosinusitis in autologous and allogeneic bone marrow transplantation : a retrospective study on the performance of imaging studies on severity and prognostic evaluation |
author |
Sekine, Leo |
author_facet |
Sekine, Leo Manica, Denise Piltcher, Otavio Bejzman Lopes, Camila J. Segatto, Majoriê Mergen Paz, Alessandra Aparecida Silla, Lucia Mariano da Rocha |
author_role |
author |
author2 |
Manica, Denise Piltcher, Otavio Bejzman Lopes, Camila J. Segatto, Majoriê Mergen Paz, Alessandra Aparecida Silla, Lucia Mariano da Rocha |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sekine, Leo Manica, Denise Piltcher, Otavio Bejzman Lopes, Camila J. Segatto, Majoriê Mergen Paz, Alessandra Aparecida Silla, Lucia Mariano da Rocha |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Sinusite Transplante de medula óssea Tomografia Prognóstico |
topic |
Sinusite Transplante de medula óssea Tomografia Prognóstico Sinusitis Bone marrow transplantation Tomography Diagonoses Prognoses |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Sinusitis Bone marrow transplantation Tomography Diagonoses Prognoses |
description |
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho diagnóstico e prognóstico de um escore de estadiamento de rinossinusite (RS) por tomografia em pacientes submetidos a transplante de medula óssea (TMO). Realizou-se um estudo de coorte retrospectivo de pacientes submetidos a transplante de medula óssea (autólogo e alogênico) de 1º de setembro de 2005 a 31 de setembro de 2007 que desenvolveram RS durante o período de internação do transplante. Pacientes com história prévia de doença sinusal ou cirurgia otorrinolaringológica foram excluídos do estudo. Dados relacionados à mortalidade, resolução da RS e desfechos do TMO foram extraídos do prontuário médico. Os parâmetros coletados foram correlacionados com o escore de estadiamento de Lund-Mackay (ELM), que foi calculado com base nas alterações tomográficas de cada paciente. Um total de 85 TMO foram realizados e 37 (23 alogênicos e 14 autólogos) destes pacientes desenvolveram RS durante o transplante. Uma correlação significativa com o ELM foi encontrada quando se considerava a contagem absoluta de neutrófilos (CAN), com uma CAN mais alta (>500/mcl) se associando com um ELM de maior valor (média de escore para CAN baixa 6,08 e CAN alta 9,71 pontos, p<0,05). A necessidade de intervenção cirúrgica e reinternações pós-TMO, resolução da RS e mortalidade geral não mostraram correlação com o ELM. Mesmo assumindo que a neutropenia severa é um fator de risco relevante para intercorrências infecciosas durante o TMO, paradoxalmente, os pacientes com menos de 500 neutrófilos/mcl mostraram um ELM de menor severidade, embora não tenham evoluído de maneira diferente daqueles com maior ELM. É provável que ELM mais alto esteja simplesmente ligado ao fato de uma CAN mais alta levar a uma maior reação inflamatória e consequente alteração tomográfica. Desta forma, o ELM não parece útil na avaliação de pacientes altamente imunossuprimidos como os do TMO. |
publishDate |
2010 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-12-24T02:39:43Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/131344 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1516-8484 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000979407 |
identifier_str_mv |
1516-8484 000979407 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/131344 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Revista brasileira de hematologia e hemoterapia. Vol. 32, n. 1 (Fev. 2010), 5p. |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131344/1/000979407.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131344/2/000979407.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/131344/3/000979407.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
2b2b6349b5d409189d739646c72af703 255ae544be903ddc096a54de643a3d6d eb8af75f1605e024241d303908f9c1f2 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br |
_version_ |
1817724975070576640 |