Perfil imunológico dos indivíduos com a coinfecção HIV/Leishmania infantum
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23775 |
Resumo: | A Leishmania infantum é um patógeno de comportamento oportunista. O risco de pessoas com infecção assintomática por L. infantum desenvolverem leishmaniose visceral (LV) é maior naquelas coinfectadas com HIV (vírus da imunodeficiência humana) do que em imunocompetentes. A hipótese do presente estudo é que ativação persistente de células T em pessoas coinfectadas com HIV (HIV+) e L. infantum aumenta o risco de progressão para LV. Para testar essa hipótese, foi realizado um estudo, entre maio de 2014 a agosto de 2016, em uma área endêmica para LV no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, com objetivo de determinar a frequência de coinfecção assintomática HIV/L. infantum e avaliar a resposta imune em pessoas com coinfecção Leishmania-HIV. Em estudo transversal, um total de 1.134 pessoas HIV+ foram avaliadas quanto a frequência de infecção por L. infantum, usando-se como marcador anticorpo anti-Leishmania. Um subgrupo de coinfectados HIV/L. infantum foi seguido e determinados os níveis de ativação, senescência, anergia, exaustão e regulação de células T e a evolução clínica, comparando-os com pessoas HIV+, AIDS/LV, LV e saudáveis. A taxa de infecção assintomática por L. infantum em pessoas HIV+ foi de 23,6% (n=268), destas 2 desenvolveram LV dentro de 1 ano e foram a óbito. Pessoas dos grupos HIV/L. infantum, AIDS/LV e LV apresentaram maior expressão de CD38HLA-DR e PD1 em linfócitos T CD8 do que pessoas com HIV. Em todos os grupos houve expressão aumentada de CD57 nos linfócitos T CD8. O grupo HIV/L. infantum apresentou maior expressão de CD25FoxP3 nos linfócitos T CD8. Pessoas infectadas por L. infantum apresentaram uma maior ativação de linfócitos T CD8. Essa ativação persistente em pessoas com HIV/L. infantum pode levar a déficits imunológicos que aumentaria o risco de progressão para LV. Esses resultados sinalizam para a necessidade de avaliação de profilaxia com drogas leishmanicidas como medida para reduzir o risco de desenvolver LV sintomática. |
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A hipótese do presente estudo é que ativação persistente de células T em pessoas coinfectadas com HIV (HIV+) e L. infantum aumenta o risco de progressão para LV. Para testar essa hipótese, foi realizado um estudo, entre maio de 2014 a agosto de 2016, em uma área endêmica para LV no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, com objetivo de determinar a frequência de coinfecção assintomática HIV/L. infantum e avaliar a resposta imune em pessoas com coinfecção Leishmania-HIV. Em estudo transversal, um total de 1.134 pessoas HIV+ foram avaliadas quanto a frequência de infecção por L. infantum, usando-se como marcador anticorpo anti-Leishmania. Um subgrupo de coinfectados HIV/L. infantum foi seguido e determinados os níveis de ativação, senescência, anergia, exaustão e regulação de células T e a evolução clínica, comparando-os com pessoas HIV+, AIDS/LV, LV e saudáveis. A taxa de infecção assintomática por L. infantum em pessoas HIV+ foi de 23,6% (n=268), destas 2 desenvolveram LV dentro de 1 ano e foram a óbito. Pessoas dos grupos HIV/L. infantum, AIDS/LV e LV apresentaram maior expressão de CD38HLA-DR e PD1 em linfócitos T CD8 do que pessoas com HIV. Em todos os grupos houve expressão aumentada de CD57 nos linfócitos T CD8. O grupo HIV/L. infantum apresentou maior expressão de CD25FoxP3 nos linfócitos T CD8. Pessoas infectadas por L. infantum apresentaram uma maior ativação de linfócitos T CD8. Essa ativação persistente em pessoas com HIV/L. infantum pode levar a déficits imunológicos que aumentaria o risco de progressão para LV. Esses resultados sinalizam para a necessidade de avaliação de profilaxia com drogas leishmanicidas como medida para reduzir o risco de desenvolver LV sintomática.The risk to develop visceral leishmaniasis (VL) in subjects with HIV+ (Human immunodeficiency virus) is greater than for immunocompetent people with asymptomatic Leishmania infantum. The hypothesis of this study was that persistent T cell activation in HIV co-infected persons and asymptomatic Leishmania infection increases the risk of progression to VL and to relapse. To test this hypothesis, a crosssectional study of subjects HIV+ was carried out between May 2014 and August 2016 in an endemic area for LV, in the state of Rio Grande do Norte, northeast Brazil, with the goal to determine the rate of asymptomatic L. infantum infection in HIV-infected persons (HIV +) and the immunological status of this co-infection. A total of 1,134 HIV+ subjects was recruited. A subgroup of HIV/L. infantum was followed to determine the level of T cell activation, senescence, anergy, exhaustion and regulation and clinical follow up and compared to a HIV+, AIDS/VL, VL alone and healthy individuals. The rate of L. infantum asymptomatic infection was 23.6%. Of the 268 HIV/L. Infantum, 2 developed VL and died. Subjects with HIV/L. infantum, AIDS/VL and VL group presented higher expression of CD38HLA-DR and PD1 in CD8 cells than subjects with only HIV. For all groups, there was an increased expression of CD57 in T CD8 lymphocytes. HIV/L. infantum group presented the higher CD25FoxP3 expression in T CD8 lymphocytes. People infected with L. infantum had a greater activation of CD8 T lymphocytes. This persistent activation may lead to possible immunologic deficits that in individuals with immunosuppressive diseases would increase the risk to develop VL. Therefore, prophylaxis with leishmanicidal drugs should be considered.porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEHIVAIDSLeishmanioseCoinfecçãoAtivação imunePerfil imunológico dos indivíduos com a coinfecção HIV/Leishmania infantuminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDEUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALPerfilImunológicoIndivíduos_Alves_2017.pdfPerfilImunológicoIndivíduos_Alves_2017.pdfapplication/pdf1198868https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23775/1/PerfilImunol%c3%b3gicoIndiv%c3%adduos_Alves_2017.pdf107ea4821a950ea6b1b8cce93c1662f5MD51TEXTManoellaDoMonteAlves_DISSERT.pdf.txtManoellaDoMonteAlves_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain107387https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23775/4/ManoellaDoMonteAlves_DISSERT.pdf.txtc9c081e3f5d17ffa6dc9c2001aa36e31MD54PerfilImunológicoIndivíduos_Alves_2017.pdf.txtPerfilImunológicoIndivíduos_Alves_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain107696https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23775/6/PerfilImunol%c3%b3gicoIndiv%c3%adduos_Alves_2017.pdf.txtd49869ef99dfe985ec2ba885711941a6MD56THUMBNAILManoellaDoMonteAlves_DISSERT.pdf.jpgManoellaDoMonteAlves_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1962https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23775/5/ManoellaDoMonteAlves_DISSERT.pdf.jpge29fd7185b62275fd74a7d4006e1f2eaMD55PerfilImunológicoIndivíduos_Alves_2017.pdf.jpgPerfilImunológicoIndivíduos_Alves_2017.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1188https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23775/7/PerfilImunol%c3%b3gicoIndiv%c3%adduos_Alves_2017.pdf.jpg2a05fd27209565a1b48b10cb7271df4aMD57123456789/237752019-05-26 02:54:14.246oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/23775Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T05:54:14Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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