Usos não canônicos do sufixo -mente no português do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/20934 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo discutir alguns usos não-canônicos do sufixo -mente no português brasileiro. A pesquisa inicia trazendo o contexto histórico do sufixo, desde a sua origem latina, o que ajuda a entender o que possibilita determinadas construções de palavras e o que impede - pelo ponto de vista da gramática tradicional - a formação de outras. Em seguida, descreve o sufixo pelo ponto de vista da Gramática Tradicional e autores de manuais de morfologia. Por conseguinte, o primeiro caso de uso não canônico é apresentado: a construção X-mente nas composições do funk brasileiro, que deu origem a uma pasta no aplicativo de músicas Spotify, com o nome de “Funk Advérbios de Modo”. O segundo ponto tratado na pesquisa traz o questionamento acerca do -mente se limitar a formação de advérbios - como prega a tradição - o que, através de dados coletados de uso real da linguagem por falantes do português brasileiro, confirma que a definição tradicional é um tanto rasa quando se define esse afixo, haja vista que o afixo apresenta comportamentos que o assemelha a outra classe gramatical. Por fim, um último questionamento é feito: a possibilidade de haver construções X-mente com base numeral. Dessa maneira, a pesquisa pretende mostrar que o sufixo -mente vai muito além de um elemento que se acopla a uma base para formar uma palavra; ele tem se mostrado capaz de se adaptar à múltiplas formações, e permitir diversas construções, mesmo que para isso seja necessário desconstruí-lo para alcançar um objetivo discursivo. |
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