Ostracodes do testemunho ESP-08, Bacia do Espírito Santo, Brasil: identificando eventos paleoceanográficos do intervalo pleistoceno-holoceno
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/239253 |
Resumo: | Os ostracodes são crustáceos aquáticos que possuem uma carapaça composta por duas valvas quitino-calcíticas, que permitiram um amplo registro fóssil. Esse fator, juntamente com a sensibilidade a parâmetros ambientais e história evolutiva, faz os ostracodes apresentarem amplas possibilidades de aplicações paleoceanográficas, que refletem no crescimento dos estudos com o grupo. Entretanto, ainda existem lacunas no conhecimento a respeito desses organismos em relação ao Quaternário e alguns locais da margem continental brasileira (MCB), como é o caso da Bacia do Espírito Santo. Sendo assim, esse trabalho buscou identificar os gêneros de ostracodes da bacia. Os espécimes foram identificados em 11 amostras retiradas do testemunho a pistão ESP–08, recuperado pela Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras). Esse estudo apresentou evidências que permitiram correlacionar a riqueza de gêneros encontrada com eventos paleoceanográficos, além de contribuir com novas informações acerca dos ostracodes desse setor da MCB. Foram identificados 20 gêneros, sendo que o máximo encontrado em uma amostra foi 15 e o mínimo, sete. Além disso, os gêneros mais frequentes foram Argilloecia, Cytheropteron e Pseudocythere, sendo identificados em todas as 11 amostras. Analisando os dados, as curvas de riqueza geradas e utilizando literatura especializada, foi possível relacionar as variações de diversidade com eventos paleoceanográficos, em especial os estágios isotópicos marinhos – EIM – 2 (Ultimo Máximo Glacial), 5 e 1. Mesmo que esse trabalho forneça informações zoogeográficas importantes, são necessários mais estudos para corroborar as hipóteses aqui propostas. |
id |
UFRGS-2_cd326573d31efcb59f6dead426561527 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/239253 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Silva, Henrique Maciel daBergue, Cristianini Trescastro2022-05-25T04:42:02Z2022http://hdl.handle.net/10183/239253001141525Os ostracodes são crustáceos aquáticos que possuem uma carapaça composta por duas valvas quitino-calcíticas, que permitiram um amplo registro fóssil. Esse fator, juntamente com a sensibilidade a parâmetros ambientais e história evolutiva, faz os ostracodes apresentarem amplas possibilidades de aplicações paleoceanográficas, que refletem no crescimento dos estudos com o grupo. Entretanto, ainda existem lacunas no conhecimento a respeito desses organismos em relação ao Quaternário e alguns locais da margem continental brasileira (MCB), como é o caso da Bacia do Espírito Santo. Sendo assim, esse trabalho buscou identificar os gêneros de ostracodes da bacia. Os espécimes foram identificados em 11 amostras retiradas do testemunho a pistão ESP–08, recuperado pela Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras). Esse estudo apresentou evidências que permitiram correlacionar a riqueza de gêneros encontrada com eventos paleoceanográficos, além de contribuir com novas informações acerca dos ostracodes desse setor da MCB. Foram identificados 20 gêneros, sendo que o máximo encontrado em uma amostra foi 15 e o mínimo, sete. Além disso, os gêneros mais frequentes foram Argilloecia, Cytheropteron e Pseudocythere, sendo identificados em todas as 11 amostras. Analisando os dados, as curvas de riqueza geradas e utilizando literatura especializada, foi possível relacionar as variações de diversidade com eventos paleoceanográficos, em especial os estágios isotópicos marinhos – EIM – 2 (Ultimo Máximo Glacial), 5 e 1. Mesmo que esse trabalho forneça informações zoogeográficas importantes, são necessários mais estudos para corroborar as hipóteses aqui propostas.Ostracods are aquatic crustaceans that possess a carapace composed of two chitin calcitic valves, which allowed a broad fossil record. This factor, together with the sensitivity to environmental parameters and evolutionary history, provide wide possibilities for paleoceanographic applications, which is reflected in the increasing number of studies on this group. However, there is still a research gap on these organisms in relation to the Quaternary and some regions in the Brazilian continental margin (MCB), such as the Espírito Santo Basin. Therefore, this work aimed at the identification of the ostracod genera present in 11 samples taken from the piston core ESP-08, recovered by Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras). Evidence was presented to support the correlation of the richness and possible paleoceanographic events, while also contributing with new information about ostracods in this sector of the Brazilian continental margin. Twenty genera were identified, the maximum number found in a sample was 15 and the minimum, seven. Also, the most frequent genera were Argilloecia, Cytheropteron and Pseudocythere, being identified in all 11 samples. Analyzing the data, the richness curves, and specialized literature, it was possible to relate diversity with paleoceanographic events, especially the marine isotope stages – MIS, 2 (Last Glacial Maximum), 5 and 1. Even though this study presents important zoogeographic