Método APAC de execução penal : estudo sobre a viabilidade de sua utilização em maior escala no âmbito do sistema prisional gaúcho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/184172 |
Resumo: | O presente estudo avalia se o Método APAC poderia ser utilizado em grande escala no Estado do Rio Grande do Sul, como modelo oficial de execução da pena, atendendo aos direitos dos apenados, de acordo com o que estabelece o ordenamento jurídico pátrio. Inicialmente, discorre-se sobre a situação atual do sistema prisional brasileiro e gaúcho, estabelecendo um paralelo entre o dever ser e o ser do referido sistema. Nessa explanação, evidenciam-se dados e informações que dão conta de demonstrar inúmeras falhas e contradições do sistema, descortinando um cenário crítico, clamante por profundas mudanças, composto de superlotação carcerária, maus tratos, insalubridade, falta de controle interno, abuso de poder, deficiência na prestação de assistências básicas previstas em Lei, desrespeito a direitos fundamentais dos presos e insegurança social. Posteriormente, tendo em vista a necessidade de mudanças no sistema prisional tradicional, realiza-se a apresentação e análise do Método APAC de execução penal à luz da legislação brasileira. Nessa toada, descreve-se o Método APAC como um modelo humanizado de cumprimento da pena privativa de liberdade, baseado na crença na recuperação dos indivíduos presos e em seus doze elementos basilares, quais sejam, a participação da comunidade, recuperando ajudando recuperando, o trabalho, assistência jurídica, religião, assistência à saúde, valorização humana, família, o voluntário e o curso para sua formação, centro de reintegração social, mérito e jornada de Libertação com Cristo. Por fim, elabora-se um exame dos elementos e características fundamentais da metodologia apaqueana, a fim de evidenciar possíveis limites para a sua utilização em maior escala no Estado do Rio Grande do Sul, como modelo oficial de execução da pena pelo Estado. Da análise do Método APAC como um todo, conclui-se, com base nas limitações encontradas, que não se mostra viável a sua utilização em maior escala no âmbito do sistema prisional gaúcho, haja vista que a metodologia não é capaz de servir como substitutivo do sistema tradicional até então vigente, uma vez que não atende aos direitos dos apenados de acordo com o que estabelece o ordenamento jurídico pátrio, servindo, apenas, como modelo acessório e auxiliar do sistema tradicional. Nesse passo, são sugeridas contribuições para a adequação da proposta das APACs, a fim de tornar viável a sua utilização em maior escala no âmbito do sistema prisional gaúcho e contribuir para a melhoria do sistema carcerário no Estado. |
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Alexandrino, Michele SalesCosta, Ana Paula Motta2018-10-30T02:38:18Z2018http://hdl.handle.net/10183/184172001076107O presente estudo avalia se o Método APAC poderia ser utilizado em grande escala no Estado do Rio Grande do Sul, como modelo oficial de execução da pena, atendendo aos direitos dos apenados, de acordo com o que estabelece o ordenamento jurídico pátrio. Inicialmente, discorre-se sobre a situação atual do sistema prisional brasileiro e gaúcho, estabelecendo um paralelo entre o dever ser e o ser do referido sistema. Nessa explanação, evidenciam-se dados e informações que dão conta de demonstrar inúmeras falhas e contradições do sistema, descortinando um cenário crítico, clamante por profundas mudanças, composto de superlotação carcerária, maus tratos, insalubridade, falta de controle interno, abuso de poder, deficiência na prestação de assistências básicas previstas em Lei, desrespeito a direitos fundamentais dos presos e insegurança social. Posteriormente, tendo em vista a necessidade de mudanças no sistema prisional tradicional, realiza-se a apresentação e análise do Método APAC de execução penal à luz da legislação brasileira. Nessa toada, descreve-se o Método APAC como um modelo humanizado de cumprimento da pena privativa de liberdade, baseado na crença na recuperação dos indivíduos presos e em seus doze elementos basilares, quais sejam, a participação da comunidade, recuperando ajudando recuperando, o trabalho, assistência jurídica, religião, assistência à saúde, valorização humana, família, o voluntário e o curso para sua formação, centro de reintegração social, mérito e jornada de Libertação com Cristo. Por fim, elabora-se um exame dos elementos e características fundamentais da metodologia apaqueana, a fim de evidenciar possíveis limites para a sua utilização em maior escala no Estado do Rio Grande do Sul, como modelo oficial de execução da pena pelo