Diagnóstico molecular de doença de Fabry em amostras de sangue

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pasqualim, Gabriela
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/35312
Resumo: A Doença de Fabry (DF) é uma doença lisossômica de depósito ligada ao cromossomo X. É causada pela deficiência da enzima -Galactosidase A, codificada pelo gene GLA localizado na região Xq21.33-Xq22. A progressão da doença leva a danos vasculares, renais e em diversos outros tecidos. Os pacientes podem apresentar a forma clássica ou as variantes renal, cardíaca e neurológica. Homens afetados geralmente apresentam atividade muito reduzida da enzima. Entretanto, devido à inativação aleatória do X, mulheres portadoras apresentam uma grande variabilidade na expressão clínica, podendo ser assintomáticas ou apresentar formas moderadas ou graves da doença. Logo, o diagnóstico bioquímico de mulheres é, na maioria das vezes, inconclusivo. Portanto, o diagnóstico molecular é fundamental para tratamento e aconselhamento genético. A DF apresenta alta heterogeneidade alélica e a maioria das mutações é privada. O objetivo principal desse estudo foi analisar o gene GLA em 301 amostras de pacientes latinoamericanos, originárias do Brasil (n=277), México (n=14) e Colômbia (n=10). Em 51 pacientes foram encontrados quatro polimorfismos não patogênicos: c.-12G>A (n=13), c.370-77_81delCAGCC (n=10), c.-10C>T (n=6) e p.A292D (n=3). Associações entre eles também foram encontradas; sendo a mais comum c.-10C>T em combinação com c.370-77_81delCAGCC (n=9). Ao total foram diagnosticados 50 pacientes com 12 mutações patogênicas já descritas: c.30-32delG, c.195-1G>C, p.R112S, p.R118C, p.M187T, p.C202Y, c.718_719delAA, p.V269M, p.D313Y, p.R342Q , p.R356W e p.R342X. Em 14 pacientes de uma família brasileira, foi encontrada a mutação nova c.467C>A (p.A156D), predita como possivelmente patogênica. A atividade enzimática em heterozigotas dessa família ficou abaixo do normal em plasma e muito abaixo do normal em leucócitos. Comparando-se a sensibilidade e especificidade do diagnóstico bioquímico em papel filtro de mulheres (n=70, 15 heterozigotas), leucócitos e plasma (n=19, 11 heterozigotas) com a Curva ROC, atividade em plasma se mostrou muito mais eficiente, com valores de 91% e 100%, respectivamente. Esse ensaio também foi o único que se mostrou capaz de não gerar falso-positivos e gerou apenas 27% de falso-negativos.
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