Avaliação farmacológica de hidrazidas aromáticas como inibidores de mieloperoxidase

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salema, Laryssa Castro Corrêa Lagreca
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20524
Resumo: Introdução: A mieloperoxidase (MPO) é uma enzima abundante em neutrófilos onde constitui um componente essencial da defesa inata do organismo, tendo a produção de HOCl como arsenal no ataque a organismos invasores. Por outro lado, mesmo sem a presença de patógenos, no caso de inflamação crônica, síndromes inflamatórias e/ou estresse oxidativo, pode ocorrer a liberação da MPO para fora dos fagócitos, gerando HOCl em fluidos extracelulares, resultando em danos teciduais e, consequentemente, participando da fisiopatologia de uma série de doenças, como por exemplo a aterosclerose. Sendo assim, a MPO se apresenta como importante alvo terapêutico no desenvolvimento de novos fármacos anti-inflamatórios. Neste sentido, a atividade inibitória de hidrazidas e hidrazonas tem sido descrita, atuando como inibidores reversíveis e irreversíveis da MPO. Objetivo: O trabalho visa avaliar o perfil farmacológico de sete hidrazidas aromáticas sobre a atividade da MPO, verificando o potencial anti-inflamatório desses derivados. Métodos: A atividade da MPO foi verificada em seu ciclo de clorinação, ou seja, através da produção de HOCl, empregando o método da cloro-taurina. A atividade sequestrante de cloro-taurina também foi medida utilizando o mesmo meio reacional da atividade de clorinação, substituindo o peróxido pela cloro-taurina. A atividade oxidante frente as espécies radicalares foi avaliada através do método do DPPH. O tratamento estatístico foi realizado no software GraphPad Prism e todas as CI 50 estão expressas em µM (Média ± erro padrão da média). Resultados: Todas os 7 derivados avaliados, INL12, INL16, INL18, INL22, LOCH01, LOCH25 e NIL01, foram capazes de inibir a produção de HOCl pela MPO. Sendo INL18, LOCH01 e LOCH25 os mais potentes (0,11±0,02; 0,18±0,04 ‘e 0,23±0,05, respectivamente), os derivados INL16, INL 22 e NIL01 apresentaram uma potência intermediária (1,15±0,12; 0,57±0,18 e 0,71±0,17, respectivamente), enquanto INL12 foi o menos potente (1,81±0,42). Quanto à capacidade sequestrante de cloro taurina, o derivado NIL01 não apresentou atividade nas concentrações testadas, o derivado INL12 apresentou baixa potência (43,75±3,91), enquanto os derivados INL16, INL18, INL22, LOCH01 e LOCH25 se mostraram mais potentes, com valores de CI 50 similares entre si (14,48±1,17; 16,81±1,1,29; 15,24±2,87; 12,92±1,81; 16,87±0,7, respectivamente). Em relação à atividade sequestrante de espécies radicalares (DPPH), os derivados NIL01 e INL12 não apresentaram atividade significativa nas concentrações testadas. Dentre os derivados ativos, o INL16 foi o menos potente (60,8±2,8), quando comparado aos derivados INL18, INL22, LOCH1 e LOCH25 (38,9±3,2; 42,6±4,6; 40,3±4,4 e 43,3±3,4, respectivamente). Discussão: Apesar da atividade sequestrante de cloro taurina apresentada pela maioria dos derivados, isso não parece interferir na inibição da MPO, uma vez que a potência da atividade sequestrante foi no mínimo 12 vezes maior que a potência da atividade inibitória (INL16). O derivado NIL01 não apresentou atividade antioxidante, nem frente à cloro-taurina nem frente ao DPPH, enquanto o derivado INL12 se mostrou ativo apenas frente a cloro-taurina. Os demais derivados foram capazes de interagir com o DPPH e a cloro-taurina, de forma semelhante. Conclusão: Os estudos permitiram a identificação de potentes inibidores da MPO, INL18, LOCH01 e LOCH25, com CI 50 a entre 100 e 300 nM. Esses resultados demonstram o alto potencial desses derivados atuarem como anti-inflamatórios e confirmam o grupamento hidrazida como importante farmacofórico para a inibição da MPO.
