Caracterização geoquímica do ortognaisse Serra da Cangalha, sul do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Pedro Douglas da
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/4310
Resumo: A área deste trabalho situa-se no limite dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, entre os municípios de São José do Calçado e Guaçuí. A região insere-se na zona de contato entre rochas granulíticas paleoproterozóicas do complexo Juiz de Fora pertencente ao Terreno Ocidental da Faixa Ribeira e gnaisses para e ortoderivados, provavelmente relacionados ao Domínio Costeiro do Terreno Oriental, e metamorfizados em fácies anfibolito alto a granulito. Na área de trabalho foram definidas quatro unidades de mapeamento: hornblenda-biotita ortognaisse, granada-biotita paragnaisse, granulito e charnockito. A disposição desses litotipos no campo resulta em faixas de ortognaisse e paragnaisse intercaladas orientadas segundo NE-SW. O principal foco desta monografia é a caracterização petrográfica e geoquímica do hornblenda-biotita ortognaisse, denominado Ortognaisse Serra da Cangalha. Esta rocha apresenta granulometria média, índice de cor leucocrático e está localmente migmatizado, com estrutura predominantemente estromática. Aspectos petrográficos apontam composição monzogranítica e um padrão textural inequigranular seriado xenomórfico a hipidiomórfico. Mineralogicamente compõem-se de quartzo, ortoclásio pertítico, plagioclásio, biotita, hornblenda e clinopiroxênio (essenciais), minerais opacos, titanita, zircão, apatita (acessórios) e muscovita, calcita e clorita (secundários). As análises químicas revelam uma assinatura cálcio-alcalina de alto K, com trend metaluminoso e composição predominantemente granodiorítica a granítica. O enriquecimento em álcalis da seqüência é evidenciado pelo posicionamento das amostras nos diagramas TAS e de Harker. Estudos integrados de padrões de ETR, diagramas de variação e razões (La/Yb)N indicam um caráter cogenético para as amostras do Ortognaisse Serra da Cangalha e a sua assinatura geoquímica e mineralogia apontam para provável elevada temperatura de cristalização do protólito. Uma amostra de ortognaisse com característica petrográfica e geoquímica totalmente distinta da seqüência, e idade paleoproterozóica, é interpretada como pertencente a uma outra suíte. A geoquímica para o granulito e charnockitos evidencia um enriquecimento nos elementos cafêmicos e ausência de anomalias de elementos traços, o que os separa claramente dos ortognaisses.
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