Insegurança alimentar em estudantes de graduação durante a pandemia de COVID-19.

• Autor(a) principal: Silva, Rute de Araújo
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52226
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO; Segurança alimentar e nutricional; COVID-19; Pandemia; Universidades; Food and nutrition security; Pandemic; Universities

A questão da insegurança alimentar no grupo de estudantes de graduação já era preocupante e avaliada ainda antes da pandemia. Com os diversos fatores que a pandemia de COVID-19 trouxe, o presente estudo teve por objetivo analisar a insegurança alimentar na comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) durante o período pandêmico. O estudo do tipo transversal, teve a coleta de dados através de um questionário online entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021 com estudantes de graduação, tendo número amostral de (n=878). O questionário continha variáveis socioeconômicas e a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), já validada. A renda familiar de 33,6% da amostra (n=326) foi correspondente à faixa de 1 a 3 salários mínimos e, 38,9 % dos entrevistados relataram alteração na renda familiar para menos durante a pandemia. A insegurança alimentar esteve presente em 50,8% da população estudada, sendo 34,4% de insegurança alimentar leve, 10,9% de insegurança alimentar moderada, 5,5% de insegurança alimentar grave. Esteve mais presente entre o sexo feminino, sendo 34,9% (n=199) em insegurança alimentar leve. Da mesma maneira, teve maior prevalência entre os de cor/raça parda e preta, bem como entre aqueles que não possuíam renda até 3 salários mínimos. Dos 38,9% (n=446) que tiveram alteração da renda para menos durante a pandemia, 40,8% (n=182) se encontravam em insegurança alimentar leve. E apenas 15% (n=209) dos entrevistados recebiam auxílio da universidade. A presença significativa de insegurança alimentar na comunidade acadêmica demonstra a necessidade de políticas públicas assistenciais que priorizem esta população.