Técnicas narrativas em Emma, de Jane Austen
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/22393 |
Resumo: | O romance Emma, de Jane Austen, publicado originalmente em 1815, é um excelente exemplo de como as escolhas narrativas podem acrescentar nuances a uma história. Considerando o universo dos romances de Austen e suas heroínas, Emma é, dentre elas, a mais diferente – como um exemplar não prototípico em relação aos demais. Apesar das adaptações modernas sugerirem o contrário, o foco maior das histórias austenianas não é o relacionamento amoroso das protagonistas. Aspectos como o papel da mulher na sociedade e o desenvolvimento do caráter diante das impressões e convenções sociais são mais importantes. Em Emma, especificamente, acompanhamos os enganos e aprendizados da jovem na convivência com os outros personagens, como em um romance de formação feminino. As ilusões e pequenos desastres de Emma são expostos por meio da técnica do discurso indireto livre, que une os pensamentos da personagem à própria voz do narrador, conduzindo o leitor – quem sabe – a ser também confundido e pego de surpresa. A narração equilibra o discurso que inclui a voz de Emma, os diálogos dos outros personagens do vilarejo e pistas sutis das intenções de cada um. Todas essas características se somam à ironia na voz do narrador, e que é uma característica marcante na obra de Austen. Em Emma, porém, o uso do discurso indireto livre colabora para uma sofisticação da sátira feita pela autora – em comparação feita aqui com a sátira presente em Northanger Abbey, que conta com outra espécie de heroína incomum. |
id |
UFRJ_6d980299ea0c2a4ee4796235b9775f81 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/22393 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Técnicas narrativas em Emma, de Jane AustenLiteratura inglesaHistória e críticaAusten, Jane 1775-1817CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULASO romance Emma, de Jane Austen, publicado originalmente em 1815, é um excelente exemplo de como as escolhas narrativas podem acrescentar nuances a uma história. Considerando o universo dos romances de Austen e suas heroínas, Emma é, dentre elas, a mais diferente – como um exemplar não prototípico em relação aos demais. Apesar das adaptações modernas sugerirem o contrário, o foco maior das histórias austenianas não é o relacionamento amoroso das protagonistas. Aspectos como o papel da mulher na sociedade e o desenvolvimento do caráter diante das impressões e convenções sociais são mais importantes. Em Emma, especificamente, acompanhamos os enganos e aprendizados da jovem na convivência com os outros personagens, como em um romance de formação feminino. As ilusões e pequenos desastres de Emma são expostos por meio da técnica do discurso indireto livre, que une os pensamentos da personagem à própria voz do narrador, conduzindo o leitor – quem sabe – a ser também confundido e pego de surpresa. A narração equilibra o discurso que inclui a voz de Emma, os diálogos dos outros personagens do vilarejo e pistas sutis das intenções de cada um. Todas essas características se somam à ironia na voz do narrador, e que é uma característica marcante na obra de Austen. Em Emma, porém, o uso do discurso indireto livre colabora para uma sofisticação da sátira feita pela autora – em comparação feita aqui com a sátira presente em Northanger Abbey, que conta com outra espécie de heroína incomum.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilFaculdade de LetrasUFRJCass, Thiago Rhys Bezerrahttp://lattes.cnpq.br/8754132942757688Fernandes, Mariana Patríciohttp://lattes.cnpq.br/6213536263563913Santos, Ana Luiza dos2024-01-23T12:58:12Z2024-01-25T03:00:21Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://hdl.handle.net/11422/22393porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2024-01-25T03:00:21Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/22393Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2024-01-25T03:00:21Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Técnicas narrativas em Emma, de Jane Austen |
title |
Técnicas narrativas em Emma, de Jane Austen |
spellingShingle |
Técnicas narrativas em Emma, de Jane Austen Santos, Ana Luiza dos Literatura inglesa História e crítica Austen, Jane 1775-1817 CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS |
title_short |
Técnicas narrativas em Emma, de Jane Austen |
title_full |
Técnicas narrativas em Emma, de Jane Austen |
title_fullStr |
Técnicas narrativas em Emma, de Jane Austen |
title_full_unstemmed |
Técnicas narrativas em Emma, de Jane Austen |
title_sort |
Técnicas narrativas em Emma, de Jane Austen |
author |
Santos, Ana Luiza dos |
author_facet |
Santos, Ana Luiza dos |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Cass, Thiago Rhys Bezerra http://lattes.cnpq.br/8754132942757688 Fernandes, Mariana Patrício http://lattes.cnpq.br/6213536263563913 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Ana Luiza dos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Literatura inglesa História e crítica Austen, Jane 1775-1817 CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS |
topic |
Literatura inglesa História e crítica Austen, Jane 1775-1817 CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS |
description |
O romance Emma, de Jane Austen, publicado originalmente em 1815, é um excelente exemplo de como as escolhas narrativas podem acrescentar nuances a uma história. Considerando o universo dos romances de Austen e suas heroínas, Emma é, dentre elas, a mais diferente – como um exemplar não prototípico em relação aos demais. Apesar das adaptações modernas sugerirem o contrário, o foco maior das histórias austenianas não é o relacionamento amoroso das protagonistas. Aspectos como o papel da mulher na sociedade e o desenvolvimento do caráter diante das impressões e convenções sociais são mais importantes. Em Emma, especificamente, acompanhamos os enganos e aprendizados da jovem na convivência com os outros personagens, como em um romance de formação feminino. As ilusões e pequenos desastres de Emma são expostos por meio da técnica do discurso indireto livre, que une os pensamentos da personagem à própria voz do narrador, conduzindo o leitor – quem sabe – a ser também confundido e pego de surpresa. A narração equilibra o discurso que inclui a voz de Emma, os diálogos dos outros personagens do vilarejo e pistas sutis das intenções de cada um. Todas essas características se somam à ironia na voz do narrador, e que é uma característica marcante na obra de Austen. Em Emma, porém, o uso do discurso indireto livre colabora para uma sofisticação da sátira feita pela autora – em comparação feita aqui com a sátira presente em Northanger Abbey, que conta com outra espécie de heroína incomum. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023 2024-01-23T12:58:12Z 2024-01-25T03:00:21Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/22393 |
url |
http://hdl.handle.net/11422/22393 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro Brasil Faculdade de Letras UFRJ |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro Brasil Faculdade de Letras UFRJ |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
pantheon@sibi.ufrj.br |
_version_ |
1815456055652515840 |