Elogio do anacronismo: para os andróginos de Ismael Nery
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Topoi (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2014000200414 |
Resumo: | "Por que fazer o elogio do anacronismo quando se é historiador?" - perguntou Loraux. O anacronismo, que já foi o pecado dos historiadores, hoje se impõe. Numa abordagem inspirada por alguns filósofos contemporâneos, tais como Agamben, Rancière e Didi-Huberman, que instigam em nosso pensamento uma nova concepção de tempo, este artigo desenvolve argumentos para demonstrar que Ismael Nery (1900-1934), o "artista maldito" do modernismo brasileiro, pode ser tomado como um artista anacrônico, pelo fato de configurar montagens temporais em sua arte (pintura, desenho e poesia) para expressar um dos princípios de seu sistema filosófico: a abstração do tempo e do espaço. A arte de Ismael apresentou-se como universal, mística e espiritual, o que o deixou fora do seu tempo, ou melhor, fora da estética da representação chamada para dar visibilidade aos temas do nacional. |
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