“Brinca que nem gente!”: o brincar e as interações na relação entre adultos e bebês na creche

• Autor(a) principal: Ribeiro, Isabella de Moraes
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/19507
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; Educação infantil; Pedagogia; Creches

A presente monografia tem por finalidade analisar as interações entre educadoras e bebês nos diversos momentos de rotina e como estas impactam no brincar e nas diferentes expressões corporais dos bebês dentro da creche. A inserção no campo foi possibilitada pela disciplina de Prática de Ensino em Educação Infantil, ministrada no curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estágio obrigatório e as discussões suscitadas ao longo desta disciplina deram base para a construção de aportes teóricos compreendidos como referenciais. Dentre estes, destacam-se Arenhart, Fochi, Guimarães, Vygotsky, entre outros que dialogam com a temática do brincar e da infância, contribuindo assim para reflexões acerca das interações, do corpo e do brincar dos bebês. O trabalho foi desenvolvido em uma creche municipal do Rio de Janeiro a partir da observação participante e registros no caderno de campo realizados em uma turma nomeada Berçário 2, composta por 25 bebês na faixa etária de 1 a 2 anos. Os resultados indicam que as relações e práticas dos adultos com os bebês são marcadas, dominantemente, pelo controle dos corpos e imposição de rotinas rígidas e rotineiras. No entanto, os bebês brincam, exploram, se expressam a todo instante, tendo o corpo como fator central de linguagem e das interações. O brincar, que é potente e interativo, existe e pulsa a todo instante no chão da creche e precisa ser compreendido não como um momento à parte da rotina, mas como fator que estrutura e direciona todo o planejamento e a prática com os bebês neste contexto. Assim, destaca-se a importância da formação docente para atuar neste segmento e a urgência de repensar as pedagogias que perpassam o cotidiano das creches.