Correlação entre Características Sedimentológicas e Foraminíferos Bentônicos em Porto de Suape (PE-Brasil): um Estudo Ambiental
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30072 |
Resumo: | A construção do maior complexo industrial portuário do nordeste brasileiro, o Porto de Suape (PE/Brasil), ocasionou mudanças geomorfológicas, sedimentares e ambientais no sistema estuarino-lagunar associado. Este estudo visa avaliar a influência da construção do Porto de Suape nas assembleias de foraminíferos bentônicos e suas respostas às características do substrato (teores de carbonato de cálcio e à matéria orgânica total, granulometria). Para isso, 7 amostras foram selecionadas de cada subambiente representativo, nos quais 36 gêneros de foraminíferos foram identificados. Destacam-se as espécies dominantes Ammonia tepida e A. parkinsoniana. Os valores de diversidade se apresentaram mais elevados próximos a plataforma interna, com o menor valor na região do porto que sofre sucessivas dragagens. Os sedimentos de granulação areia dominaram (85,3-99,8%), com exceção da região do canal dragado do rio Tatuoca que apresentou um percentual de argila (30,6%) e o maior percentual de silte (36,2%). Predominam também sedimentos litoclásticos, com teores médios de CaCO3 de 21,95%. A estação de sedimentos de granulação mais grossa se apresenta com ausência de foraminíferos, o que pode ser associada à forte dinâmica de correntes e a quebra parcial dos recifes para implantação do porto. A laguna de Suape, assim como a plataforma interna adjacente, apresentou os maiores percentuais de lama correlacionados à matéria orgânica, podendo revelar influência positiva aos valores de riqueza e diversidade. A região do canal dragado do Rio Tatuoca demonstrou menor diversidade, provavelmente, devido ao estresse ambiental ocasionado pelo constante revolvimento dos sedimentos, que possivelmente refletiu na dominância da A. parkinsoniana. Espécies oportunistas foram dominantes principalmente nas estações mais próximas à costa. Estações mais profundas, localizadas próximas aos beachrocks e plataforma interna, apresentaram um dos mais altos valores de diversidade, contribuindo para afirmar a influência marinha na melhoria da qualidade ambiental, uma vez que o ambiente possui menor influência antrópica decorrente de mudanças ambientais devido a construção do porto de Suape. |
id |
UFRJ-21_1b2132f86eab5a05e46a7cd63977b38f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.revistas.ufrj.br:article/30072 |
network_acronym_str |
UFRJ-21 |
network_name_str |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Correlação entre Características Sedimentológicas e Foraminíferos Bentônicos em Porto de Suape (PE-Brasil): um Estudo AmbientalSedimentos; Foraminíferos bentônicos; Estuário; Porto; PoluiçãoA construção do maior complexo industrial portuário do nordeste brasileiro, o Porto de Suape (PE/Brasil), ocasionou mudanças geomorfológicas, sedimentares e ambientais no sistema estuarino-lagunar associado. Este estudo visa avaliar a influência da construção do Porto de Suape nas assembleias de foraminíferos bentônicos e suas respostas às características do substrato (teores de carbonato de cálcio e à matéria orgânica total, granulometria). Para isso, 7 amostras foram selecionadas de cada subambiente representativo, nos quais 36 gêneros de foraminíferos foram identificados. Destacam-se as espécies dominantes Ammonia tepida e A. parkinsoniana. Os valores de diversidade se apresentaram mais elevados próximos a plataforma interna, com o menor valor na região do porto que sofre sucessivas dragagens. Os sedimentos de granulação areia dominaram (85,3-99,8%), com exceção da região do canal dragado do rio Tatuoca que apresentou um percentual de argila (30,6%) e o maior percentual de silte (36,2%). Predominam também sedimentos litoclásticos, com teores médios de CaCO3 de 21,95%. A estação de sedimentos de granulação mais grossa se apresenta com ausência de foraminíferos, o que pode ser associada à forte dinâmica de correntes e a quebra parcial dos recifes para implantação do porto. A laguna de Suape, assim como a plataforma interna adjacente, apresentou os maiores percentuais de lama correlacionados à matéria orgânica, podendo revelar influência positiva aos valores de riqueza e diversidade. A região do canal dragado do Rio Tatuoca demonstrou menor diversidade, provavelmente, devido ao estresse ambiental ocasionado pelo constante revolvimento dos sedimentos, que possivelmente refletiu na dominância da A. parkinsoniana. Espécies oportunistas foram dominantes principalmente nas estações mais próximas à costa. Estações mais profundas, localizadas próximas aos beachrocks e plataforma interna, apresentaram um dos mais altos valores de diversidade, contribuindo para afirmar a influência marinha na melhoria da qualidade ambiental, uma vez que o ambiente possui menor influência antrópica decorrente de mudanças ambientais devido a construção do porto de Suape.Universidade Federal do Rio de JaneiroOliveira, Taiana Regina Silva deSantos, Luciana Dantas dosSilva, Jéssica Cristina Amorim daEichler, Patrícia Pinheiro BeckBarcellos, Roberto Lima2019-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/3007210.11137/2019_2_159_168Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 2 (2019); 159-168Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 2 (2019); 159-1681982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30072/16970Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociênciashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2019-12-10T15:04:16Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/30072Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/oaianuario@igeo.ufrj.br||1982-39080101-9759opendoar:2019-12-10T15:04:16Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Correlação entre Características Sedimentológicas e Foraminíferos Bentônicos em Porto de Suape (PE-Brasil): um Estudo Ambiental |
