As inter-relações entre a nutrição, a bile e o microbioma intestinal humano : uma revisão narrativa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/233170 |
Resumo: | Introdução: O interesse em estudar o Microbioma Intestinal Humano (MIH) tem crescido dentre a comunidade científica. A ecologia do MIH adapta-se constantemente ao ambiente do Trato Gastro-Intestinal (TGI), e correlaciona-se a diferentes hábitos alimentares e condições metabólicas e patológicas. Mamíferos, enquanto hospedeiros, começam a constituir seu microbioma através de herança materna (no momento do “parto normal” e/ou da amamentação). A Metagenômica do mapeamento do gene ribossomal 16-S de procariotos, via PCR, nos ajuda a entender a configuração ecológica do MIH, mesmo que ainda não consigamos analisar melhor a ecologia de leveduras (fungos, eucariotos) e de vírus residentes no TGI. O MIH interage, ao longo de toda a vida do hospedeiro, com diferentes substâncias presentes no lúmen do TGI, originadas daquilo que foi ingerido (resíduos do bolo alimentar) ou originadas da própria bile excretada ao lúmen pelo organismo do hospedeiro. A bile é constituída de diversas moléculas que são metabolizadas pelo MIH e reabsorvidas. As relações entre a nutrição, a bile e o microbioma intestinal trazem um enorme conjunto de perguntas sobre a saúde humana. Objetivo: Revisar a literatura científica sobre as interações entre a nutrição, a bile (sua presença ou sua ausência, suas quantidades, sua constituição molecular, suas funções...) e o microbioma intestinal humano. Observar trabalhos com experimentos que exemplificam estas correlações, envolvendo simulações, observação de casos clínicos ou revisões. Métodos: Foi realizada busca no “Google Acadêmico” associando os descritores “bile” e “microbiome”. Dos quase 61400 artigos, foram selecionados subjetivamente 16 artigos publicados de 2017 até 2021 (estipulou-se os 5 anos mais recentes). Além disso, referenciam-se tecnologias metagenômicas aplicadas a análise de MIH, aspectos anatômicos da árvore biliar, a constituição da bile, e a consequente interação da nutrição com a bile e o MIH, modulando diversos aspectos metabólicos da saúde humana. Resultados da Revisão: Foram revisadas as correlações entre Ácidos Biliares, MIH, Padrões Alimentares, Doenças Inflamatórias do TGI, Hepatopatias e diversas correlações ambientais. Conclusão: É evidente hoje que a Ciência da Nutrição Humana deve abordar novas variáveis em suas condutas dietoterápicas. A metagenômica, aplicada à compreensão da ecologia do MIH, e a metabolômica, com análises de cromatografia líquida e espectro de massas de “pool” de ácidos biliares, oferecem novos elementos para futuras pesquisas dietoterápicas. |
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Klein, Eduardo Natan MaraschinMoreira, Jose Claudio Fonseca2021-12-21T04:27:05Z2021http://hdl.handle.net/10183/233170001134673Introdução: O interesse em estudar o Microbioma Intestinal Humano (MIH) tem crescido dentre a comunidade científica. A ecologia do MIH adapta-se constantemente ao ambiente do Trato Gastro-Intestinal (TGI), e correlaciona-se a diferentes hábitos alimentares e condições metabólicas e patológicas. Mamíferos, enquanto hospedeiros, começam a constituir seu microbioma através de herança materna (no momento do “parto normal” e/ou da amamentação). A Metagenômica do mapeamento do gene ribossomal 16-S de procariotos, via PCR, nos ajuda a entender a configuração ecológica do MIH, mesmo que ainda não consigamos analisar melhor a ecologia de leveduras (fungos, eucariotos) e de vírus residentes no TGI. O MIH interage, ao longo de toda a vida do hospedeiro, com diferentes substâncias presentes no lúmen do TGI, originadas daquilo que foi ingerido (resíduos do bolo alimentar) ou originadas da própria bile excretada ao lúmen pelo organismo do hospedeiro. A bile é constituída de diversas moléculas que são metabolizadas pelo MIH e reabsorvidas. As relações entre a nutrição, a bile e o microbioma intestinal trazem um enorme conjunto de perguntas sobre a saúde humana. Objetivo: Revisar a literatura científica sobre as interações entre a nutrição, a bile (sua presença ou sua ausência, suas quantidades, sua constituição molecular, suas funções...) e o microbioma intestinal humano. Observar trabalhos com experimentos que exemplificam estas correlações, envolvendo simulações, observação de casos clínicos ou revisões. Métodos: Foi realizada busca no “Google Acadêmico” associando os descritores “bile” e “microbiome”. Dos quase 61400 artigos, foram selecionados subjetivamente 16 artigos publicados de 2017 até 2021 (estipulou-se os 5 anos mais recentes). Além disso, referenciam-se tecnologias metagenômicas aplicadas a análise de MIH, aspectos anatômicos da árvore biliar, a constituição da bile, e a consequente interação da nutrição com a bile e o MIH, modulando diversos aspectos metabólicos da saúde humana. Resultados da Revisão: Foram revisadas as correlações entre Ácidos Biliares, MIH, Padrões Alimentares, Doenças Inflamatórias do TGI, Hepatopatias e diversas correlações ambientais. Conclusão: É evidente hoje que a Ciência da Nutrição Humana deve abordar novas variáveis em suas condutas dietoterápicas. A metagenômica, aplicada à compreensão da ecologia do MIH, e a metabolômica, com análises de cromatografia líquida e espectro de massas de “pool” de ácidos biliares, oferecem novos elementos para futuras pesquisas dietoterápicas.Introduction: The interest in studying the Human Intestinal Microbiome (HIM) has growing within a scientific community. HIM ecology constantly adapts to the environment of the Gastro-Intestinal Tract (GIT), and correlates with different