Estudo de palinofácies e fácies orgânica aplicada a análise paleoambiental em rochas sedimentares da formação Ponta Grossa, Bacia do Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Madalena Manuela Rodrigues da
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/4155
Resumo: O estudo palinofaciológico realizado em uma sucessão sedimentar devoniana da Bacia do Paraná (Formação Ponta Grossa) permitiu caracterizar sua faciologia orgânica. As amostras disponíveis para este estudo incluíram folhelhos e siltitos e foram coletadas de um testemunho de sondagem cedido pela SIX/NEXPAR/PETROBRAS. A análise de palinofácies e fácies orgânica foram realizadas nesta sucessão sedimentar com o objetivo de caracterizar os paleoambientes através da distribuição dos componentes do querogênio em relação a alguns fatores de controle potencial (proximalidade, distribuição estratigráfica, etc.), além de determinar a fácies orgânica correspondente. Cerca de 30 amostras foram analisadas de uma sondagem (9-PPG-1- PR) realizada no Estado do Paraná. Este estudo consistiu numa contagem rigorosa dos componentes do querogênio através dos métodos de microscopia em luz branca transmitida e luz ultravioleta refletida, no qual se determinou, também, o estágio de evolução térmica através do Índice de Coloração de Esporos – ICE. Foram realizadas, ainda, análises de Carbono Orgânico Total (COT) e Pirólise Rock Eval. Os resultados foram obtidos por contagem de no mínimo 300 partículas por amostras, obtendo-se o percentual dos diferentes grupos de constituintes orgânicos (fitoclastos, palinomorfos, matéria orgânica amorfa e zoomorfos). Através dos resultados encontrados constatou-se que a sucessão sedimentar da Formação Ponta Grossa analisada compreende uma fácies orgânica composta predominantemente por microplâncton de parede orgânica marinho (algas prasinófitas e acritarcas), esporomorfos (representados principalmente por esporos) e matéria orgânica amorfa. Os resultados das análises geoquímicas mostraram valores médios de COT inferiores a 2%, podendo alcançar valores superiores a 3-4% em alguns níveis, com Índice de Hidrogênio – IH alcançando 800mg.Hc/gRock, o que caracteriza um querogênio do Tipo II. Resultados de ICE e Tmax revelaram que as amostras analisadas apresentam baixo estágio de maturidade térmica (ICE entre 2,5-5,5 e Tmax entre 434 °C e 444°C). Através do método de agrupamento Modo Q, aplicado aos resultados de contagem dos grupos do querogênio, foi possível dividir a seção em 4 intervalos de acordo com VI suas características organofaciológicas e determinar suas tendências de proximalidade: Intervalo I – esporos, algas do gênero Botryococcus e acritarcas (intermediário); Intervalo II - esporos, algas do gênero Botryococcus (proximalintermediário); Intervalo III – algas prasinófitas (distal) e o Intervalo IV - algas prasinófitas e acritarcas (intermediário-distal).
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