“Lei é para quem está de riba”: O coronelismo de O tronco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mansur, João Paulo
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Dilemas : Revista de Estudos de Conflito e Controle Social (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/view/58780
Resumo: Este artigo investiga especificidades regionais do coronelismo da Primeira República a partir da experiência histórica de Goiás. Parte significativa da historiografia jurídica e política brasileira aderiu à tese de Victor Nunes Leal, para a qual o coronelismo republicano, mais do que expressão do poder privado dos coronéis, significaria a fraqueza deles em um contexto de incremento do aparato estatal. Os coronéis lutariam para se empossarem da máquina pública, passando a distribuir os seus benefícios aos amigos e os seus rigores aos inimigos. Porém, investigando o caso goiano a partir do romance O tronco, de Bernardo Élis, junto com outros documentos da época, a tese de Leal não consegue explicar a hipertrofia do poder privado dos coronéis do norte de Goiás, que ignorava ou subjugava à força o poder estatal, com suas leis, juízes, polícia etc. Conclui-se que o coronelismo teve expressões diferentes no Brasil, o que exige a diferenciação de suas especificidades.
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