Concepções dos alunos sobre os tensionamentos étnico-raciais na escola e na sociedade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wanderer, Fernanda
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Nunes, Mônica
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/195980
Resumo: Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa desenvolvida com o propósito de examinar enunciações de alunos dos anos finais do ensino fundamental de uma escola pública de Estrela, RS, um município de colonização alemã, sobre os marcadores étnico-raciais que operam na escola e na sociedade. Essas questões se potencializaram, na atualidade, com a imigração haitiana presente na cidade. Os aportes teóricos que sustentam o estudo advêm de discussões contemporâneas sobre raça e etnia, como os trabalhos de Meyer (2011), Silva (2005, 2017) e Gomes (2003). O material de pesquisa escrutinado é composto por observações de aulas e registros de atividades pedagógicas postas em ação em uma turma do 8o ano do ensino fundamental. A análise mostrou a existência de práticas discriminatórias na cidade onde vivem os discentes, em especial, em relação aos negros. Contudo, os estudantes afirmam que essas práticas não se fazem presentes na escola. Além disso, os alunos negros não se identificam com sua negritude, autodenominando-se de “morenos” ou “meio morenos”, mostrando que o pertencimento étnico-racial se constitui em um processo envolto em tensões que frequentemente geram negação ou rejeição ao sentimento de pertença a um determinado grupo.
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