Hipofisectomia transesfenoidal como tratamento ao hipercortisolismo pituitário dependente

• Autor(a) principal: Aguiar, Rafaela Pedroso de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/248270
• topic: Hipersecreção hipofisária de ACTH; Hipofisectomia; Cães; Hyperadrenocorticism; Hypercortisolism; Cushingʾs syndrome; Pituitary surgery; Dog

A técnica da hipofisectomia em cães foi descrita, primeiramente nos anos 60, quando se utilizavam cães para estudos experimentais para a avaliação funcional da hipófise. Desde então, essa técnica de microcirurgia tem sido desenvolvida por vários pesquisadores e hoje é tida como tratatamento mais efetivo para o Hipercortisolismo pituitário-dependente (HPD). O HPD é uma endocrinopatia causada por um tumor hipofisário secretor de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), podendo ser um micro ou macro adenoma. A hipofisectomia também pode ser aplicada no tratamento de outras neoplasias hipofisárias. Sabe-se que o HPD é a causa de 80 a 85% dos casos de hipercortisolismo de ocorrência natural em cães. No entanto, faz-se necessária a diferenciação entre HPD e hipercortisolismo adrenal-dependente (HAD) para que a cirurgia possa ser indicada. Para isso, são feitos testes hormonais e também uma avaliação de imagem (ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética do crânio), pois são fundamentais para o tratamento e prognóstico. A hipofisectomia é um tipo de craniectomia, através da qual, faz-se uma abordagem pela via transesfenoidal para a retirada completa da hipófise que está causando o hipercortisolismo. Até o momento este procedimento não é realizado de maneira rotineira; exceto em alguns centros de referência, pois o mesmo depende de vários fatores, tais como um aprendizado técnico bem especializado, por parte do veterinário e da equipe, para que possam executar de maneira correta a técnica e saber reconhecer e atuar quando ocorra algum tipo de complicação, contribuindo assim para um desfecho favorável. No Brasil, o uso deste tipo de técnica ainda é um grande desafio pela dificuldade de acesso às tecnologias de ponta, pelo preço e a falta de profissionais treinados para este tipo de procedimento. Contudo, há profissionais interessados neste aprendizado e que vêm buscando implementar esta técnica na rotina. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo, mediante revisão bibliográfica, revisar as indicações, vantagens e desvantagens desta cirurgia no tratamento do HPD, assim como revisar os passos para o correto diagnóstico, indicações, complicações e avanços relacionados à hipofisectomia.