Reantropofagia na poética de Graça Graúna
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/18304 |
Resumo: | No presente trabalho, buscou-se entender o que é a literatura indígena e o que torna alguns poemas de Graça Graúna, poeta potiguara, produções inalienavelmente indígenas, apesar do uso de formas literárias de tradições não originárias. O que se pôde constatar é que a literatura indígena é um termo que se refere às produções literárias de autoria originária (GRAÚNA, 2013; JUSTICE, 2013; MUNDURUKU, 2017; DORRICO, 2018), cuja teorização passa por questionar a literariedade definida pelo ocidente a fim de expandi-la. No que concerne à poética de Graúna, se pôde constatar que a voz indígena antropofagiza o legado ocidental e asiático ao fazer uso de formas literárias de suas tradições e, dessa forma, reinventa seus usos através de um trabalho consciente com a linguagem. É possível entender que Graúna promove uma ReAntropofagia, pois devora consciente e criticamente o legado cultural de povos não indígenas numa atitude de absorção e transformação em benefício da retomada, celebração e difusão de culturas originárias. O trabalho é concluído com uma reflexão, em consonância com a lei 11.645/08, sobre a necessidade de estudos literários que se engajem com as produções de autoria nativa para romper com a colonialidade (GROSFOGUEL, 2011) presente nos currículos escolares brasileiros e para promover processos educativos dialógicos que envolvam diversidade étnica, equidade, interculturalidade, visibilidade e a legitimação de diferentes vozes na literatura. |
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