Desenvolvimento de padrões de Voice Onset Time (VOT) em plosivas iniciais do inglês (L2) por aprendizes do sul do Brasil expostos ou não a treinamento perceptual : uma verificação longitudinal em quatro etapas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kampff, Felipe Rodrigues
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/193085
Resumo: Partindo de uma visão de Língua como Sistema Adaptativo Complexo (DE BOT et al., 2009; LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008; LARSEN-FREEMAN, 2015), pretendemos investigar o desenvolvimento de padrões de percepção e de produção do inglês (L2) por aprendizes brasileiros, expostos ou não a uma tarefa de treinamento perceptual, a partir da descrição dos dados em grupo e individuais dos participantes. Estudos recentes (LOWIE; VERSPOOR, 2015, 2018) sugerem uma análise da variabilidade dos estudantes, a partir das suas trajetórias individuais, uma vez que o desenvolvimento de uma segunda língua não se dará igual para todos, o que não aparece em estudos que levam em conta somente os resultados do grupo. Neste trabalho, partimos do princípio de que, no desenvolvimento da fonologia de uma língua estrangeira, os aprendizes podem focar em pistas acústicas que não desempenham um papel decisivo no estabelecimento das diferenças funcionais na sua L2 (ALVES; MOTTA, 2014; ZIMMER; ALVES, 2015; ALVES; LUCHINI, 2016). Como esta "sintonização" representa um desafio importante, tarefas de treinamento perceptual podem ter papel benéfico em orientar aprendizes para os aspectos fonéticos que são atentados pelos falantes nativos da língua alvo. Uma destas pistas é o Voice Onset Time (VOT), definido como o momento entre a soltura de uma plosiva e a vibração das cordas vocais referentes ao segmento seguinte. Há três padrões de VOT nas línguas naturais (LISKER; ABRAMSON, 1964): o padrão Negativo, em que as cordas vocais vibram antes da soltura; o Positivo, em que as cordas vocais vibram após a soltura, produzindo um momento de surdez conhecido como 'aspiração'; e o Zero Natural, quando a vibração das cordas vocais ocorre simultaneamente, ou quase simultaneamente, à soltura. Falantes nativos de inglês utilizam os padrões Zero e, variavelmente, Negativo, para a produção de plosivas sonoras, e o padrão Positivo para a produção de plosivas surdas. Um quarto padrão, chamado Zero Artificial, foi manipulado, neste estudo, a partir da retirada da aspiração de palavras com VOT Positivo, conservando todas as suas características acústicas do segmento, menos a aspiração. As sessões de treinamento, elaboradas a partir do software TP (RAUBER et al., 2013), consistiram em apresentar estímulos de fala natural e estímulos manipulados aos alunos, visando a levá-los a focar na presença ou ausência do VOT Positivo. Para isso, 15 participantes foram divididos em dois grupos: Grupo Experimental, cujos alunos participaram de três sessões de treinamento das plosivas iniciais da língua alvo; e Grupo Controle, que não participou das sessões de treinamento. Todos os participantes realizaram um Pré-teste, um Pós-teste (uma semana após a última sessão de treinamento), um Pós-teste Postergado 1, realizado um mês depois da última sessão, e um Pós-teste Postergado 2, realizado três anos após o treinamento. No Teste de Identificação administrado no Pré-teste e nos três Pós-testes, aos aprendizes foram apresentados estímulos em palavras individuais, a partir dos quais eles eram solicitados a clicar no botão que indicava a consoante inicial da palavra ouvida (/p/, /t/, /k/, /b/, /d/, /g/). Neste teste, estímulos com quatro padrões de VOT (Negativo, Zero, Positivo e Artificial) foram incluídos e apresentados em ordem aleatória. No teste de produção, também aplicado nas quatro etapas, os aprendizes eram solicitados a ler listas de palavras iniciadas pelos segmentos-alvo, apresentadas, isoladamente, em slides de Powerpoint. Nosso estudo corrobora outros que atestaram efeitos positivos do treinamento na percepção dos participantes, assim como a não generalização dos mesmos para a produção, considerando os resultados do grupo como um todo (RODRIGUES, 2015; KAMPFF; ALVES, 2016; ALVES; LUCHINI, 2016). Em relação à análise individual, nosso estudo encontrou possíveis efeitos positivos do treinamento em trajetórias individuais, em termos descritivos, para a produção.
