Autonomia e visibilidade: a estratégia organizativa das “coletivas lésbicas autônomas” na construção da política de visibilidade no Rio de Janeiro

• Autor(a) principal: Acosta, Karen Daile Barba
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/21034
• topic: Métodos e Técnicas de Ensino; Autonomia; Lésbicas; Visibilidade; Interseccionalidade

O presente trabalho tem como objetivo analisar as estratégias realizadas pelas Coletivas Lésbicas Autônomas para a construção da política de visibilidade lésbica na cidade do Rio de Janeiro. Para tanto, a pesquisa buscou compreender os diálogos das Coletivas com a institucionalidade, refletindo sobre a proposta de lei voltada para visibilidade lésbica como um dispositivo simbólico para a enunciação de um novo sujeito, neste caso, a mulher lésbica negra. O trabalho foi construído a partir de uma perspectiva histórico-estruturalista com a intenção de registrar os episódios contemporâneos considerados mais representativos para o tema da pesquisa, concentrados em três eixos centrais: o período de redemocratização do Brasil, as políticas voltadas para o tratamento e prevenção do HIV e sua relação com os movimentos gay e lésbico, e, por fim, as jornadas de junho de 2013. Os âmbitos examinados foram: experiência, pensamento e ações, a partir da proposta analítica do feminismo interseccional e da realização de entrevistas com militantes envolvidas com a política de visibilidade lésbica. É apresentada ainda uma discussão sobre o conceito de autonomia a partir da experiência da construção da proposta de Lei que conjugam vários fluxos de pensamento como: teoria política, identidade e interseccionalidade. Como consequencia dessa análise, culmino na caracterização do que tenho chamado de Lesbianegrizar o Poder como aprendizado coletivo.