A LITERATURA E AS REVIRAVOLTAS DO SENTIDO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Trágica |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/26829 |
Resumo: | Os signos, sabemos, são conectores ora compondo sínteses, ora séries heterogêneas. Por vezes carregando sentidos familiares, outras, estranhezas. É o processo de criação desses elos semióticos que vai nos interessar. A literatura nos impressiona pela força inventiva, nela intensificada por sua ousadia em produzir sentidos a partir de nexos entre signos, cuja impertinência os multiplica e os distancia da função meramente descritiva que lhes é atribuída. É por estas vias que a literatura “ prolonga e faz emergir vértices de forças visíveis, que tomam forma a partir do que as suporta, uma pulsação invisível.”1 Por este viés, a narrativa literária está bem longe da pura prática do belo, do exercício do bom senso no uso das regras sintáticas ou ainda da substituição por signos de realidades vividas. É à sua afinidade com a dimensão movente da realidade que daremos atenção. Portanto, deixaremos para trás a função de representação, da recognição que emprestaria regularidade e constância ao eventos, frequentemente procurada nas várias dimensões da linguagem. No lugar, pensaremos na sua potência de lidar com a diferença. |
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