Caminhos das exportações brasileiras de manufaturados para o mercado norte-americano à luz da ascensão chinesa: uma análise do período (2000-2019)

• Autor(a) principal: Haddad, Luiza Sanmartin Perez Leon
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/21804
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA; Comércio internacional; Exportação; Manufatura; China; Brasil; Mercado consumidor; Estados Unidos

Esse trabalho analisa a trajetória das exportações brasileiras de manufaturados para o mercado norte-americano entre 2000 e 2019, investigando como essa foi impactada pela emergência da China no comércio internacional. A hipótese que orienta a pesquisa é de que houve uma perda de espaço dos bens manufaturados brasileiros naquele mercado, a qual esteve associada à concorrência com os produtos chineses. Para isso, são revisados aspectos teóricos da literatura sobre a importância das exportações de manufaturados para a economia de um país, a fim de demonstrar a relevância do tema. Em seguida, é realizada uma revisão da literatura para mapear os principais pontos observados em relação à ascensão da China no contexto internacional, analisando seus impactos sobre a inserção externa comercial da América Latina; assim como, de forma mais específica, sobre as vendas de manufaturas do Brasil para terceiros mercados, em especial os EUA. Por fim, é realizada a análise de dados e indicadores que comparam as exportações brasileiras de manufaturados para os EUA com as chinesas, visando identificar sinais de ameaça concorrencial. Em linhas gerais, o efeito negativo chinês ressaltado pela literatura sobre as exportações de manufaturas do Brasil parece ser comprovado pelos resultados apresentados pelos dados: de fato, ao longo do período analisado, as exportações brasileiras desses bens perderam espaço no mercado norte-americano, paralelamente ao aumento do market share chinês. Apesar de o ano de 2019 parecer apontar para sinais de redução dessa ameaça chinesa, é possível observar que o período analisado contemplou um Brasil que não foi capaz de desenvolver e impulsionar o crescimento das suas exportações para o seu maior mercado de manufaturas da mesma forma que a China conseguiu.