Particularidades na contenção química e na anestesia de serpentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/198990 |
Resumo: | Atualmente observa-se um crescente aumento no interesse em répteis, seja como instrumentos de pesquisa ou animais de estimação. A contenção química e anestesia em serpentes é uma ciência pouco estudada, e sua utilização se faz necessária na maioria dos procedimentos clínicos e cirúrgicos, principalmente em espécies grandes e peçonhentas. É imprescindível um interesse especial pela anatomia e fisiologia desse grupo de répteis, uma vez que eles são delicados e vulneráveis aos efeitos adversos do uso inadequado da anestesia, não sendo possível, em muitos casos, extrapolar doses e resultados dos animais domésticos. A anestesia inalatória, principalmente com isoflurano, tem se tornado a prática padrão para serpentes, pois é mais segura e a recuperação do animal é mais rápida. Os agentes injetáveis, tais como fenotiazínicos, benzodiazepínicos, agonistas α2-adrenérgicos, opioides e propofol em associação com a cetamina também podem ser utilizados para a indução e manutenção da anestesia. Os agentes bloqueadores neuromusculares e o frio (hipotermia) são ainda utilizados por alguns profissionais para imobilização de serpentes, no entanto, esses não produzem qualquer efeito analgésico ou anestésico; sendo, hoje em dia, considerado inaceitável o seu uso para esses fins. A anestesia local pode ser utilizada em serpentes e proporciona uma analgesia adicional além de, reduzir a quantidade do agente anestésico utilizado. A escolha do protocolo anestésico depende de vários fatores, tais como o estado do animal, o tipo e a duração do procedimento a ser realizado e o custo dos agentes utilizados. Sem dúvida, os agentes de escolha para as serpentes (e répteis em geral) são os anestésicos que tenham metabolização rápida. |
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Valente, Fernanda SoldatelliBianchi, Simone PassosContesini, Emerson Antônio2019-09-07T02:33:53Z20131679-5237http://hdl.handle.net/10183/198990001099511Atualmente observa-se um crescente aumento no interesse em répteis, seja como instrumentos de pesquisa ou animais de estimação. A contenção química e anestesia em serpentes é uma ciência pouco estudada, e sua utilização se faz necessária na maioria dos procedimentos clínicos e cirúrgicos, principalmente em espécies grandes e peçonhentas. É imprescindível um interesse especial pela anatomia e fisiologia desse grupo de répteis, uma vez que eles são delicados e vulneráveis aos efeitos adversos do uso inadequado da anestesia, não sendo possível, em muitos casos, extrapolar doses e resultados dos animais domésticos. A anestesia inalatória, principalmente com isoflurano, tem se tornado a prática padrão para serpentes, pois é mais segura e a recuperação do animal é mais rápida. Os agentes injetáveis, tais como fenotiazínicos, benzodiazepínicos, agonistas α2-adrenérgicos, opioides e propofol em associação com a cetamina também podem ser utilizados para a indução e manutenção da anestesia. Os agentes bloqueadores neuromusculares e o frio (hipotermia) são ainda utilizados por alguns profissionais para imobilização de serpentes, no entanto, esses não produzem qualquer efeito analgésico ou anestésico; sendo, hoje em dia, considerado inaceitável o seu uso para esses fins. A anestesia local pode ser utilizada em serpentes e proporciona uma analgesia adicional além de, reduzir a quantidade do agente anestésico utilizado. A escolha do protocolo anestésico depende de vários fatores, tais como o estado do animal, o tipo e a duração do procedimento a ser realizado e o custo dos agentes utilizados. Sem dúvida, os agentes de escolha para as serpentes (e répteis em geral) são os anestésicos que tenham metabolização rápida.Nowadays a crescent increase has been observed on the interest for reptiles such as instruments of survey or pets. Chemical restraint and anesthesia in snakes is a science a little studied, and its application is necessary in most of the clinical and surgical procedures, especially, in large and venomous species. It is indispensable an special interest for anatomy and physiology in this group of reptiles, once that they are delicates and vulnerable to adverse effects of inadequate anesthesia using, being not possible, to many cases, extrapolate doses and results from domestic animals. Inhalational anesthesia, mainly with isoflurane, has become standard practice to snakes, because it is safer and the animal recovery is faster. Injectables agents such as phenothiazine, benzodiazepines, alpha2-agonist, opioids, propofol associated also with ketamine should be used for anesthesia induction and maintenance. Neuromuscular blockers agents and cold (hypothermia) are still used by some professionals to snakes immobilization, however this doesn’t make whatever analgesic or anesthetic effects, being actually, considered unacceptable its use for such purposes. Local anesthesia can be performed in snakes and provides additional analgesia, beyond decrease the amount of anesthetic agent used. The choice of anesthetic protocol depend on many factors, such as animal status, the kind of procedure and the procedure time to be done and the cost of the used agents. No doubt, the chosen agents for snakes (and reptiles in general) are anesthetics that have fast metabolism.application/pdfporVeterinária em foco: revista de medicina veterinária. Canoas. Vol. 10, n. 2 (jan./jun. 2013), p. 210-221.AnestésicosContenção de animalSerpentesReptilesInjectable drugsInhalational anestheticsParticularidades na contenção química e na anestesia de serpentesParticularities in the chemical restraint and anesthesia of snakes info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001099511.pdf.txt001099511.pdf.txtExtracted Texttext/plain35935http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198990/2/001099511.pdf.txtb437456c202dd77ff7dfcb8969a400b6MD52ORIGINAL001099511.pdfTexto completoapplication/pdf108637http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198990/1/001099511.pdfa617d81490a033c2ead11a6c439135b1MD5110183/1989902019-09-08 02:31:24.284512oai:www.lume.ufrgs.br:10183/198990Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-09-08T05:31:24Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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