O tratamento da obesidade com plantas medicinais na perspectiva das práticas integrativas e complementares de saúde

• Autor(a) principal: Farias, Pâmela Natasha Ferraz de
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20657
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA; Obesidade; Fitoterapia; Plantas medicinais; Terapias complementares; Obesity; Phytotherapy; Plants, medicinal; Complementary therapies

A obesidade é considerada uma das doenças crônicas de grande preocupação mundial devido ao aumento da sua incidência e prevalência. No Brasil, estima-se que até 2030 mais de um milhão de pessoas serão obesas e que mais de dois milhões de pessoas estarão com sobrepeso, fato que acarreta num aumento das comorbidades associadas. Neste contexto, as plantas medicinais e os fitoterápicos são possibilidades comumente utilizadas no combate à obesidade, tornando-se necessário o estudo do que se tem como promissor para o seu tratamento. O objetivo deste trabalho foi realizar uma pesquisa bibliográfica de plantas medicinais e de fitoterápicos que podem ser utilizados terapeuticamente na perspectiva das PICS (Práticas Integrativas e Complementares em Saúde) em tratamentos da obesidade. Para tanto, este estudo foi elaborado na forma de revisão bibliográfica sistemática, com a realização de uma busca exploratória nos últimos 10 anos, aplicando descritores em bases de dados (google scholar, Scielo e Pubmed) e critérios de inclusão e exclusão que resultaram nos estudos para elaboração desta revisão de artigos científicos. Além disso, foi realizada uma busca das plantas descritas nos estudos com resultados significativos para a obesidade em listas oficiais do Brasil - RENISUS, RENAME, portaria 10/2010, Farmacopeia Brasileira 6ª edição, monografias de plantas medicinais (ANVISA), formulário de fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, fitoterápicos e de produtos fitoterápicos (ANVISA). Foram selecionados 13 estudos que atendiam aos critérios da pesquisa estabelecida. Esses estudos apontaram 16 plantas medicinais, sendo que a folha é parte da planta que se utiliza com maior frequência (87 %) nesta prática terapêutica. Por outro lado, das 16 plantas mencionadas apenas sete espécies encontram-se nas listas oficiais pesquisadas e seis destas plantas são comercializadas na forma de fitoterápicos liberados pela ANVISA. Identificou-se cinco atividades emagrecedoras principais: inibidor enzimático, hipolipidêmico, termogênico, antioxidante e laxativo. Considerando o acúmulo de estudos, o porte do vegetal, bem como o seu ciclo de vida, a facilidade de cultivo e a resistência das plantas às sucessivas coletas para o abastecimento do SUS com os seus insumos farmacêuticos para a produção de drogas vegetais e/ou fitoterápicos, destaca-se que Baccharis trimera, Costus spicatus, Cymbopogon citratus, Cynara scolymus, Hibiscus sabdariffa e Psidium guajava são as plantas medicinais indicadas para serem cultivadas em Farmácias Vivas do SUS, objetivando a demanda de prescrições para usuários em tratamentos de obesidade no contexto das PICS. Os resultados obtidos revelaram a necessidade da inclusão de estudos mais consistentes e de outras plantas com a finalidade de combater a obesidade com segurança e eficácia, de forma que a população venha a ter acesso através das PICS, dado a gravidade do tema.