Fibras alimentares e pressão arterial em pacientes com diabetes melito tipo 1
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/115020 |
Resumo: | Introdução: O Diabetes Melito (DM) constitui um grande problema de saúde pública, em razão da elevada prevalência, acentuada morbi-mortalidade e dos custos envolvidos no seu tratamento. A associação entre o tratamento farmacológico e não farmacológico, em especial a dieta, aumenta a qualidade de vida do paciente com DM, reduzindo assim o risco para as complicações e outras morbidades. Segundo o American Diabetes Association, o bom controle glicêmico e a manutenção da pressão arterial, podem ser obtidos através de uma dieta rica em fibras alimentares, que é caracterizada por um elevado consumo de grãos integrais, frutas e vegetais, além disso, preconiza-se um consumo reduzido de gorduras e sódio neste grupo de pacientes. De fato, estudos recentes na população em geral e em pacientes com DM tipo 2 descrevem que consumo diário de fibras está associado diretamente na redução da glicemia e parece também retardar o aparecimento da hipertensão. Entretanto, tal efeito benéfico das fibras alimentares na pressão arterial em pacientes com DM tipo 1 ainda está pouco elucidado. Objetivo: Avaliar a possível associação entre o consumo de fibras alimentares e níveis de pressão arterial em pacientes adultos com DM tipo 1. Métodos: Estudo transversal em 111 pacientes com DM tipo 1 atendidos no ambulatório de Diabetes do HCPA. Após avaliação clínica e laboratorial os pacientes realizaram registros alimentares com pesagem de alimentos em 3 dias, cuja adequacidade foi confirmada pelo consumo protéica estimada por uréia urinária de 24h. O consumo de fibras foi avaliado segundo a recomendação do American Diabetes Association. Os pacientes foram divididos em menor consumo (<14g/1000 Kcal/dia) e maior consumo (≥14g/1000 Kcal/dia). Resultados: Foram avaliados 111 pacientes, 56% do sexo masculino, 88% caucasianos, idade 40,0 ± 10,0 anos, duração do diabetes 18,0 ± 9,0 anos, IMC 24,8 ± 3,85 kg/m² e HbA1c de 9,0 ± 2,0%. Pacientes com um maior consumo de fibras (≥14g/1000 kcal/dia) quando comparados aos pacientes com menor consumo de fibras (˂14g/1000 Kcal/dia) apresentaram: menores níveis de PAS (115,9 ± 12,2 vs. 125,1 ± 25,0; p = 0,016), PAD (72,9 ± 9,2 vs. 78,5 ± 9,3mm Hg; p= 0,009), maior consumo de energia (2164,0 ± 626,0 vs. 1632.8 ± 502 kcal; p < 0.001) e menor IMC (24,4 ± 3,5 vs. 26,2 ± 4,8, p= 0,044). Em modelo de regressão linear, ajustado para idade, VCT e consumo de sódio em mg/dia, a associação do maior consumo de fibras e menores níveis de PAS e PAD foi confirmada. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos em relação ao tempo de duração do DM, controle glicêmico, dose de insulina, presença de hipertensão, nefropatia e retinopatia diabética. Conclusão: O maior consumo de fibras (≥14g/1000 kcal) foi associado com os menores níveis de pressão arterial, sistólica e diastólica, em pacientes com DM tipo 1. |
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