Eu não tenho tempo para isso, eu preciso sobreviver: a saúde mental da população negra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Ana Carolina Fernandes de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/17143
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo apresentar as narrativas de três pessoas pretas sobre suas experiências com as marcas geradas pelo racismo, produzindo reflexões acerca das cicatrizes produzidas nesta população exposta cotidianamente ao racismo estrutural. Parto do princípio de que as atitudes racistas geram traumas que se refletem na saúde mental das pessoas pretas. Para esta pesquisa, a reflexão de que a saúde mental da população negra é um assunto individual e ao mesmo tempo, compartilhado, requer um caminho metodológico que permite ouvir todas as nuances das experiências dos sujeitos. Por isso, a pesquisa é desenvolvida pela trilha metodológica possibilitada pela metodologia de conversas, pela pesquisa narrativa e pelo uso na narrativa autobiográfica. Tendo como ponto de partida, minha experiência pessoal com o racismo, inicio conversas com autores que dialogam acerca do racismo estrutural, do racismo cotidiano e da interseccionalidade. Convido também três praticantespensantes que compartilharam suas histórias, enfrentamentos e silenciamentos, trazendo para a pesquisa a reflexão necessária no que tange à saúde mental da população negra. Como conclusões, coloco que o fenômeno do racismo em todas as suas concepções é responsável por ceifar povos: quando não o faz fisicamente, atua diretamente na saúde mental dos sujeitos, produzindo patologias psíquicas no âmbito individual e uma coletividade que naturaliza a imagem negativa da identidade preta. Como ferramentas mediadoras de desconstrução dos processos apresentados, cito a conversa solidária, o acolhimento e a narrativa de si.
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