Efeitos agudos e crônicos do treinamento aeróbico sobre o comportamento glicêmico de indivíduos com diabetes tipo 2

• Autor(a) principal: Netto, Nathalie de Souza
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/157061
• topic: Treinamento aerobico; Diabetes mellitus

Objetivo: Analisar os efeitos agudos e crônicos do treinamento aeróbico sobre os parâmetros glicêmicos em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Materiais e Métodos: Sete alunos voluntários (59, 60 ± 6,69 anos) realizaram um treinamento aeróbico de 16 semanas, com três sessões semanais, intensidade de 85% a 90% da frequência cardíaca referente ao limiar anaeróbico (FCLAN) e duração de 45 minutos por sessão. Os indivíduos participaram de duas etapas de avaliação, sendo a primeira etapa posteriormente ao período pré-treinamento, e a segunda etapa após as 16 semanas de intervenção. Em ambas as etapas foram realizadas avaliações agudas (glicemia capilar) e avaliações crônicas (Hemoglobina glicada - HbA1c). O teste T pareado foi utilizado para as comparações das reduções glicêmicas e dos valores de HbA1c nos momentos pré e pós-intervenção, adotando-se um nível de significância (α) = 0,05 Resultados: Em relação ao efeito glicêmico agudo antes e após o período de treinamento, a glicemia capilar imediatamente após o exercício apresentou diferença significativa (p=0,042) entre a primeira e a última sessão de treinamento. Em relação ao efeito glicêmico agudo antes e 30’ após o exercício, a glicemia capilar 30’ após o exercício apresentou diferença significativa (p=0,027) entre a primeira e a última sessão de treinamento. Esses resultados indicam que em ambas as variáveis houve diminuição da magnitude de queda glicêmica após as 16 semanas de treinamento aeróbico. Além disso, a intervenção proposta resultou em um aumento na HbA1c do pré para o pós-treinamento (p=0,010), indicando que os indivíduos aumentaram sua HbA1c após as 16 semanas de treinamento aeróbico. Conclusão: Conclui-se que um treinamento aeróbico de 16 semanas sem progressão pode implicar em uma menor magnitude de redução glicêmica, repercutindo também em efeitos negativos sobre os níveis de HbA1c.