Fácies e Paleoambientes do Membro São Tomé (Formação Emborê) na Porção Emersa da Bacia de Campos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30643 |
Resumo: | A porção submersa da Bacia de Campos apresenta um vasto conhecimento geológico acumulado ao longo de décadas de exploração petrolífera. Todavia, sua porção emersa é, ainda hoje, carente de estudos estratigráficos devido à escassez de dados de subsuperfície profundos, sobretudo quando relacionado ao Membro São Tomé da Formação Emborê, uma unidade não aflorante interpretada como o registro de sistemas deltaicos de alta energia ( fan deltas). Tendo em vista contribuir para o conhecimento da região, este estudo teve por objetivo a caracterização sedimentológica e paleoambiental dos depósitos do Membro São Tomé que ocorrem em quatro testemunhos de sondagem (2-LF-1-RJ, 2-BG-1-RJ, 2-MU-1-RJ e 2-TO-1-RJ) recuperados na área do Complexo Deltaico do Rio Paraíba do Sul (CDRPS), porção emersa da Bacia de Campos. Oito fácies sedimentares foram caracterizadas (Lm, lamito maciço; LAm, lamito arenoso maciço; Het, acamamento heterolítico ondulado e/ou lenticular; Ae, arenito com estratificação cruzada; Am, arenito maciço; ALm, arenito lamoso maciço; ACm, arenito conglomerático maciço e Ccm, conglomerado fino maciço, sustentado pelos clastos), interpretadas em termos de processo deposicional e agrupadas em quatro associações de fácies (LA1, LA2, FL1 e FL2), permitindo assim a identificação de paleoambientes de leque aluvial e fluvial. As associações LA1 (constituída pelas fácies ACm, ALm, Am e LAm) e LA2 (constituída pelas fácies ALm, Am, LAm e Lm), que ocorrem nos testemunhos 2-MU-1-RJ, 2-BG-1-RJ e 2-TO-1-RJ, são interpretadas como o registro de leques aluviais desenvolvidos em áreas adjacentes aos principais sistemas de falhas (NE-SW) da região norte do estado do Rio de Janeiro. A associação FL1 (constituída pelas fácies ACm, Am, Ae, LAm e Lm), que ocorre no testemunho 2-TO-1-RJ, corresponde a depósitos de um sistema fluvial entrelaçado. Já a associação FL2 (constituída pelas fácies Ccm, Am, Ae, Het e Lm), que ocorre nos testemunhos 2-MU-1-RJ, 2-LF-1-RJ e 2-BG-1-RJ, sendo bem caracterizada neste último em função de seu maior percentual de recuperação, é interpretada como o registro de um sistema fluvial do tipo meandrante de baixa sinuosidade ou wandering. |
id |
UFRJ-21_b2a6718fddcd7893431ae105b3202e09 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.revistas.ufrj.br:article/30643 |
network_acronym_str |
UFRJ-21 |
network_name_str |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Fácies e Paleoambientes do Membro São Tomé (Formação Emborê) na Porção Emersa da Bacia de CamposBacia de Campos; Formação Emborê; EstratigrafiaA porção submersa da Bacia de Campos apresenta um vasto conhecimento geológico acumulado ao longo de décadas de exploração petrolífera. Todavia, sua porção emersa é, ainda hoje, carente de estudos estratigráficos devido à escassez de dados de subsuperfície profundos, sobretudo quando relacionado ao Membro São Tomé da Formação Emborê, uma unidade não aflorante interpretada como o registro de sistemas deltaicos de alta energia ( fan deltas). Tendo em vista contribuir para o conhecimento da região, este estudo teve por objetivo a caracterização sedimentológica e paleoambiental dos depósitos do Membro São Tomé que ocorrem em quatro testemunhos de sondagem (2-LF-1-RJ, 2-BG-1-RJ, 2-MU-1-RJ e 2-TO-1-RJ) recuperados na área do Complexo Deltaico do Rio Paraíba do Sul (CDRPS), porção emersa da Bacia de Campos. Oito fácies sedimentares foram caracterizadas (Lm, lamito maciço; LAm, lamito arenoso maciço; Het, acamamento heterolítico ondulado e/ou lenticular; Ae, arenito com estratificação cruzada; Am, arenito maciço; ALm, arenito lamoso maciço; ACm, arenito conglomerático maciço e Ccm, conglomerado fino maciço, sustentado pelos clastos), interpretadas em termos de processo deposicional e agrupadas em quatro associações de fácies (LA1, LA2, FL1 e FL2), permitindo assim a identificação de paleoambientes de leque aluvial e fluvial. As associações LA1 (constituída pelas fácies ACm, ALm, Am e LAm) e LA2 (constituída pelas fácies ALm, Am, LAm e Lm), que ocorrem nos testemunhos 2-MU-1-RJ, 2-BG-1-RJ e 2-TO-1-RJ, são interpretadas como o registro de leques aluviais desenvolvidos em áreas adjacentes aos principais sistemas de falhas (NE-SW) da região norte do estado do Rio de Janeiro. A associação FL1 (constituída pelas fácies ACm, Am, Ae, LAm e Lm), que ocorre no testemunho 2-TO-1-RJ, corresponde a depósitos de um sistema fluvial entrelaçado. Já a associação FL2 (constituída pelas fácies Ccm, Am, Ae, Het e Lm), que ocorre nos testemunhos 2-MU-1-RJ, 2-LF-1-RJ e 2-BG-1-RJ, sendo bem caracterizada neste último em função de seu maior percentual de recuperação, é interpretada como o registro de um sistema fluvial do tipo meandrante de baixa sinuosidade ou wandering.Universidade Federal do Rio de JaneiroCarelli, Thiago GonçalvesPlantz, Josiane BrancoMello, Claudio Limeira2019-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/3064310.11137/2019_1_454_470Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 1 (2019); 454-470Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 1 (2019); 454-4701982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30643/17327Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociênciashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2019-12-10T15:03:30Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/30643Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/oaianuario@igeo.ufrj.br||1982-39080101-9759opendoar:2019-12-10T15:03:30Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Fácies e Paleoambientes do Membro São Tomé (Formação Emborê) na Porção Emersa da Bacia de Campos |
