Avaliação do consumo de alimentos ultraprocessados em pacientes com síndrome pós-COVID
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/272678 |
Resumo: | Introdução: A Síndrome Pós-COVID-19 é uma condição prevalente entre os pacientes que contraíram COVID-19. A elevada ingestão de produtos ultraprocessados (UP), ricos em açúcares refinados e gorduras saturadas, tem sido correlacionada com o aumento da prevalência de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade. Esses alimentos muitas vezes carecem de nutrientes essenciais e contêm aditivos que podem impactar negativamente a saúde a longo prazo. Sendo assim, este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos UP em pacientes diagnosticados com Síndrome Pós-COVID-19. Métodos: Estudo transversal com pacientes de ambos os sexos, acometidos por COVID-19 grave e que internaram no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) em 2021, os quais foram posteriormente diagnosticados com Síndrome Pós Covid (CID-10 U09.9). A avaliação do consumo de UP foi realizada pelo Questionário Simplificado de Consumo de Alimentos Ultraprocessados. Os resultados foram computados somando as respostas positivas quanto ao consumo de 10 de UP e, em seguida, analisou-se a mediana do consumo destes pacientes. Resultados: Foram avaliados 111 pacientes 37,8% com ensino médio completo, e majoritariamente homens (52%). Os sintomas de COVID-19 persistiram 17 meses após a internação. A avaliação do consumo alimentar demonstrou que a mediana de consumo de UP foi de 3 subgrupos por dia. Desta forma, dois grupos de pacientes foram definidos: daqueles com elevado consumo de UP (≥3 subgrupos/dia) vs. daqueles com baixo consumo de UP (<3 subgrupos/dia). O grupo com elevado consumo de UP apresentou uma ingestão calórica superior comparado ao grupo de baixo consumo de UP (1619,9 kcal/dia vs. 1487,0 kcal/dia (p=0,023), sem diferir quanto à ingestão de macronutrientes. Quanto aos subgrupos de alimentos UP, os mais frequentes foram: bebida achocolatada ou iogurte com sabor (16,4%); macarrão instantâneo, sopa de pacote, lasanha congelada ou outro prato congelado comprado pronto ou industrializado (31,3%); refrigerante (40,3%); embutidos (59,7%); margarina, maionese, ketchup ou outros molhos industrializados (80,6%); pão de forma, de cachorro quente ou de hambúrguer (92,5%). No que se refere à avaliação da circunferência abdominal, 97 pacientes apresentaram diagnóstico de obesidade central, a qual foi associada à um maior consumo de UP (p = 0,036). Conclusão: Em pacientes com síndrome pós-COVID, o elevado 7 consumo de UP foi associado à uma maior ingestão calórica, sem associação a nutrientes específicos, bem como à presença de obesidade central. Diante desses resultados, torna-se evidente a necessidade de implementar estratégias de educação alimentar, visando conscientizar os pacientes sobre os impactos negativos do consumo excessivo de UP na saúde. |
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Avila, Gabrieli KlagenbergDall'Alba, ValescaBerbigier, Marina Carvalho2024-03-01T04:57:55Z2024http://hdl.handle.net/10183/272678001197045Introdução: A Síndrome Pós-COVID-19 é uma condição prevalente entre os pacientes que contraíram COVID-19. A elevada ingestão de produtos ultraprocessados (UP), ricos em açúcares refinados e gorduras saturadas, tem sido correlacionada com o aumento da prevalência de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade. Esses alimentos muitas vezes carecem de nutrientes essenciais e contêm aditivos que podem impactar negativamente a saúde a longo prazo. Sendo assim, este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos UP em pacientes diagnosticados com Síndrome Pós-COVID-19. Métodos: Estudo transversal com pacientes de ambos os sexos, acometidos por COVID-19 grave e que internaram no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) em 2021, os quais foram posteriormente diagnosticados com Síndrome Pós Covid (CID-10 U09.9). A avaliação do consumo de UP foi realizada pelo Questionário Simplificado de Consumo de Alimentos Ultraprocessados. Os resultados foram computados somando as respostas positivas quanto ao consumo de 10 de UP e, em seguida, analisou-se a mediana do consumo destes pacientes. Resultados: Foram avaliados 111 pacientes 37,8% com ensino médio completo, e majoritariamente homens (52%). Os sintomas de COVID-19 persistiram 17 meses após a internação. A avaliação do consumo alimentar demonstrou que a mediana de consumo de UP foi de 3 subgrupos por dia. Desta forma, dois grupos de pacientes