O MITO DA "IDEOLOGIA DE GÊNERO" NAS ESCOLAS: UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA DA TENTATIVA CONSERVADORA DE SILENCIAR O PENSAMENTO CRÍTICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Silva Oliveira, Rayane Dayse
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Maia Batalha, Erika Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Inter-legere
Texto Completo: https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/12465
Resumo: Este trabalho tem como objetivo discutir sobre a dita “ideologia de gênero”, revelando o equívoco conceitual deste termo adotado pela classe conservadora, a fim de desqualificar a proposição do Plano Nacional de Educação de 2014, que sugere debates sobre desigualdades de gênero nas escolas. Nesse sentido, propomos uma desconstrução crítica do discurso político reacionário, mostrando que o conservadorismo, ao apoiar o afastamento desse debate, a partir da tentativa de deturpação da proposta do PNE, compreende por “ideologia de gênero” uma “doutrinação”, fazendo uso do termo supracitado para acusar o pensamento crítico de agir de forma ideológica. Para efeito deste trabalho, utilizamos o conceito de ideologia, de Louis Althusser, que a compreende como uma representação da relação imaginária dos indivíduos com a sua condição de existência. O caráter imaginário fundamenta uma espécie de deformação que se pode observar em toda a ideologia, ou seja, a ideologia pode ser compreendida como um desconhecimento da realidade social e do que sustenta essa realidade. Portanto, compreendemos que a rejeição da discussão de gênero nas escolas, por parte de diversos representantes das câmaras municipais e das assembleias legislativas, sinaliza o apagamento de uma realidade existente de diversidade de gênero e sexualidade, onde a ausência de discussões causa danos irreversíveis como a prática do bullying. Essa ausência muito tem de ideológica, pois propõe a manutenção de uma ordem única e exalta a realidade como sendo natural, imutável e universal.
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