Estudo geoquímico de seções sedimentares da Bacia do Araripe: formações Barbalha e Santana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/4039 |
Resumo: | A Bacia do Araripe é a mais extensa das bacias interiores do Nordeste do Brasil em que a sedimentação é tipicamente continental. A sequência pós-rifte I neoaptiano-eoalbiano é definida por um ciclo transgressivo-regressivo, composta pelas Formações Barbalha e Santana, sendo a primeira constituída por depósitos fluvio-lacustres e a segunda de depósitos lacustres na sua porção inferior, costeiros na porção média e plataformais na porção superior (Assine, 1994, 2007). Esta sequência teve como principais mecanismos geradores de espaço de acomodação à subsidência térmica e eventos de variações eustáticas globais. Evidências de uma ingressão marinha na Bacia do Araripe durante o eoalbiano são confirmadas apenas na seção superior do Membro Romualdo pertencente à Formação Santana, por meio de concreções fossilíferas com paleoictiofauna marinha. A Análise de biomarcadores dos extratos coletados nas Formações Barbalha e Santana pode contribuir para interpretações mais robustas de possíveis incursões marinhas e sua influência na sedimentação da sequência pós-rifte I. Os resultados obtidos a partir das análises de geoquímica orgânica de rochas, evidenciaram que essas duas Formações possuem alguns horizontes estratigráficos bastante ricos em matéria orgânica e enxofre, 6,43% COT e 16,54% ST para a Formação Barbalha e 9,81% COT e 0,33% ST para a Formação Santana. É possível ainda identificar pelos resultados dos fragmentogramas iônicos para cada Formação, que a matéria orgânica é derivada principalmente de bactérias e vegetais superiores depositada em ambientes anóxicos, este último evidenciado pelos dados de Pr/Fi, Pr/nC17, Fi/nC18. |
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A sequência pós-rifte I neoaptiano-eoalbiano é definida por um ciclo transgressivo-regressivo, composta pelas Formações Barbalha e Santana, sendo a primeira constituída por depósitos fluvio-lacustres e a segunda de depósitos lacustres na sua porção inferior, costeiros na porção média e plataformais na porção superior (Assine, 1994, 2007). Esta sequência teve como principais mecanismos geradores de espaço de acomodação à subsidência térmica e eventos de variações eustáticas globais. Evidências de uma ingressão marinha na Bacia do Araripe durante o eoalbiano são confirmadas apenas na seção superior do Membro Romualdo pertencente à Formação Santana, por meio de concreções fossilíferas com paleoictiofauna marinha. A Análise de biomarcadores dos extratos coletados nas Formações Barbalha e Santana pode contribuir para interpretações mais robustas de possíveis incursões marinhas e sua influência na sedimentação da sequência pós-rifte I. 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A Bacia do Araripe é a mais extensa das bacias interiores do Nordeste do Brasil em que a sedimentação é tipicamente continental. A sequência pós-rifte I neoaptiano-eoalbiano é definida por um ciclo transgressivo-regressivo, composta pelas Formações Barbalha e Santana, sendo a primeira constituída por depósitos fluvio-lacustres e a segunda de depósitos lacustres na sua porção inferior, costeiros na porção média e plataformais na porção superior (Assine, 1994, 2007). Esta sequência teve como principais mecanismos geradores de espaço de acomodação à subsidência térmica e eventos de variações eustáticas globais. Evidências de uma ingressão marinha na Bacia do Araripe durante o eoalbiano são confirmadas apenas na seção superior do Membro Romualdo pertencente à Formação Santana, por meio de concreções fossilíferas com paleoictiofauna marinha. A Análise de biomarcadores dos extratos coletados nas Formações Barbalha e Santana pode contribuir para interpretações mais robustas de possíveis incursões marinhas e sua influência na sedimentação da sequência pós-rifte I. Os resultados obtidos a partir das análises de geoquímica orgânica de rochas, evidenciaram que essas duas Formações possuem alguns horizontes estratigráficos bastante ricos em matéria orgânica e enxofre, 6,43% COT e 16,54% ST para a Formação Barbalha e 9,81% COT e 0,33% ST para a Formação Santana. É possível ainda identificar pelos resultados dos fragmentogramas iônicos para cada Formação, que a matéria orgânica é derivada principalmente de bactérias e vegetais superiores depositada em ambientes anóxicos, este último evidenciado pelos dados de Pr/Fi, Pr/nC17, Fi/nC18. |
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