id UFRGS-2_f2835ab597df7f32d41cba28ab2d2246
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193085
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Kampff, Felipe RodriguesAlves, Ubiratã Kickhöfel2019-04-17T02:37:11Z2018http://hdl.handle.net/10183/193085001091136Partindo de uma visão de Língua como Sistema Adaptativo Complexo (DE BOT et al., 2009; LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008; LARSEN-FREEMAN, 2015), pretendemos investigar o desenvolvimento de padrões de percepção e de produção do inglês (L2) por aprendizes brasileiros, expostos ou não a uma tarefa de treinamento perceptual, a partir da descrição dos dados em grupo e individuais dos participantes. Estudos recentes (LOWIE; VERSPOOR, 2015, 2018) sugerem uma análise da variabilidade dos estudantes, a partir das suas trajetórias individuais, uma vez que o desenvolvimento de uma segunda língua não se dará igual para todos, o que não aparece em estudos que levam em conta somente os resultados do grupo. Neste trabalho, partimos do princípio de que, no desenvolvimento da fonologia de uma língua estrangeira, os aprendizes podem focar em pistas acústicas que não desempenham um papel decisivo no estabelecimento das diferenças funcionais na sua L2 (ALVES; MOTTA, 2014; ZIMMER; ALVES, 2015; ALVES; LUCHINI, 2016). Como esta "sintonização" representa um desafio importante, tarefas de treinamento perceptual podem ter papel benéfico em orientar aprendizes para os aspectos fonéticos que são atentados pelos falantes nativos da língua alvo. Uma destas pistas é o Voice Onset Time (VOT), definido como o momento entre a soltura de uma plosiva e a vibração das cordas vocais referentes ao segmento seguinte. Há três padrões de VOT nas línguas naturais (LISKER; ABRAMSON, 1964): o padrão Negativo, em que as cordas vocais vibram antes da soltura; o Positivo, em que as cordas vocais vibram após a soltura, produzindo um momento de surdez conhecido como 'aspiração'; e o Zero Natural, quando a vibração das cordas vocais ocorre simultaneamente, ou quase simultaneamente, à soltura. Falantes nativos de inglês utilizam os padrões Zero e, variavelmente, Negativo, para a produção de plosivas sonoras, e o padrão Positivo para a produção de plosivas surdas. Um quarto padrão, chamado Zero Artificial, foi manipulado, neste estudo, a partir da retirada da aspiração de palavras com VOT Positivo, conservando todas as suas características acústicas do segmento, menos a aspiração. As sessões de treinamento, elaboradas a partir do software TP (RAUBER et al., 2013), consistiram em apresentar estímulos de fala natural e estímulos manipulados aos alunos, visando a levá-los a focar na presença ou ausência do VOT Positivo. Para isso, 15 participantes foram divididos em dois grupos: Grupo Experimental, cujos alunos participaram de três sessões de treinamento das plosivas iniciais da língua alvo; e Grupo Controle, que não participou das sessões de treinamento. Todos os participantes realizaram um Pré-teste, um Pós-teste (uma semana após a última sessão de treinamento), um Pós-teste Postergado 1, realizado um mês depois da última sessão, e um Pós-teste Postergado 2, realizado três anos após o treinamento. No Teste de Identificação administrado no Pré-teste e nos três Pós-testes, aos aprendizes foram apresentados estímulos em palavras individuais, a partir dos quais eles eram solicitados a clicar no botão que indicava a consoante inicial da palavra ouvida (/p/, /t/, /k/, /b/, /d/, /g/). Neste teste, estímulos com quatro padrões de VOT (Negativo, Zero, Positivo e Artificial) foram incluídos e apresentados em ordem aleatória. No teste de produção, também aplicado nas quatro etapas, os aprendizes eram solicitados a ler listas de palavras iniciadas pelos segmentos-alvo, apresentadas, isoladamente, em slides de Powerpoint. Nosso estudo corrobora outros que atestaram efeitos positivos do treinamento na percepção dos participantes, assim como a não generalização dos mesmos para a produção, considerando os resultados do grupo como um todo (RODRIGUES, 2015; KAMPFF; ALVES, 2016; ALVES; LUCHINI, 2016). Em relação