O estado de erê como experiência lúdico-transformacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Urpia, Ana Maria de Oliveira
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Conceição, Leandro dos Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Desidades
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/desidades/article/view/46705
Resumo: Este artigo pretende evocar, do interior do universo simbólico da arkhé negrobrasileira, a figura do erê para pensar o lúdico na saúde das comunidades negras e na clínica do adulto. Partindo da noção de experiência lúdica, em Cipriano Luckesi (2014), propõe pensarmos o estado de erê como uma experiência lúdico-transformacional. Compreendendo o lugar que este ocupa no campo religioso, analisa-o, porém, do ponto temas em destaque temas sobresalientes número 32 . ano/año 10 . jan - abr 2022 . 204 de vista psicológico. Assim, após fazer algumas considerações acerca do arquétipo da criança em Jung (2014) e Hillman (1998) e do estado de erê conforme descrito pela literatura e vivenciado pelo segundo autor do texto, babalorixá no Recôncavo da Bahia, sugere que o erê tem o potencial de: 1) mobilizar poderosas metamorfoses no estado de ser de quem está de erê; 2) facilitar a comunicação ego-self. O “erê”, enquanto símbolo, tem valor transformacional e pode, por meio do lúdico que encarna no adulto, diminuir a tensão de opostos e produzir saúde psíquica.
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