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Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia) – Instituto de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Macaé, 2022.http://hdl.handle.net/11422/20524Submitted by Nadia Mattos (nadiamattos@macae.ufrj.br) on 2023-05-17T19:19:45Z No. of bitstreams: 1 LCCLSalema.pdf: 928106 bytes, checksum: 4a7748db063aa0596a5c06186c7a306b (MD5)Approved for entry into archive by Lia Baião Feder (liabaiao@macae.ufrj.br) on 2023-05-18T20:29:40Z (GMT) No. of bitstreams: 1 LCCLSalema.pdf: 928106 bytes, checksum: 4a7748db063aa0596a5c06186c7a306b (MD5)Made available in DSpace on 2023-05-18T20:29:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LCCLSalema.pdf: 928106 bytes, checksum: 4a7748db063aa0596a5c06186c7a306b (MD5) Previous issue date: 2022-06-15Introdução: A mieloperoxidase (MPO) é uma enzima abundante em neutrófilos onde constitui um componente essencial da defesa inata do organismo, tendo a produção de HOCl como arsenal no ataque a organismos invasores. Por outro lado, mesmo sem a presença de patógenos, no caso de inflamação crônica, síndromes inflamatórias e/ou estresse oxidativo, pode ocorrer a liberação da MPO para fora dos fagócitos, gerando HOCl em fluidos extracelulares, resultando em danos teciduais e, consequentemente, participando da fisiopatologia de uma série de doenças, como por exemplo a aterosclerose. Sendo assim, a MPO se apresenta como importante alvo terapêutico no desenvolvimento de novos fármacos anti-inflamatórios. Neste sentido, a atividade inibitória de hidrazidas e hidrazonas tem sido descrita, atuando como inibidores reversíveis e irreversíveis da MPO. Objetivo: O trabalho visa avaliar o perfil farmacológico de sete hidrazidas aromáticas sobre a atividade da MPO, verificando o potencial anti-inflamatório desses derivados. Métodos: A atividade da MPO foi verificada em seu ciclo de clorinação, ou seja, através da produção de HOCl, empregando o método da cloro-taurina. A atividade sequestrante de cloro-taurina também foi medida utilizando o mesmo meio reacional da atividade de clorinação, substituindo o peróxido pela cloro-taurina. A atividade oxidante frente as espécies radicalares foi avaliada através do método do DPPH. O tratamento estatístico foi realizado no software GraphPad Prism e todas as CI 50 estão expressas em µM (Média ± erro padrão da média). Resultados: Todas os 7 derivados avaliados, INL12, INL16, INL18, INL22, LOCH01, LOCH25 e NIL01, foram capazes de inibir a produção de HOCl pela MPO. Sendo INL18, LOCH01 e LOCH25 os mais potentes (0,11±0,02; 0,18±0,04 ‘e 0,23±0,05, respectivamente), os derivados INL16, INL 22 e NIL01 apresentaram uma potência intermediária (1,15±0,12; 0,57±0,18 e 0,71±0,17, respectivamente), enquanto INL12 foi o menos potente (1,81±0,42). 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Discussão: Apesar da atividade sequestrante de cloro taurina apresentada pela maioria dos derivados, isso não parece interferir na inibição da MPO, uma vez que a potência da atividade sequestrante foi no mínimo 12 vezes maior que a potência da atividade inibitória (INL16). O derivado NIL01 não apresentou atividade antioxidante, nem frente à cloro-taurina nem frente ao DPPH, enquanto o derivado INL12 se mostrou ativo apenas frente a cloro-taurina. Os demais derivados foram capazes de interagir com o DPPH e a cloro-taurina, de forma semelhante. Conclusão: Os estudos permitiram a identificação de potentes inibidores da MPO, INL18, LOCH01 e LOCH25, com CI 50 a entre 100 e 300 nM. Esses resultados demonstram o alto potencial desses derivados atuarem como anti-inflamatórios e confirmam o grupamento hidrazida como importante farmacofórico para a inibição da MPO.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de Ciências FarmacêuticasCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIAFarmacologiaEstresse oxidativoInibidores enzimáticosAnti-InflamatóriosPharmacologyOxidative stressEnzyme inhibitorsAnti-inflammatory agentsAvaliação farmacológica de hidrazidas aromáticas como inibidores de mieloperoxidaseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/20524/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALLCCLSalema.pdfLCCLSalema.pdfapplication/pdf928106http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/20524/1/LCCLSalema.pdf4a7748db063aa0596a5c06186c7a306bMD5111422/205242023-11-30 00:00:43.419oai:pantheon.ufrj.br:11422/20524TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:00:43Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
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