à análise individual, nosso estudo encontrou possíveis efeitos positivos do treinamento em trajetórias individuais, em termos descritivos, para a produção.Departing from a view of Language as a Complex Adaptive System (DE BOT et. al., 2009; LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008; LARSEN-FREEMAN, 2015), we aim to investigate the development of perception and production patterns of English (L2) by Brazilian learners, exposed or not to perceptual training sessions, both in the group data and in the participants' individual trajectories. Recent studies (LOWIE; VERSPOOR, 2015, 2018) suggest an analysis of the students' variable patterns, which come from their individual trajectories, since the development of a second language will not be the same to everyone, and this fact is not taken in consideration in group studies. We assume that, while developing the phonology of a foreign language, learners can focus on acoustic cues that do not play a decisive role in the functional distinctions in their L2 (ALVES; MOTTA, 2014; ZIMMER; ALVES, 2015; ALVES; LUCHINI, 2016). As this "tuning in" represents an important challenge, perceptual training tasks can play a beneficial role in guiding learners to focus on the phonetic aspects the same way native speakers do. One of those cues is Voice Onset Time (VOT), defined as the interval of time between the release of a plosive and initial vibration of the vocal folds of the following segment. There are three VOT patterns in natural languages (LISKER; ABRAMSON, 1964): Negative, when the vocal folds vibrate before the release; Positive, when the vocal folds vibrate after the release, creating an interval of voicelessness known as aspiration; and Zero VOT, when the vibration of the vocal folds happens simultaneously, or almost simultaneously, to the release. Native speakers of English produce Zero VOT and, variably, the Negative pattern, in voiced plosives, and Positive VOT in the voiceless ones. A fourth pattern, named Artificial Zero VOT, was manipulated in this study by cutting of an interval of aspiration from the voiceless stops; this caused these consonants to retain all their acoustic characteristics as representative of a voiceless segment, except for aspiration. The training sessions, elaborated on TP software (RAUBER et al., 2013), consisted of presenting natural and manipulated stimuli to the students, aiming to guide them to focus on the presence or absence of the Positive VOT pattern. Fifteen students were divided in two groups: the Experimental Group, whose students took part in three training sessions; the Control Group, which did not take part in training sessions. All participants took part in a Pre-test, a Post-test, and in two Delayed Post-tests. In the Identification Task that took place in the Pre-test and in the three Post-tests, learners were presented to stimuli in individual words, and were asked to click on a button to identify the initial consonant they had heard (/p/, /t/, /k/, /b/, /d/, /g/). In this test, stimuli with the four VOT patterns (Negative, Positive, Zero and Artificial Zero) were included and presented in a random order. In the production test, also applied in all four stages of the experiment, learners were asked to read lists of words with plosives in wordinitial position; these words were presented automatically, one by one, in PowerPoint slides. Our study corroborates previous experiments that showed positive effects of perceptual training on learners' perception, but no generalization of these effects in production, considering group data (ALVES; MOTTA, 2014; ALVES; ZIMMER, 2015; RODRIGUES, 2015; SCHWARTZHAUPT; ALVES; FONTES, 2015; KAMPFF; ALVES, 2016; ALVES; LUCHINI, 2016; ALVES; LUCHINI, 2017). As for the individual analysis, our study has found possible positive effects of training on the learners’ individual trajectories for production.application/pdfporLíngua inglesaLíngua adicionalFonologiaFonética : SonsTreinamento da vozAquisição da linguagemL2 Phonetic-phonological developmentVoice Onset TimeVariabilityPerceptual trainingDesenvolvimento