Bioatividades de resíduo agrícola da produção de azeite de oliva do Rio Grande Do Sul e possíveis aplicações

• Autor(a) principal: Carvalho, Ana Campos de
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/233808
• topic: Olea europaea; Azeite de oliva; Antioxidante; Germinação; Olive oil; Agricultural waste; Antioxidant; Germination

Olea europaea é a única espécie da família Oleaceae que possui frutos comestíveis a partir dos quais são produzidas importantes commodities internacionais, dentre elas o azeite de oliva. No processo de produção é gerada uma grande quantidade de resíduo líquido, o qual compartilha com o fruto da planta sua composição química, como a presença de compostos fenólicos com alto potencial bioativo. Dentre as possíveis utilizações do resíduo líquido da produção de azeite de oliva virgem na indústria estão atividades de deterrência (ação anti-herbívoros), fitotoxicidade (bioherbicidas), como substitutos mais sustentáveis dos insumos agrícolas, e antioxidantes de interesse farmacêutico e cosmético. As possibilidades de uso deste subproduto da produção de azeite representam uma linha de investigação relevante, pois, além do possível uso em novos produtos, atualmente esta biomassa também é descartada de forma empírica. Sendo assim, este estudo se propôs a investigar o efeito de diferentes concentrações de resíduo líquido da produção do azeite de oliva como possível deterrente de um gastrópode herbívoro generalista, bem como seu efeito na germinação, crescimento, e teor de clorofila de plantas cultivadas em sua fase jovem. Não foi observada atividade deterrente do resíduo líquido, o que pode refletir diferenças no perfil químico determinante desta atividade em frutos comparativamente a folhas. Já na quantificação de clorofila, o resíduo líquido menos concentrado (25%) resultou em menor teor de clorofila em plantas de milho. Na mesma espécie, ocorreram alterações no desenvolvimento. O resíduo líquido se mostrou eficiente na inibição da germinação, tanto em milho quanto em alface. Além disso, mostrou alta atividade antioxidante contra peróxido e superóxido nos experimentos realizados. Sendo assim, foi evidenciado que o resíduo agrícola em tela possui ingredientes bioativos que podem ser promissores como conservantes, nutracêuticos, ingredientes de cosméticos e de herbicidas naturais, dentre outros. Assim, o estudo das características químicas e biológicas do resíduo líquido da produção de azeite de oliva gaúcha deve ser promovido e o uso potencial do resíduo líquido como produto é promissor.