Memória coletiva e imagens ancestrais: um paralelo entre as artes cênicas e as experiências rituais
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49270 |
Resumo: | No presente estudo do teatro ritual, entende-se que o teatro, desde seus primórdios, possuía elementos rituais (místicos) que sempre se distinguiam pela característica de fazer sonhar outras realidades ou trazer outras percepções aos seus participantes. As experiências que aproximam o artista de estados alterados de consciência o acompanham desde o início das representações artísticas. Os elementos em cena, a preparação do ator, a arquitetura de novos espaços, alguns temas, melodias e símbolos, todos esses elementos incríveis geram um espaço simbólico, um lugar para sonhar e uma atmosfera que traz a essência sagrada que pertence ao ritual. As experiências que levam o artista a estados alterados de consciência são “uma nova busca do sagrado” do religioso. O ritual e o teatro mantêm a coletividade e as imagens e forças simbólicas que preservam as chaves para abrir a porta do ancestral, do espiritual e das forças criativas arquetípicas. É no teatro ritual que o próprio ritual encontra outro lugar de ação. Os arquétipos são estudados em ambos, comparando as experiências pessoais do pesquisador nos rituais Wixarrikas e no Arkhétypos Grupo de Teatro. Deste modo, busca-se descobrir o que acontece no ator após excitar seus sentidos e ser exposto aos elementos rituais dessa cultura, esperando que eles nos revelem a natureza poiética das formas geométricas harmônicas escondidas em cada átomo, pensamento,sentimento ou ação. Como um espiral que em diferentes dimensões sempre segue seu caminho, seu contorno é a base da geometria e da matemática da natureza. Assim, por exemplo, a espiral é um arquétipo universal presente em todas as expressões da vida, nela oculto e nascido com a vida na qual todo o universo dança. Tudo se forma em espaços simbólicos, universos invisíveis (mundus imaginalis) que se manifestam no ato ritualístico. Por fim, o coletivo que se gera no teatroritual por meio de emoções humanas instintivas ou espirituais faz com que este seja percebido por alguns autores como um lugar e uma forma de se levar às profundezas o conhecimento do ser, incluindo, neste processo a cura, a decolonialidade do imaginário, o câmbio, a coesão e a transformação social. |
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Os elementos em cena, a preparação do ator, a arquitetura de novos espaços, alguns temas, melodias e símbolos, todos esses elementos incríveis geram um espaço simbólico, um lugar para sonhar e uma atmosfera que traz a essência sagrada que pertence ao ritual. As experiências que levam o artista a estados alterados de consciência são “uma nova busca do sagrado” do religioso. O ritual e o teatro mantêm a coletividade e as imagens e forças simbólicas que preservam as chaves para abrir a porta do ancestral, do espiritual e das forças criativas arquetípicas. É no teatro ritual que o próprio ritual encontra outro lugar de ação. Os arquétipos são estudados em ambos, comparando as experiências pessoais do pesquisador nos rituais Wixarrikas e no Arkhétypos Grupo de Teatro. Deste modo, busca-se descobrir o que acontece no ator após excitar seus sentidos e ser exposto aos elementos rituais dessa cultura, esperando que eles nos revelem a natureza poiética das formas geométricas harmônicas escondidas em cada átomo, pensamento,sentimento ou ação. Como um espiral que em diferentes dimensões sempre segue seu caminho, seu contorno é a base da geometria e da matemática da natureza. Assim, por exemplo, a espiral é um arquétipo universal presente em todas as expressões da vida, nela oculto e nascido com a vida na qual todo o universo dança. Tudo se forma em espaços simbólicos, universos invisíveis (mundus imaginalis) que se manifestam no ato ritualístico. Por fim, o coletivo que se gera no teatroritual por meio de emoções humanas instintivas ou espirituais faz com que este seja percebido por alguns autores como um lugar e uma forma de se levar às profundezas o conhecimento do ser, incluindo, neste processo a cura, a decolonialidade do imaginário, o câmbio, a coesão e a transformação social.In the present study of ritual theater, we understood that the theater since its beginnings had ritual (mystical) elements that were always distinguished by the characteristic of making other realities dream or bringing other perceptions to its participants. The experiences that bring the artist closer to altered states of consciousness have accompanied him since the beginning of artistic representations. The elements in the scene, the preparation of the actor, the architecture of new spaces, some themes, melodies and symbols, all these incredible elements generate a symbolic space, a place to dream and an atmosphere that brings the sacred essence that belongs to the ritual. The experiences that lead the artist to altered states of consciousness are “a new search for the sacred” of the religious. Ritual and theater maintain the collectivity and the symbolic images and forces that preserve the keys to open the door to the ancestor, the spiritual and the archetypal creative forces. It is in the ritual theater, where the ritual itself finds another place of action. Archetypes are studied in theater and ritual, comparing the researcher's personal experiences in the Wixarrikas rituals and in the Arkhétypos Theater Group. In this way, we seek to discover what happens in the actor after exciting his senses and being exposed to the ritual elements of this culture, hoping that they reveal to us the poietic nature of the harmonic geometric shapes hidden in each atom, thought, feeling or action. Like a spiral that in different dimensions always follows its path, its harmonic contour is the basis of the geometry and mathematics of nature. So, for example, the spiral is a universal archetype present in all expressions of life, hidden in it and born with life where the whole universe dances. Everything is formed in symbolic spaces, invisible universes (mundus imaginalis) that are manifested in the ritualistic act. Finally, the collective that is generated in ritual theater through instinctive or spiritual human emotions makes it perceived by some authors as a place and a way of taking the knowledge of being to the depths, including healing in this process, the decoloniality of the imaginary, exchange, cohesion and social transformation.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICASUFRNBrasilCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTESTeatro ritual - teatroAncestralidade - teatroDecolonialidade - teatroDecolonialidadeColetividadeMemória coletiva e imagens ancestrais: um paralelo entre as artes cênicas e as experiências rituaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALMemoriacoletivaimagens_Armienta_2022.pdfapplication/pdf2232735https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/49270/1/Memoriacoletivaimagens_Armienta_2022.pdf02bf42092affe8d1c84437aca7ec76e8MD51123456789/492702022-09-02 20:47:31.764oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/49270Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-09-02T23:47:31Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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