de padrões de Voice Onset Time (VOT) em plosivas iniciais do inglês (L2) por aprendizes do sul do Brasil expostos ou não a treinamento perceptual : uma verificação longitudinal em quatro etapasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPorto Alegre, BR-RS2018Letras: Português e Inglês: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001091136.pdf.txt001091136.pdf.txtExtracted Texttext/plain250643http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193085/2/001091136.pdf.txtc4d71834d9d23faaf2778df09ed68f4dMD52ORIGINAL001091136.pdfTexto completoapplication/pdf3512625http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193085/1/001091136.pdfe462ad52cd844d389b96e8cd355193e5MD5110183/1930852019-04-18 02:33:59.940066oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193085Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-04-18T05:33:59Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Desenvolvimento de padrões de Voice Onset Time (VOT) em plosivas iniciais do inglês (L2) por aprendizes do sul do Brasil expostos ou não a treinamento perceptual : uma verificação longitudinal em quatro etapas
title Desenvolvimento de padrões de Voice Onset Time (VOT) em plosivas iniciais do inglês (L2) por aprendizes do sul do Brasil expostos ou não a treinamento perceptual : uma verificação longitudinal em quatro etapas
spellingShingle Desenvolvimento de padrões de Voice Onset Time (VOT) em plosivas iniciais do inglês (L2) por aprendizes do sul do Brasil expostos ou não a treinamento perceptual : uma verificação longitudinal em quatro etapas
Kampff, Felipe Rodrigues
Língua inglesa
Língua adicional
Fonologia
Fonética : Sons
Treinamento da voz
Aquisição da linguagem
L2 Phonetic-phonological development
Voice Onset Time
Variability
Perceptual training
title_short Desenvolvimento de padrões de Voice Onset Time (VOT) em plosivas iniciais do inglês (L2) por aprendizes do sul do Brasil expostos ou não a treinamento perceptual : uma verificação longitudinal em quatro etapas
title_full Desenvolvimento de padrões de Voice Onset Time (VOT) em plosivas iniciais do inglês (L2) por aprendizes do sul do Brasil expostos ou não a treinamento perceptual : uma verificação longitudinal em quatro etapas
title_fullStr Desenvolvimento de padrões de Voice Onset Time (VOT) em plosivas iniciais do inglês (L2) por aprendizes do sul do Brasil expostos ou não a treinamento perceptual : uma verificação longitudinal em quatro etapas
title_full_unstemmed Desenvolvimento de padrões de Voice Onset Time (VOT) em plosivas iniciais do inglês (L2) por aprendizes do sul do Brasil expostos ou não a treinamento perceptual : uma verificação longitudinal em quatro etapas
title_sort Desenvolvimento de padrões de Voice Onset Time (VOT) em plosivas iniciais do inglês (L2) por aprendizes do sul do Brasil expostos ou não a treinamento perceptual : uma verificação longitudinal em quatro etapas
author Kampff, Felipe Rodrigues
author_facet Kampff, Felipe Rodrigues
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Kampff, Felipe Rodrigues
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Alves, Ubiratã Kickhöfel
contributor_str_mv Alves, Ubiratã Kickhöfel
dc.subject.por.fl_str_mv Língua inglesa
Língua adicional
Fonologia
Fonética : Sons
Treinamento da voz
Aquisição da linguagem
topic Língua inglesa
Língua adicional
Fonologia
Fonética : Sons
Treinamento da voz
Aquisição da linguagem
L2 Phonetic-phonological development
Voice Onset Time
Variability
Perceptual training
dc.subject.eng.fl_str_mv L2 Phonetic-phonological development
Voice Onset Time
Variability
Perceptual training