foram definidos: daqueles com elevado consumo de UP (≥3 subgrupos/dia) vs. daqueles com baixo consumo de UP (<3 subgrupos/dia). O grupo com elevado consumo de UP apresentou uma ingestão calórica superior comparado ao grupo de baixo consumo de UP (1619,9 kcal/dia vs. 1487,0 kcal/dia (p=0,023), sem diferir quanto à ingestão de macronutrientes. Quanto aos subgrupos de alimentos UP, os mais frequentes foram: bebida achocolatada ou iogurte com sabor (16,4%); macarrão instantâneo, sopa de pacote, lasanha congelada ou outro prato congelado comprado pronto ou industrializado (31,3%); refrigerante (40,3%); embutidos (59,7%); margarina, maionese, ketchup ou outros molhos industrializados (80,6%); pão de forma, de cachorro quente ou de hambúrguer (92,5%). No que se refere à avaliação da circunferência abdominal, 97 pacientes apresentaram diagnóstico de obesidade central, a qual foi associada à um maior consumo de UP (p = 0,036). Conclusão: Em pacientes com síndrome pós-COVID, o elevado 7 consumo de UP foi associado à uma maior ingestão calórica, sem associação a nutrientes específicos, bem como à presença de obesidade central. Diante desses resultados, torna-se evidente a necessidade de implementar estratégias de educação alimentar, visando conscientizar os pacientes sobre os impactos negativos do consumo excessivo de UP na saúde.Introduction: Post-COVID-19 Syndrome is a prevalent condition among patients who have contracted COVID-19. High intake of ultraprocessed (UP) foods, rich in refined sugars and saturated fats, has been correlated with an increased prevalence of chronic diseases such as diabetes, cardiovascular diseases, and obesity. These foods often lack essential nutrients and contain additives that can negatively impact long-term health. Therefore, this study aimed to evaluate UP food consumption in patients diagnosed with Post-COVID-19 Syndrome. Methods: A cross-sectional study was conducted with patients of both sexes, affected by severe COVID-19, who were admitted to the Intensive Care Unit (ICU) of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) in 2021, and later diagnosed with Post-Covid Syndrome (ICD-10 U09.9). UP consumption was assessed using the Simplified Ultraprocessed Food Consumption Questionnaire. The results were computed by summing positive responses regarding the consumption of 10 UP subgroups, and then the median consumption of these patients was analyzed. Results: A total of 111 patients were evaluated, of which 37.8% had completed high school, and the majority were men (52%). COVID-19 symptoms persisted 17 months after hospitalization. The assessment of food consumption demonstrated a median UP consumption of 3 subgroups per day. Accordingly, two patient groups were defined: those with high UP consumption (≥3 subgroups/day) vs. those with low UP consumption (<3 subgroups/day). The high UP consumption group showed a higher caloric intake compared to the low UP consumption group (1619.9 kcal/day vs. 1487.0 kcal/day, p=0.023), without differing in macronutrient intake. Regarding abdominal circumference evaluation, 97 patients were diagnosed with central obesity, which was associated with higher UP consumption (p = 0.036). Conclusion: In patients with post-COVID syndrome, high UP consumption was associated with higher caloric intake, without association with specific nutrients, as well as central obesity presence. Given these results, it becomes evident the need to implement nutritional education strategies to raise awareness among patients about the negative impacts of excessive UP consumption on health.application/pdfporAlimento processadoCOVID-19Síndrome de COVID-19 pós-agudaIngestão de alimentosUltra processed foodsPost-COVID-19 syndromeProlonged COVIDFood consumptionAvaliação do consumo de alimentos ultraprocessados em pacientes com síndrome pós-COVIDinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2024Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001197045.pdf.txt001197045.pdf.txtExtracted Texttext/plain31816http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272678/2/001197045.pdf.txt8af6457f66452b2454934941a9a450eeMD52ORIGINAL001197045.pdfTexto parcialapplication/pdf491699http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272678/1/001197045.pdf795bae597cefaf1bfcf776829630f6fbMD5110183/2726782024-08-10 06:34:15.859221oai:www.lume.ufrgs.br:10183/272678Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-08-10T09:34:15Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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