title |
Fácies e Paleoambientes do Membro São Tomé (Formação Emborê) na Porção Emersa da Bacia de Campos |
spellingShingle |
Fácies e Paleoambientes do Membro São Tomé (Formação Emborê) na Porção Emersa da Bacia de Campos Carelli, Thiago Gonçalves Bacia de Campos; Formação Emborê; Estratigrafia |
title_short |
Fácies e Paleoambientes do Membro São Tomé (Formação Emborê) na Porção Emersa da Bacia de Campos |
title_full |
Fácies e Paleoambientes do Membro São Tomé (Formação Emborê) na Porção Emersa da Bacia de Campos |
title_fullStr |
Fácies e Paleoambientes do Membro São Tomé (Formação Emborê) na Porção Emersa da Bacia de Campos |
title_full_unstemmed |
Fácies e Paleoambientes do Membro São Tomé (Formação Emborê) na Porção Emersa da Bacia de Campos |
title_sort |
Fácies e Paleoambientes do Membro São Tomé (Formação Emborê) na Porção Emersa da Bacia de Campos |
author |
Carelli, Thiago Gonçalves |
author_facet |
Carelli, Thiago Gonçalves Plantz, Josiane Branco Mello, Claudio Limeira |
author_role |
author |
author2 |
Plantz, Josiane Branco Mello, Claudio Limeira |
author2_role |
author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
|
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Carelli, Thiago Gonçalves Plantz, Josiane Branco Mello, Claudio Limeira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Bacia de Campos; Formação Emborê; Estratigrafia |
topic |
Bacia de Campos; Formação Emborê; Estratigrafia |
description |
A porção submersa da Bacia de Campos apresenta um vasto conhecimento geológico acumulado ao longo de décadas de exploração petrolífera. Todavia, sua porção emersa é, ainda hoje, carente de estudos estratigráficos devido à escassez de dados de subsuperfície profundos, sobretudo quando relacionado ao Membro São Tomé da Formação Emborê, uma unidade não aflorante interpretada como o registro de sistemas deltaicos de alta energia ( fan deltas). Tendo em vista contribuir para o conhecimento da região, este estudo teve por objetivo a caracterização sedimentológica e paleoambiental dos depósitos do Membro São Tomé que ocorrem em quatro testemunhos de sondagem (2-LF-1-RJ, 2-BG-1-RJ, 2-MU-1-RJ e 2-TO-1-RJ) recuperados na área do Complexo Deltaico do Rio Paraíba do Sul (CDRPS), porção emersa da Bacia de Campos. Oito fácies sedimentares foram caracterizadas (Lm, lamito maciço; LAm, lamito arenoso maciço; Het, acamamento heterolítico ondulado e/ou lenticular; Ae, arenito com estratificação cruzada; Am, arenito maciço; ALm, arenito lamoso maciço; ACm, arenito conglomerático maciço e Ccm, conglomerado fino maciço, sustentado pelos clastos), interpretadas em termos de processo deposicional e agrupadas em quatro associações de fácies (LA1, LA2, FL1 e FL2), permitindo assim a identificação de paleoambientes de leque aluvial e fluvial. As associações LA1 (constituída pelas fácies ACm, ALm, Am e LAm) e LA2 (constituída pelas fácies ALm, Am, LAm e Lm), que ocorrem nos testemunhos 2-MU-1-RJ, 2-BG-1-RJ e 2-TO-1-RJ, são interpretadas como o registro de leques aluviais desenvolvidos em áreas adjacentes aos principais sistemas de falhas (NE-SW) da região norte do estado do Rio de Janeiro. A associação FL1 (constituída pelas fácies ACm, Am, Ae, LAm e Lm), que ocorre no testemunho 2-TO-1-RJ, corresponde a depósitos de um sistema fluvial entrelaçado. Já a associação FL2 (constituída pelas fácies Ccm, Am, Ae, Het e Lm), que ocorre nos testemunhos 2-MU-1-RJ, 2-LF-1-RJ e 2-BG-1-RJ, sendo bem caracterizada neste último em função de seu maior percentual de recuperação, é interpretada como o registro de um sistema fluvial do tipo meandrante de baixa sinuosidade ou wandering. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-12-01 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30643 10.11137/2019_1_454_470 |
url |
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30643 |
identifier_str_mv |
10.11137/2019_1_454_470 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30643/17327 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Anuário do Instituto de Geociências http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 1 (2019); 454-470 Anuário do Instituto de Geociências; Vol 42, No 1 (2019); 454-470 1982-3908 0101-9759 reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online) instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
collection |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
anuario@igeo.ufrj.br|| |
_version_ |
1797053543982563328 |