Mulher, mercado de trabalho e a agenda do trabalho decente da OIT: estudo a partir do setor de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sales, Aline de Souza
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/41614
Resumo: O presente estudo tem como objetivo refletir sobre o mercado de trabalho da mulher focalizando o setor de saúde, a partir da noção de Trabalho Decente da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A escolha do sistema de saúde se deve à expressiva formalização dos seus serviços, das elevadas taxas de inovação presentes na atividade, da escolaridade dos seus profissionais geralmente acima da média e, fundamentalmente, em função da expressiva presença do gênero feminino em todos os serviços de saúde. A hipótese do estudo é que, a despeito de significativos avanços, o mercado de trabalho em geral e, na saúde em particular, segue discriminando mulheres, seja quanto à remuneração, à igualdade de oportunidades e/ou distribuição das ocupações, em comparação com os seus pares do sexo masculino. A metodologia inclui uma revisão bibliográfica relacionada ao tema ‘Mulher, mercado de trabalho e a agenda do trabalho decente da OIT’ e uma pesquisa de campo junto aos três Sindicatos da área de saúde (Sindicato dos Médicos do RN – SINMED, Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio Grande do Norte – SINDERN, Sindicato profissional dos auxiliares e técnicos de enfermagem do estado do Rio Grande do Norte – SIPERN). Complementarmente também foram ouvidos três profissionais da área. Dentre os principais resultados verifica-se que no Brasil, nas últimas décadas, ocorreu um aumento significativo e contínuo da presença das mulheres no contingente da População Economicamente Ativa (PEA). Atualmente, no setor da saúde como um todo, as mulheres representam mais de 70% de toda força de trabalho. Entretanto, o estudo conclui que as mulheres recebem uma menor remuneração, mesmo tendo um número de vínculos e carga horária equivalentes aos homens, pois os cargos estratégicos seguem sendo ocupados majoritariamente por homens. Conclui ainda que a sobrecarga ocasionada pela dupla ou tripla jornada de trabalho provoca evasão do mercado de trabalho, sendo esta a principal dificuldade enfrentada pela profissional de saúde.
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A escolha do sistema de saúde se deve à expressiva formalização dos seus serviços, das elevadas taxas de inovação presentes na atividade, da escolaridade dos seus profissionais geralmente acima da média e, fundamentalmente, em função da expressiva presença do gênero feminino em todos os serviços de saúde. A hipótese do estudo é que, a despeito de significativos avanços, o mercado de trabalho em geral e, na saúde em particular, segue discriminando mulheres, seja quanto à remuneração, à igualdade de oportunidades e/ou distribuição das ocupações, em comparação com os seus pares do sexo masculino. A metodologia inclui uma revisão bibliográfica relacionada ao tema ‘Mulher, mercado de trabalho e a agenda do trabalho decente da OIT’ e uma pesquisa de campo junto aos três Sindicatos da área de saúde (Sindicato dos Médicos do RN – SINMED, Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio Grande do Norte – SINDERN, Sindicato profissional dos auxiliares e técnicos de enfermagem do estado do Rio Grande do Norte – SIPERN). Complementarmente também foram ouvidos três profissionais da área. Dentre os principais resultados verifica-se que no Brasil, nas últimas décadas, ocorreu um aumento significativo e contínuo da presença das mulheres no contingente da População Economicamente Ativa (PEA). Atualmente, no setor da saúde como um todo, as mulheres representam mais de 70% de toda força de trabalho. Entretanto, o estudo conclui que as mulheres recebem uma menor remuneração, mesmo tendo um número de vínculos e carga horária equivalentes aos homens, pois os cargos estratégicos seguem sendo ocupados majoritariamente por homens. Conclui ainda que a sobrecarga ocasionada pela dupla ou tripla jornada de trabalho provoca evasão do mercado de trabalho, sendo esta a principal dificuldade enfrentada pela profissional de saúde.The presente study aimed to reflect on the female labor market, focusing on health departament, basing from the understanding of the International Labor Organization (ILO). The choice of the health system’s due to the expressive formalization of its services, the high rates of innovation present in the activities, the schooling of its employments, generally above avarage and fundamentally, due to the expressive presence of the female gender in all areas health. The hypothesis of the study is that, despite great advances, the labor market in general, in health in particular, continues to discriminate against women, both in terms of remuneration, equal opportunities, and distribution of occupations, in comparison to their gender pairs male. The methodology includes a literature review related to the theme "Woman", the labor market and the decent work agenda of the ILO, and a field research with the three Unions of the health area (Union of Doctors of the RN - SINMED, Union of Nurses of the State of Rio Grande do Norte - SINDERN, Professional union of auxiliaries and technicians of nursing of the state of Rio Grande do Norte - SIPERN). In addition, three professionals from the area were also heard. Among the main results, it is verified that in Brazil, in the last decades, there has been a significant and continuous increase in the presence of women in the contingent of the Economically Active Population (EAP). Currently, in the health sector, in general, women represent more than 70% of all work force. However, the study concludes that women receive lower wages. Even though it’s a number of equal hours as men, because the strategic positions continue to be occupied by men. 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