Romance em deformação: a solidão debochada na literatura de Marcelo Mirisola
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/14294 |
Resumo: | No ensaio “A literatura brasileira na era da multiplicidade”, a crítica contemporânea Beatriz Resende localiza a multiplicidade como marca da literatura brasileira de nosso tempo, fator esse que aparece como resistência às forças homogeneizadoras do mundo globalizado. Dentro desse pluralismo de vozes, elegemos a literatura de Marcelo Mirisola que acreditamos utilizar-se de um recurso que valida esse fenômeno de formas múltiplas na criação literária: uma narrativa marcada pela utilização de recurso mnemônico e de reconstrução da identidade dentro do lugar pessoal, do privado. Há também um forte tom de lirismo que aparece impregnado por uma linguagem suja e escatológica, que aparece muito fortemente nos seus romances O azul do filho morto e Bangalô, tendo como horizonte uma perspectiva de “romance em deformação”, numa perspectiva da contemporaneidade em franco diálogo ao termo alemão Bildungsroman, o romance de formação da modernidade. Ademais, o projeto literário de Marcelo Mirisola é fortemente calcado no procedimento literário da autoficção. O presente trabalho buscou examinar como a temática recorrente da exposição do sujeito em sua solidão cínica, debochada é feita e se utiliza do procedimento da autoficção para compor narrativas ficcionais. Para tanto, meu estudo tem como referência as contribuições de Philippe Lejeune – e seu estudo do pacto autobiográfico – e de Diana Klinger e suas contribuições sobre as escritas da autoficção e como propõe uma noção de performance de autor dentro desse cenário. |
id |
UFRJ_90ec89be9ea019a559be92fa3a23cfee |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/14294 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Marcelino, João Gabriel Kalilihttp://lattes.cnpq.br/8270680328878654http://lattes.cnpq.br/8423556820170339Patrocínio, Paulo Roberto Tonani do2021-05-11T22:08:50Z2023-11-30T03:04:15Z2020http://hdl.handle.net/11422/14294Submitted by Bruna Carla Cajé (brunacaje@hotmail.com) on 2021-05-11T22:08:50Z No. of bitstreams: 1 JGKMarcelino.pdf: 348658 bytes, checksum: b7aeb1398e68245c1e5b54c401e7c38d (MD5)Made available in DSpace on 2021-05-11T22:08:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JGKMarcelino.pdf: 348658 bytes, checksum: b7aeb1398e68245c1e5b54c401e7c38d (MD5) Previous issue date: 2020No ensaio “A literatura brasileira na era da multiplicidade”, a crítica contemporânea Beatriz Resende localiza a multiplicidade como marca da literatura brasileira de nosso tempo, fator esse que aparece como resistência às forças homogeneizadoras do mundo globalizado. Dentro desse pluralismo de vozes, elegemos a literatura de Marcelo Mirisola que acreditamos utilizar-se de um recurso que valida esse fenômeno de formas múltiplas na criação literária: uma narrativa marcada pela utilização de recurso mnemônico e de reconstrução da identidade dentro do lugar pessoal, do privado. Há também um forte tom de lirismo que aparece impregnado por uma linguagem suja e escatológica, que aparece muito fortemente nos seus romances O azul do filho morto e Bangalô, tendo como horizonte uma perspectiva de “romance em deformação”, numa perspectiva da contemporaneidade em franco diálogo ao termo alemão Bildungsroman, o romance de formação da modernidade. Ademais, o projeto literário de Marcelo Mirisola é fortemente calcado no procedimento literário da autoficção. O presente trabalho buscou examinar como a temática recorrente da exposição do sujeito em sua solidão cínica, debochada é feita e se utiliza do procedimento da autoficção para compor narrativas ficcionais. Para tanto, meu estudo tem como referência as contribuições de Philippe Lejeune – e seu estudo do pacto autobiográfico – e de Diana Klinger e suas contribuições sobre as escritas da autoficção e como propõe uma noção de performance de autor dentro desse cenário.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRALiteratura brasileiraMirisola, MarceloRomance em deformação: a solidão debochada na literatura de Marcelo Mirisolainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINALJGKMarcelino.pdfJGKMarcelino.pdfapplication/pdf348658http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/14294/1/JGKMarcelino.pdfb7aeb1398e68245c1e5b54c401e7c38dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/14294/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/142942023-11-30 00:04:15.318oai:pantheon.ufrj.br:11422/14294TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:04:15Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Romance em deformação: a solidão debochada na literatura de Marcelo Mirisola |
title |
Romance em deformação: a solidão debochada na literatura de Marcelo Mirisola |
spellingShingle |
Romance em deformação: a solidão debochada na literatura de Marcelo Mirisola Marcelino, João Gabriel Kalili CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA Literatura brasileira Mirisola, Marcelo |
title_short |
Romance em deformação: a solidão debochada na literatura de Marcelo Mirisola |
title_full |
Romance em deformação: a solidão debochada na literatura de Marcelo Mirisola |
title_fullStr |
Romance em deformação: a solidão debochada na literatura de Marcelo Mirisola |
title_full_unstemmed |
Romance em deformação: a solidão debochada na literatura de Marcelo Mirisola |
title_sort |
Romance em deformação: a solidão debochada na literatura de Marcelo Mirisola |
author |
Marcelino, João Gabriel Kalili |
author_facet |
Marcelino, João Gabriel Kalili |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8270680328878654 |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8423556820170339 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Marcelino, João Gabriel Kalili |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Patrocínio, Paulo Roberto Tonani do |
contributor_str_mv |
Patrocínio, Paulo Roberto Tonani do |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA |
topic |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA Literatura brasileira Mirisola, Marcelo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Literatura brasileira Mirisola, Marcelo |
description |
No ensaio “A literatura brasileira na era da multiplicidade”, a crítica contemporânea Beatriz Resende localiza a multiplicidade como marca da literatura brasileira de nosso tempo, fator esse que aparece como resistência às forças homogeneizadoras do mundo globalizado. Dentro desse pluralismo de vozes, elegemos a literatura de Marcelo Mirisola que acreditamos utilizar-se de um recurso que valida esse fenômeno de formas múltiplas na criação literária: uma narrativa marcada pela utilização de recurso mnemônico e de reconstrução da identidade dentro do lugar pessoal, do privado. Há também um forte tom de lirismo que aparece impregnado por uma linguagem suja e escatológica, que aparece muito fortemente nos seus romances O azul do filho morto e Bangalô, tendo como horizonte uma perspectiva de “romance em deformação”, numa perspectiva da contemporaneidade em franco diálogo ao termo alemão Bildungsroman, o romance de formação da modernidade. Ademais, o projeto literário de Marcelo Mirisola é fortemente calcado no procedimento literário da autoficção. O presente trabalho buscou examinar como a temática recorrente da exposição do sujeito em sua solidão cínica, debochada é feita e se utiliza do procedimento da autoficção para compor narrativas ficcionais. Para tanto, meu estudo tem como referência as contribuições de Philippe Lejeune – e seu estudo do pacto autobiográfico – e de Diana Klinger e suas contribuições sobre as escritas da autoficção e como propõe uma noção de performance de autor dentro desse cenário. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-05-11T22:08:50Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-30T03:04:15Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/14294 |
url |
http://hdl.handle.net/11422/14294 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Letras |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/14294/1/JGKMarcelino.pdf http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/14294/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b7aeb1398e68245c1e5b54c401e7c38d dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1784097201705713664 |