description Partindo de uma visão de Língua como Sistema Adaptativo Complexo (DE BOT et al., 2009; LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008; LARSEN-FREEMAN, 2015), pretendemos investigar o desenvolvimento de padrões de percepção e de produção do inglês (L2) por aprendizes brasileiros, expostos ou não a uma tarefa de treinamento perceptual, a partir da descrição dos dados em grupo e individuais dos participantes. Estudos recentes (LOWIE; VERSPOOR, 2015, 2018) sugerem uma análise da variabilidade dos estudantes, a partir das suas trajetórias individuais, uma vez que o desenvolvimento de uma segunda língua não se dará igual para todos, o que não aparece em estudos que levam em conta somente os resultados do grupo. Neste trabalho, partimos do princípio de que, no desenvolvimento da fonologia de uma língua estrangeira, os aprendizes podem focar em pistas acústicas que não desempenham um papel decisivo no estabelecimento das diferenças funcionais na sua L2 (ALVES; MOTTA, 2014; ZIMMER; ALVES, 2015; ALVES; LUCHINI, 2016). Como esta "sintonização" representa um desafio importante, tarefas de treinamento perceptual podem ter papel benéfico em orientar aprendizes para os aspectos fonéticos que são atentados pelos falantes nativos da língua alvo. Uma destas pistas é o Voice Onset Time (VOT), definido como o momento entre a soltura de uma plosiva e a vibração das cordas vocais referentes ao segmento seguinte. Há três padrões de VOT nas línguas naturais (LISKER; ABRAMSON, 1964): o padrão Negativo, em que as cordas vocais vibram antes da soltura; o Positivo, em que as cordas vocais vibram após a soltura, produzindo um momento de surdez conhecido como 'aspiração'; e o Zero Natural, quando a vibração das cordas vocais ocorre simultaneamente, ou quase simultaneamente, à soltura. Falantes nativos de inglês utilizam os padrões Zero e, variavelmente, Negativo, para a produção de plosivas sonoras, e o padrão Positivo para a produção de plosivas surdas. Um quarto padrão, chamado Zero Artificial, foi manipulado, neste estudo, a partir da retirada da aspiração de palavras com VOT Positivo, conservando todas as suas características acústicas do segmento, menos a aspiração. As sessões de treinamento, elaboradas a partir do software TP (RAUBER et al., 2013), consistiram em apresentar estímulos de fala natural e estímulos manipulados aos alunos, visando a levá-los a focar na presença ou ausência do VOT Positivo. Para isso, 15 participantes foram divididos em dois grupos: Grupo Experimental, cujos alunos participaram de três sessões de treinamento das plosivas iniciais da língua alvo; e Grupo Controle, que não participou das sessões de treinamento. Todos os participantes realizaram um Pré-teste, um Pós-teste (uma semana após a última sessão de treinamento), um Pós-teste Postergado 1, realizado um mês depois da última sessão, e um Pós-teste Postergado 2, realizado três anos após o treinamento. No Teste de Identificação administrado no Pré-teste e nos três Pós-testes, aos aprendizes foram apresentados estímulos em palavras individuais, a partir dos quais eles eram solicitados a clicar no botão que indicava a consoante inicial da palavra ouvida (/p/, /t/, /k/, /b/, /d/, /g/). Neste teste, estímulos com quatro padrões de VOT (Negativo, Zero, Positivo e Artificial) foram incluídos e apresentados em ordem aleatória. No teste de produção, também aplicado nas quatro etapas, os aprendizes eram solicitados a ler listas de palavras iniciadas pelos segmentos-alvo, apresentadas, isoladamente, em slides de Powerpoint. Nosso estudo corrobora outros que atestaram efeitos positivos do treinamento na percepção dos participantes, assim como a não generalização dos mesmos para a produção, considerando os resultados do grupo como um todo (RODRIGUES, 2015; KAMPFF; ALVES, 2016; ALVES; LUCHINI, 2016). Em relação à análise individual, nosso estudo encontrou possíveis efeitos positivos do treinamento em trajetórias individuais, em termos descritivos, para a produção.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-04-17T02:37:11Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/193085
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001091136
url http://hdl.handle.net/10183/193085
identifier_str_mv 001091136
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193085/2/001091136.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193085/1/001091136.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv c4d71834d9d23faaf2778df09ed68f4d
e462ad52cd844d389b96e8cd355193e5
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224572345778176