Estado. Da análise do Método APAC como um todo, conclui-se, com base nas limitações encontradas, que não se mostra viável a sua utilização em maior escala no âmbito do sistema prisional gaúcho, haja vista que a metodologia não é capaz de servir como substitutivo do sistema tradicional até então vigente, uma vez que não atende aos direitos dos apenados de acordo com o que estabelece o ordenamento jurídico pátrio, servindo, apenas, como modelo acessório e auxiliar do sistema tradicional. Nesse passo, são sugeridas contribuições para a adequação da proposta das APACs, a fim de tornar viável a sua utilização em maior escala no âmbito do sistema prisional gaúcho e contribuir para a melhoria do sistema carcerário no Estado.El presente estudio pretende evaluar si el Método APAC podría ser utilizado en gran escala en el Estado de Rio Grande do Sul, como modelo oficial de ejecución de la pena, atendiendo a los derechos de los apenados, de acuerdo con lo que establece el ordenamiento jurídico patrio. Inicialmente, se discurre sobre la situación actual del sistema penitenciario brasileño y gaúcho, estableciendo un paralelo entre el deber ser y el ser del referido sistema. En esta explicación, se evidencian datos e informaciones que dan cuenta de demostrar innumerables fallas y contradicciones del sistema, descortinando un escenario crítico, clamante por profundos cambios, compuesto de hacinamiento carcelario, malos tratos, insalubridad, falta de control interno, abuso de poder, deficiencia en la prestación de asistencia básica prevista en la Ley, incumplimiento de los derechos fundamentales de los presos e inseguridad social. Posteriormente, teniendo en vista la necesidad de cambios en el sistema penitenciario tradicional, se realiza la presentación y análisis del Método APAC de ejecución penal a la luz de la legislación brasileña. En este sentido, se describe el Método APAC como un modelo humanizado de cumplimiento de la pena privativa de libertad, basado en la creencia en la recuperación de los individuos presos y en sus doce elementos básicos, cuáles son, la participación de la comunidad, recuperándose ayudando recuperando, el trabajo , asistencia jurídica, religión, asistencia a la salud, valoración humana, familia, voluntariado y el curso para su formación, centro de reintegración social, mérito y jornada de Liberación con Cristo. Por último, se elabora un examen de los elementos y características fundamentales de la metodología apaqueana, a fin de evidenciar posibles límites para su utilización en mayor escala en el Estado de Rio Grande do Sul, como modelo oficial de ejecución de la pena por el Estado. En el análisis del Método APAC como un todo, se concluye, con base en las limitaciones encontradas, que no se muestra viable su utilización en mayor escala en el ámbito del sistema penitenciario gaúcho, habida cuenta de que la metodología no es capaz de servir como sustitutivo del proceso, el sistema tradicional hasta entonces vigente, ya que no atiende a los derechos de los apenados de acuerdo con lo que establece el ordenamiento jurídico patrio, sirviendo, apenas, como modelo accesorio y auxiliar del sistema tradicional. En este paso, se sugieren contribuciones a la adecuación de la propuesta de las APAC, a fin de hacer viable su utilización en mayor escala en el ámbito del sistema penitenciario gaúcho y contribuir a la mejora del sistema carcelario en el Estado.application/pdfporExecucao penalSistema prisionalReinserção socialSistema prisionalHumanización de la Ejecución PenalMétodo APACReinserción socialDetenidoMétodo APAC de execução penal : estudo sobre a viabilidade de sua utilização em maior escala no âmbito do sistema prisional gaúchoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de DireitoPorto Alegre, BR-RS2018Ciências Jurídicas e Sociaisgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001076107.pdfTexto completoapplication/pdf990333http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184172/1/001076107.pdfb5b27acd155fa50f6b3a659de953d606MD51TEXT001076107.pdf.txt001076107.pdf.txtExtracted Texttext/plain222555http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184172/2/001076107.pdf.txt7df9e1202d1b906f4cba6175dde3af65MD52THUMBNAIL001076107.pdf.jpg001076107.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg958http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184172/3/001076107.pdf.jpgb4f9949f15d5fcf747704716e74e84a8MD5310183/1841722022-06-12 04:41:18.576484oai:www.lume.ufrgs.br:10183/184172Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-06-12T07:41:18Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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