Caracterização petrográfica e química mineral do ortognaisse Estrela e dos litotipos associados, no distrito de Estrela do Norte, Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Victor Huggo Mesquita
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/12339
Resumo: A região estudada localiza-se no sul do Espírito Santo no distrito de Estrela do Norte, município de Castelo. Encontra-se geologicamente inserida na faixa móvel Araçuaí, a qual registra diversos episódios de magmatismo no limite Neoproterozoico – Cambriano, relacionados ao evento panafricano-brasiliano, sendo subdivididos em cinco supersuítes, e o Ortognaisse Estrela (foco do trabalho) é interpretado como membro da supersuíte G1. Além dele, foram identificados outros cinco litotipos na área; o Leucogranito, o Paragnaisse, o Titanita granito, o Granito Alto Chapéu e o Diorito Alto Chapéu. O principal objetivo deste trabalho é a delimitação, caracterização petrográfica, química mineral e geotermobarométrica do Ortognaisse Estrela. Em lâmina o Ortognaisse Estrela apresenta composição variando de granodiorito a tonalito, textura inequigranular porfirítica a localmente equigranular e mostra feições localizadas de fusão parcial, apresentando como minerais essenciais plagioclásio, quartzo, biotita, hornblenda e por vezes K-feldspato. O Leucogranito é equigranular, localmente porfirítico, e tem composição de sienogranito, com biotita e hornblenda acessórias, podendo ser produto de fusão parcial do ortognaisse. A química mineral do Ortognaisse Estrela indica que os cristais de anfibólio são caracterizados como pargasita nos núcleos e Mg-hornblenda nas bordas. A biotita apresenta uma leve tendência de enriquecimento em Fe (~0,6 apfu). O K-feldspato tem composição média de Or 92,2 Ab 7,6 An 0,2 e o plagioclásio apresenta composição An 39,2 Ab 60,6 Or 0,2. Dentre os minerais acessórios, são encontrados apatita, allanita, titanita, zircão, epidoto, granada, magnetita e ilmenita. Utilizando-se o par anfibólio-plagioclásio foi obtida temperatura variando de 700 a 750 °C para o equilíbrio dessas fases. A estimativa de pressão foi realizada utilizando Al em cristais de anfibólio, tendo como resultado valores próximos a 6,0 Kbar para cristalização do anfibólio. A combinação dessa temperatura e pressão obtidas indica uma profundidade de 18 Km para o posicionamento e cristalização do protólito do Ortognaisse Estrela, apontando um gradiente geotérmico de 41 °C/km. O par magnetita-ilmenita forneceu temperatura média de 600°C e fugacidade de oxigênio de -16,3 unidades log, evidenciando condições oxidantes para o (re)equilíbrio desses opacos.
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