Petrografia e química mineral de rochas de alto grau da Serra da Cangalha e adjacências, sul do Espírito Santo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/6818 |
Resumo: | A área do trabalho, localiza-se nas proximidades do município de Guaçuí, sul do Espírito Santo. Geologicamente se situa na zona de transição entre as faixas móveis Araçuaí e Ribeira, zona de contato entre rochas granulíticas paleoproterozoicas do Complexo Juiz de Fora e gnaisses ortoderivados paleo- a neoproterozoicos, metamorfizadas em fácies anfibolito alto a granulito. São caracterizadas quatro unidades sendo elas Ortognaisse Serra da Cangalha, Ortogranulito Juiz de Fora, paragnaisse associado do Domínio Costeiro e charnockito. O objetivo desta monografia é a caracterização petrográfica das unidades, estudo da química mineral das fases principais, somando-se a mapas composicionais e perfis em grãos e por fim estudos geotermobarométricos. O ortognaisse possuí composição variando entre granito a quarzomonzodiorito, o ortogranulito Juiz de Fora com resultados desde quartzosienito a diorito e o charnockito como granodiorito e quartzomonzodiorito. Petrograficamente a assembleia mineral é semelhante entre as unidades, apresentando como minerais essenciais o plagioclásio, comumente andesina, quartzo e ortoclásio. Os máficos essenciais são biotita, posicionada no campo da flogopita no ortognaisse e ortogranulito e no campo da annita no charnockito, anfibólios cálcicos, classificados como pargasita, mas ocorrem Mg-hornblenda e por fim piroxênios, que ocorrem como acessórios no ortognaisse. Os ortopiroxênios são de composição intermediária entre enstatita e ferrosilita, apresentando valores dos membros entre 29,29-51,14% (En), 47,99-68,66% (Fs) e 0,7-3% (Wo) e os clinopiroxênios, menos comuns, classificados como diopsídio com ocorrência de augita. Fases acessórias incluem minerais opacos (ilmenita, magnetita e Ti-magnetita), titanita, zircão, apatita e eventuais allanita e granada. Estudos geotermobarométricos indicam temperatura de 1100-1130°C e pressão 5,5-6,8 kbar de equilíbrio entre líquido e piroxênios com ocorrência de um episódio posterior provavelmente metamórfico, com temperaturas de reequilíbrio em média de 725°C. Esses resultados apontam rochas formadas a cerca de 20 km de profundidade com gradiente geotérmico em média de 55°C por km e com o reequilíbrio ocorrendo entre 15 a 18 km com gradiente geotérmico de 45°C por quilômetro. |
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