Os encaminhamentos escolares em tempos de Inclusão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Camila Barbosa da
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/32966
Resumo: Diariamente centenas de crianças e adolescentes são encaminhadas às clínicas especializadas por apresentarem os chamados “problemas de aprendizagem” ou “problemas de comportamento”. Atitudes agressivas, apatia, dificuldades na leitura e na escrita circulam como os principais motivos de encaminhamento à consultórios particulares, clínicas-escola e para a rede pública de atendimento à saúde mental. O Serviço onde atuo como Enfermeira, desde 1992 é configurado como clínica-escola e recebe toda a demanda da região do Vale do Sinos. Os encaminhamentos recebidos pelo Serviço chegam de escolas, educadores e creches municipais a respeito do desempenho escolar e comportamento de crianças e adolescentes, estes, vêm carregados de preconceito, diagnósticos, julgamentos morais e até pedidos de medicação. Para subsidiar a discussão trago alguns casos recebidos pelo Serviço como forma de interrogar no sentido de compreender esses encaminhamentos escolares, rever suas causas e propor alternativas de trabalho. São duas as vertentes onde pretendo me posicionar: por um lado, a revelação de um mal-estar associado a alguma característica de nossa contemporaneidade e por outro, como um sintoma propriamente dito, que se manifesta como um modismo que chega a clínica. A inclusão escolar é uma proposta de construção de cidadania e os educadores desempenham um papel fundamental atuando de forma a promover a vida, tendo os encaminhamentos escolares como um dos instrumentos.
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