Escola e as relações étnico-raciais : uma análise sobre enunciações de alunos
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/195971 |
Resumo: | O artigo examina enunciações de alunos de uma escola pública gaúcha sobre os mercadores étnico-raciais que operam na instituição e na cidade onde residem: um município pertencente a uma região de colonização alemã. Como aportes teóricos, o estudo sustenta-se em teorizações do campo pós-estruturalista sobre raça, etnia e a constituição do sujeito. O material de pesquisa é constituído por entrevistas e questionários respondidos por discentes de uma turma do 8o ano do Ensino Fundamental. Em termos metodológicos, foi realizada uma etnografia, sendo os dados escrutinados na perspectiva da análise do dscurso, como proposto por Michael Foucault. O exame do material mostrou que os estudantes negros não reconhecem sua negritude, autodenominando-se como "moreno" ou "escurinho". Além disso, os alunos negam a existência de racismo na escola, mesmo afirmando que práticas racistas são vivenciadas no município. |
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Nunes, MônicaWanderer, Fernanda2019-06-20T02:35:16Z20190102-5473http://hdl.handle.net/10183/195971001095035O artigo examina enunciações de alunos de uma escola pública gaúcha sobre os mercadores étnico-raciais que operam na instituição e na cidade onde residem: um município pertencente a uma região de colonização alemã. Como aportes teóricos, o estudo sustenta-se em teorizações do campo pós-estruturalista sobre raça, etnia e a constituição do sujeito. O material de pesquisa é constituído por entrevistas e questionários respondidos por discentes de uma turma do 8o ano do Ensino Fundamental. Em termos metodológicos, foi realizada uma etnografia, sendo os dados escrutinados na perspectiva da análise do dscurso, como proposto por Michael Foucault. O exame do material mostrou que os estudantes negros não reconhecem sua negritude, autodenominando-se como "moreno" ou "escurinho". Além disso, os alunos negam a existência de racismo na escola, mesmo afirmando que práticas racistas são vivenciadas no município.The article examines the statements made by students of a public school in the state of Rio Grande do Sul about ethnic and racial markers operating in the institution and the city where they live: a municipality belonging to a region of German colonization. As theoretical contributions, the study is based on theories of the post-structuralist field on race, ethnicity and the constitution of the subject. The research material surveyed consists of interviews and questionnaires answered by students of a group of the 8th year of Elementary School. In methodological terms, an ethnography was performed, the data being scrutinized from the discourse analysis perspective, as proposed by Michel Foucault. The analysis showed that black students do not recognize their blackness, calling themselves “brown” or “darkish”. In addition, students deny the existence of racism in school, even stating that racist practices are experienced in the municipality.El artículo examina enunciaciones de alumnos de una escuela pública gaucha sobre los marcadores étnico-raciales que operan en la institución y en la ciudad donde residen: un municipio perteneciente a una región de colonización alemana. Como aportes teóricos, el estudio se sustenta en teorizaciones del campo post-estructuralista sobre raza, etnia y la constitución del sujeto. El material de investigación escrutado está constituido por entrevistas y cuestionarios respondidos por alumnos de una clase del 8º año de la Enseñanza Fundamental. En términos metodológicos, se realizó una etnografía, siendo los datos escrutados en la perspectiva del análisis del discurso, como propuesto por Michel Foucault. El análisis mostró que los estudiantes negros no reconocían su negritud, autodenominándose como "moreno" o "escurinho". Además, los alumnos niegan la existencia de racismo en la escuela, aun afirmando que prácticas racistas son vivenciadas en el município.application/pdfporPerspectiva (Florianópolis). Florianópolis. Vol. 37, n. 1 (jan./mar. 2019), p. 275-295Educação infantilDiscriminação racialEscolaAlunoSociedadeCulturaEthnographyRace/ethnicityEtnografíaRaza/etniaEscola e as relações étnico-raciais : uma análise sobre enunciações de alunosSchool and ethnic-racial relations : an analysis of student’s statementsEscuela y relaciones étnico-raciales : un análisis sobre enunciaciones de alumnosinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001095035.pdf.txt001095035.pdf.txtExtracted Texttext/plain63548http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195971/2/001095035.pdf.txt3679272d6cca4cff2a64de19ed437b35MD52ORIGINAL001095035.pdfTexto completoapplication/pdf561603http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195971/1/001095035.pdfee584eccda7eec8aded1df8ca6da281dMD5110183/1959712019-06-21 02:34:13.465309oai:www.lume.ufrgs.br:10183/195971Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-06-21T05:34:13Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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