information, more research is necessary to corroborate the proposed hypotheses.application/pdfporOstracodesPaleoceanografiaQuaternário : BrasilEspírito Santo, Bacia sedimentar do (ES e BA)Ostracodes do testemunho ESP-08, Bacia do Espírito Santo, Brasil: identificando eventos paleoceanográficos do intervalo pleistoceno-holocenoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulCampus Litoral NortePorto Alegre, BR-RS2022Ciências Biológicas: Ênfase em Biologia Marinha e Costeira: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001141525.pdf.txt001141525.pdf.txtExtracted Texttext/plain23633http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239253/2/001141525.pdf.txt6bc1a607f81ec1f1a7181e8f86f3f1e5MD52ORIGINAL001141525.pdfTexto completoapplication/pdf877924http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239253/1/001141525.pdf68d55c128db0d540051d000ae9bcfd27MD5110183/2392532022-06-15 04:47:41.57182oai:www.lume.ufrgs.br:10183/239253Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-06-15T07:47:41Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Ostracodes do testemunho ESP-08, Bacia do Espírito Santo, Brasil: identificando eventos paleoceanográficos do intervalo pleistoceno-holoceno |
title |
Ostracodes do testemunho ESP-08, Bacia do Espírito Santo, Brasil: identificando eventos paleoceanográficos do intervalo pleistoceno-holoceno |
spellingShingle |
Ostracodes do testemunho ESP-08, Bacia do Espírito Santo, Brasil: identificando eventos paleoceanográficos do intervalo pleistoceno-holoceno Silva, Henrique Maciel da Ostracodes Paleoceanografia Quaternário : Brasil Espírito Santo, Bacia sedimentar do (ES e BA) |
title_short |
Ostracodes do testemunho ESP-08, Bacia do Espírito Santo, Brasil: identificando eventos paleoceanográficos do intervalo pleistoceno-holoceno |
title_full |
Ostracodes do testemunho ESP-08, Bacia do Espírito Santo, Brasil: identificando eventos paleoceanográficos do intervalo pleistoceno-holoceno |
title_fullStr |
Ostracodes do testemunho ESP-08, Bacia do Espírito Santo, Brasil: identificando eventos paleoceanográficos do intervalo pleistoceno-holoceno |
title_full_unstemmed |
Ostracodes do testemunho ESP-08, Bacia do Espírito Santo, Brasil: identificando eventos paleoceanográficos do intervalo pleistoceno-holoceno |
title_sort |
Ostracodes do testemunho ESP-08, Bacia do Espírito Santo, Brasil: identificando eventos paleoceanográficos do intervalo pleistoceno-holoceno |
author |
Silva, Henrique Maciel da |
author_facet |
Silva, Henrique Maciel da |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Henrique Maciel da |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Bergue, Cristianini Trescastro |
contributor_str_mv |
Bergue, Cristianini Trescastro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ostracodes Paleoceanografia Quaternário : Brasil Espírito Santo, Bacia sedimentar do (ES e BA) |
topic |
Ostracodes Paleoceanografia Quaternário : Brasil Espírito Santo, Bacia sedimentar do (ES e BA) |
description |
Os ostracodes são crustáceos aquáticos que possuem uma carapaça composta por duas valvas quitino-calcíticas, que permitiram um amplo registro fóssil. Esse fator, juntamente com a sensibilidade a parâmetros ambientais e história evolutiva, faz os ostracodes apresentarem amplas possibilidades de aplicações paleoceanográficas, que refletem no crescimento dos estudos com o grupo. Entretanto, ainda existem lacunas no conhecimento a respeito desses organismos em relação ao Quaternário e alguns locais da margem continental brasileira (MCB), como é o caso da Bacia do Espírito Santo. Sendo assim, esse trabalho buscou identificar os gêneros de ostracodes da bacia. Os espécimes foram identificados em 11 amostras retiradas do testemunho a pistão ESP–08, recuperado pela Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras). Esse estudo apresentou evidências que permitiram correlacionar a riqueza de gêneros encontrada com eventos paleoceanográficos, além de contribuir com novas informações acerca dos ostracodes desse setor da MCB. Foram identificados 20 gêneros, sendo que o máximo encontrado em uma amostra foi 15 e o mínimo, sete. Além disso, os gêneros mais frequentes foram Argilloecia, Cytheropteron e Pseudocythere, sendo identificados em todas as 11 amostras. Analisando os dados, as curvas de riqueza geradas e utilizando literatura especializada, foi possível relacionar as variações de diversidade com eventos paleoceanográficos, em especial os estágios isotópicos marinhos – EIM – 2 (Ultimo Máximo Glacial), 5 e 1. Mesmo que esse trabalho forneça informações zoogeográficas importantes, são necessários mais estudos para corroborar as hipóteses aqui propostas. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-05-25T04:42:02Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/239253 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001141525 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/239253 |
identifier_str_mv |
001141525 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239253/2/001141525.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/239253/1/001141525.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6bc1a607f81ec1f1a7181e8f86f3f1e5 68d55c128db0d540051d000ae9bcfd27 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224632838127616 |