Prevalência das fissuras labiopalatinas e da severidade das deformidades dentofaciais de pacientes atendidos em um centro de reabilitação de anomalias craniofaciais do estado do Rio Grande do Norte

• Autor(a) principal: Gomes, Maria Wégila Félix
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52881
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; Fissura labial; Cleft lip; Fissura palatina; Cleft palate; Epidemiologia; Epidemiology; Desenvolvimento maxilofacial; Maxillofacial development

Introdução: Estudos epidemiológicos envolvendo as fissuras orais são necessários para guiar políticas públicas de prevenção e tratamento de acordo com a realidade local. Objetivo: Avaliar a prevalência das fissuras orais e a severidade da deformidade dentofacial de pacientes com fissuras labiopalatinas atendidos no Centro de Reabilitação de Fissuras Labiopalatais do Rio Grande do Norte (CREFIRN). Material e métodos: A amostra foi composta por prontuários clínicos e modelos dentários de estudo de pacientes portadores de fissuras labiopalatinas atendidos no CREFIRN, durante o período de 2021 a 2023. As variáveis investigadas foram: sexo, idade, naturalidade, tipo de fissura oral, lateralidade da fissura, presença de síndromes craniofaciais, realização de cirurgias reparadoras e grau de severidade da deformidade dentofacial. Para a avaliação do grau da deformidade dentofacial dos pacientes com fissuras transforame incisivo unilateral e bilateral, foram utilizados os índices Goslon e Bauru, respectivamente. Resultados: A amostra foi constituída de 144 pacientes, sendo predominantemente composta por crianças do sexo masculino. A fissura transforame incisivo foi a mais prevalente na amostra, enquanto as mulheres mostraram maior prevalência da fissura pós-forame incisivo completa. As fissuras unilaterais foram mais prevalentes, não havendo predileção por lado. A amostra apresentou baixa prevalência de síndromes craniofaciais. A maioria das cirurgias plásticas do lábio e palato foram realizadas na primeira infância. Não foi realizada nenhuma cirurgia de enxerto ósseo alveolar secundário nem cirurgia ortognática nos indivíduos da amostra. O leste potiguar foi a microrregião do estado do Rio Grande do Norte com maior prevalência de fissuras labiopalatinas, sendo que o município de Natal concentrou o maior número dos casos. Os índices Goslon e Bauru 4 foram os mais prevalentes. Conclusões: Parece haver uma maior prevalência de fissuras transforame incisivo unilateral não sindrômicas, em recém-nascidos, crianças e jovens do sexo masculino, reabilitados com queiloplastia e palatoplastia na primeira infância, naturais da região do leste potiguar, em especial, do município de Natal. No entanto, é possível a existência de subnotificação dos casos.