O associativismo na agricultura urbana : o caso da Associação dos Produtores da Agricultura Familiar de Cachoeirinha parceiros do Projeto SEMEAR

• Autor(a) principal: Brito, Ricardo Machado de
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/256265
• topic: Associativismo; Agricultura urbana; Agricultura familiar; Cachoeirinha (RS); Associativism; Urban agriculture; Sowing project; Family farming; Reciprocity and identify

Este texto se apresenta como o resultado de uma pesquisa de campo de caráter exploratória e, na mesma ordem, na qualidade de um Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Desenvolvimento Rural - PLAGEDER. O interesse pelo tema se deve ao fato de que percebemos a agricultura urbana como uma prática potencialmente promissora para contribuir na construção de alternativas viáveis para combater à fome, à desnutrição e à destruição ambiental. A intenção foi movida pelo desejo de descobrir como as pessoas que produzem alimentos dentro do espaço urbano do município de Cachoeirinha/RS se organizam para alcançar os seus propósitos de produtores. Para tanto, buscou compreender as formas e as variedades de associativismo que os produtores de alimentos que participam do Projeto SEMEAR poderiam estar utilizando em seu cotidiano. O Projeto SEMEAR acontece dentro do território do município de Cachoeirinha-RS, em áreas de solo livre de edificações e que estão localizadas sob as torres de transmissão de energia elétrica de alta tensão e que é de responsabilidade da concessionária que detém a permissão de uso desse espaço. A pesquisa de campo foi instrumentalizada através de entrevistas semiestruturadas realizadas com os produtores e produtoras do projeto. As informações coletadas foram analisadas à luz da bibliografia consultada. Os resultados apontaram para o fato de que, apesar de haver uma associação formalmente e legalmente constituída, os produtores não a reconheciam como uma organização que os representassem em seus interesses e objetivos. Uma parcela dos entrevistados deixava claro que preferiam não ter qualquer associação legal envolvida nas atividades do projeto. Entretanto, o trabalho de campo possibilitou identificar um tipo de associativismo não formal, realizado no cotidiano através do amparo mútuo e da solidariedade entre os produtores, muito baseado na reciprocidade e na identidade coletiva expressada pelo grupo.