title |
Correlação entre Características Sedimentológicas e Foraminíferos Bentônicos em Porto de Suape (PE-Brasil): um Estudo Ambiental |
spellingShingle |
Correlação entre Características Sedimentológicas e Foraminíferos Bentônicos em Porto de Suape (PE-Brasil): um Estudo Ambiental Oliveira, Taiana Regina Silva de Sedimentos; Foraminíferos bentônicos; Estuário; Porto; Poluição |
title_short |
Correlação entre Características Sedimentológicas e Foraminíferos Bentônicos em Porto de Suape (PE-Brasil): um Estudo Ambiental |
title_full |
Correlação entre Características Sedimentológicas e Foraminíferos Bentônicos em Porto de Suape (PE-Brasil): um Estudo Ambiental |
title_fullStr |
Correlação entre Características Sedimentológicas e Foraminíferos Bentônicos em Porto de Suape (PE-Brasil): um Estudo Ambiental |
title_full_unstemmed |
Correlação entre Características Sedimentológicas e Foraminíferos Bentônicos em Porto de Suape (PE-Brasil): um Estudo Ambiental |
title_sort |
Correlação entre Características Sedimentológicas e Foraminíferos Bentônicos em Porto de Suape (PE-Brasil): um Estudo Ambiental |
author |
Oliveira, Taiana Regina Silva de |
author_facet |
Oliveira, Taiana Regina Silva de Santos, Luciana Dantas dos Silva, Jéssica Cristina Amorim da Eichler, Patrícia Pinheiro Beck Barcellos, Roberto Lima |
author_role |
author |
author2 |
Santos, Luciana Dantas dos Silva, Jéssica Cristina Amorim da Eichler, Patrícia Pinheiro Beck Barcellos, Roberto Lima |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
|
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Taiana Regina Silva de Santos, Luciana Dantas dos Silva, Jéssica Cristina Amorim da Eichler, Patrícia Pinheiro Beck Barcellos, Roberto Lima |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Sedimentos; Foraminíferos bentônicos; Estuário; Porto; Poluição |
topic |
Sedimentos; Foraminíferos bentônicos; Estuário; Porto; Poluição |
description |
A construção do maior complexo industrial portuário do nordeste brasileiro, o Porto de Suape (PE/Brasil), ocasionou mudanças geomorfológicas, sedimentares e ambientais no sistema estuarino-lagunar associado. Este estudo visa avaliar a influência da construção do Porto de Suape nas assembleias de foraminíferos bentônicos e suas respostas às características do substrato (teores de carbonato de cálcio e à matéria orgânica total, granulometria). Para isso, 7 amostras foram selecionadas de cada subambiente representativo, nos quais 36 gêneros de foraminíferos foram identificados. Destacam-se as espécies dominantes Ammonia tepida e A. parkinsoniana. Os valores de diversidade se apresentaram mais elevados próximos a plataforma interna, com o menor valor na região do porto que sofre sucessivas dragagens. Os sedimentos de granulação areia dominaram (85,3-99,8%), com exceção da região do canal dragado do rio Tatuoca que apresentou um percentual de argila (30,6%) e o maior percentual de silte (36,2%). Predominam também sedimentos litoclásticos, com teores médios de CaCO3 de 21,95%. A estação de sedimentos de granulação mais grossa se apresenta com ausência de foraminíferos, o que pode ser associada à forte dinâmica de correntes e a quebra parcial dos recifes para implantação do porto. A laguna de Suape, assim como a plataforma interna adjacente, apresentou os maiores percentuais de lama correlacionados à matéria orgânica, podendo revelar influência positiva aos valores de riqueza e diversidade. A região do canal dragado do Rio Tatuoca demonstrou menor diversidade, provavelmente, devido ao estresse ambiental ocasionado pelo constante revolvimento dos sedimentos, que possivelmente refletiu na dominância da A. parkinsoniana. Espécies oportunistas foram dominantes principalmente nas estações mais próximas à costa. Estações mais profundas, localizadas próximas aos beachrocks e plataforma interna, apresentaram um dos mais altos valores de diversidade, contribuindo para afirmar a influência marinha na melhoria da qualidade ambiental, uma vez que o ambiente possui menor influência antrópica decorrente de mudanças ambientais devido a construção do porto de Suape. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-12-01 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30072 10.11137/2019_2_159_168 |
url |
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30072 |
identifier_str_mv |
10.11137/2019_2_159_168 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30072/16970 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 2 (2019); 159-168 Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 2 (2019); 159-168 1982-3908 0101-9759 reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online) instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
collection |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
anuario@igeo.ufrj.br|| |
_version_ |
1797053539593224192 |