dietary patterns and metabolic and pathological conditions. Mammals, as hosts, begins to create their owns microbiomes through maternal inheritance (at the time of “normal birth” and/or breastfeeding). The Metagenomics of mapping the 16-S ribosomal gene of prokaryotes, via PCR, helps us to understand the ecological configuration of HIM, even though we are still unable to better analyze the ecology of yeasts (fungi, eukaryotes) and viruses residing in the GIT. HIM interacts, throughout the host's life, with different molecules inside the lumen of the GIT, originated from what was ingested (food bolus residues) or from the bile itself that are excreted into the lumen by the host's organism. Bile is made of several molecules that can be metabolized by HIM and reabsorbed. The relationships between nutrition, bile and the gut microbiome raise a huge set of questions about human health. Objective: Review the scientific literature on the interactions between nutrition, bile (its presence or absence, its quantities, its molecular constitution, its functions...) and the human intestinal microbiome. Review experiments that exemplify these correlations, involving simulations, clinical cases or reviews. Methods: A search was performed in june/2021, in the website “Google Scholar” associating the descriptors “bile microbiome”. Of the nearly 61,400 articles, 16 articles published from 2017 to 2021 were subjectively selected (it stipulated the 5 most recent years). In addition, references are made to metagenomic technologies applied to HIM analysis, anatomical aspects of the biliary tree, the constitution of bile, and the consequent interaction of nutrition with bile and HIM, modulating metabolic aspects of human health. Results and Discussion: Correlations between Bile Acids, HIM, Food Patterns, GIT Inflammatory Diseases, Liver Diseases and environmental correlations were reviewed. Conclusion: It’s clearly today that the Science of Human Nutrition must address new variables in dietotherapies. Metagenomics, applied to understand the HIM ecology, and metabolomics, with liquid chromatography and mass spectrometry to analyzes bile acids pool, offer new elements for future dietary research.application/pdfporBileEcologiaMicrobiotaNutriçãoHumanosIntestinosRevisãoEcologyMicrobiome, IntestinalNutritionHumanAs inter-relações entre a nutrição, a bile e o microbioma intestinal humano : uma revisão narrativainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2021Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001134673.pdf.txt001134673.pdf.txtExtracted Texttext/plain77999http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/233170/2/001134673.pdf.txt10b722bf8d91204d05905e7d87b6a5a8MD52ORIGINAL001134673.pdfTexto completoapplication/pdf1322655http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/233170/1/001134673.pdfe4639d1a90176acc4ce4044cfd72352aMD5110183/2331702023-01-07 06:16:07.081063oai:www.lume.ufrgs.br:10183/233170Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-01-07T08:16:07Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: O interesse em estudar o Microbioma Intestinal Humano (MIH) tem crescido dentre a comunidade científica. A ecologia do MIH adapta-se constantemente ao ambiente do Trato Gastro-Intestinal (TGI), e correlaciona-se a diferentes hábitos alimentares e condições metabólicas e patológicas. Mamíferos, enquanto hospedeiros, começam a constituir seu microbioma através de herança materna (no momento do “parto normal” e/ou da amamentação). A Metagenômica do mapeamento do gene ribossomal 16-S de procariotos, via PCR, nos ajuda a entender a configuração ecológica do MIH, mesmo que ainda não consigamos analisar melhor a ecologia de leveduras (fungos, eucariotos) e de vírus residentes no TGI. O MIH interage, ao longo de toda a vida do hospedeiro, com diferentes substâncias presentes no lúmen do TGI, originadas daquilo que foi ingerido (resíduos do bolo alimentar) ou originadas da própria bile excretada ao lúmen pelo organismo do hospedeiro. A bile é constituída de diversas moléculas que são metabolizadas pelo MIH e reabsorvidas. As relações entre a nutrição, a bile e o microbioma intestinal trazem um enorme conjunto de perguntas sobre a saúde humana. Objetivo: Revisar a literatura científica sobre as interações entre a nutrição, a bile (sua presença ou sua ausência, suas quantidades, sua constituição molecular, suas funções...) e o microbioma intestinal humano. Observar trabalhos com experimentos que exemplificam estas correlações, envolvendo simulações, observação de casos clínicos ou revisões. Métodos: Foi realizada busca no “Google Acadêmico” associando os descritores “bile” e “microbiome”. Dos quase 61400 artigos, foram selecionados subjetivamente 16 artigos publicados de 2017 até 2021 (estipulou-se os 5 anos mais recentes). Além disso, referenciam-se tecnologias metagenômicas aplicadas a análise de MIH, aspectos anatômicos da árvore biliar, a constituição da bile, e a consequente interação da nutrição com a bile e o MIH, modulando diversos aspectos metabólicos da saúde humana. Resultados da Revisão: Foram revisadas as correlações entre Ácidos Biliares, MIH, Padrões Alimentares, Doenças Inflamatórias do TGI, Hepatopatias e diversas correlações ambientais. Conclusão: É evidente hoje que a Ciência da Nutrição Humana deve abordar novas variáveis em suas condutas dietoterápicas. A metagenômica, aplicada à compreensão da ecologia do MIH, e a metabolômica, com análises de cromatografia líquida e espectro de massas de “pool” de ácidos biliares, oferecem novos elementos para futuras pesquisas dietoterápicas. |
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