Simpatia pelo diabo: um estudo da relação entre mídia, fascínio e crime no Brasil

• Autor(a) principal: Miranda, Carolina Telles
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/19836
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAO; Richthofen, Suzane Louise von, 1983-; Mídia e sociedade; Crime e criminosos

O presente trabalho é uma análise sobre a posição do caso Richthofen no imaginário nacional duas décadas após seu acontecimento. O objetivo é compreender, através da metodologia qualitativa, o tamanho interesse por Suzane Von Richthofen, a parricida que planejou friamente a morte dos pais, sob a ótica do fascínio – um sentimento de sedução, que introduz no espectador reações na liminar de desejo e medo. A ideia de fascinação será dividida em três partes: a dualidade da figura feminina, as noções de mulher fatal e mulher do lar, e como a assassina se encaixa em ambas; os conceitos de monstruosidade e genealogia do mal, para compreender como Suzane se tornou um monstro; e por último, o papel exercido pela mídia no estímulo ao consumo, através da exploração de fait-divers e da vida pessoal de Suzane, alçada ao posto de celebridade. O principal objeto deste estudo são os filmes “A menina que matou os pais” e “O menino que matou meus pais”, ambos de 2021, onde serão explorados como os conceitos previamente citados se encaixam na prática. A mídia será apontada como o principal agente no despertar do fascínio em uma população, através da monopolização dos conteúdos divulgados, do uso de fait-divers e da exposição da vida privada da assassina.