Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/42632 |
Resumo: | O sujeito é uma entidade dada e natural? As posições que os sujeitos ocupam são naturais? Por que uns corpos importam e outros não? A educação escolar é neutra? O currículo é um texto burocrático ou produtivo? O presente trabalho de conclusão de curso que se configura como um memorial pretende problematizar essas questões com o objetivo de desnaturalizá-las. Este trabalho é atravessado por memórias de um corpo que foi colonizado, silenciado, negado, ridicularizado, que, por muito tempo, acreditou ser culpado por não ser “bonito”, por não ser branco, por “ser” mulher, uma vez que aquele corpo era, diariamente, ridicularizado, principalmente na instituição escolar, por seu fenotípico, cada parte dele era alvo de risos e zombaria, acreditou também que tudo já estava dado e nada poderia ser mudado. Quais os pressupostos da educação? Na escola aprende-se a “ser” menina e a “ser” menino, há uma fôrma para cada. Estamos inseridas/os numa sociedade na qual prevalece o binarismo produzindo heróis e perdedores, senhores e escravos, homens e mulheres, normais e anormais, na qual o sexo define o gênero. Por trás da pseudo-neutralidade da educação há intenções normalizadoras, heterossexistas, racistas. As experiências escolares são, por vezes, normatizadoras, produtoras de corpos dóceis, padronizados e/ou estigmatizados. Este memorial foca nos processos de produção de subjetivação, nas posições que os sujeitos ocupam, na problematização das violências e opressões que os corpos estigmatizados sofrem como a misoginia, o racismo, a homofobia, a lesbofobia, a transfobia, e que a escola, nesses últimos tempos, define em uma única palavra: bullying. Os marcadores sociais como gênero, sexualidade, raça, etnia, classe etc são construtos sociais que produzem opressões interligadas. Que efeitos o poder-saber do currículo produz? A prática pedagógica é apenas mediação ou produtora de subjetividades? O aporte teórico deste texto está ancorado nos estudos de gênero e étnicos raciais, com ênfase, na Teoria Queer e nos Estudos Pós-Coloniais. Tais estudos foram uma ferramenta de problematização e desnaturalização que produziu efeitos de luta e resistência ao corpo colonizado. Da depreciação, do xingamento e zombaria, à autoafirmação. Descolonizar é preciso! |
id |
UFRN_c425d9b5e39b02d6bdc84a65ec72da7f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/42632 |
network_acronym_str |
UFRN |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRN |
repository_id_str |
|
spelling |
SILVA, Lígia Liziane GomesCoutinho, Karine DiasMomo, MariângelaRamalho, Ivone Priscilla de Castro2016-08-02T22:56:33Z2021-10-05T15:06:58Z2016-08-02T22:56:33Z2021-10-05T15:06:58Z2016-06-172011001233SILVA, Lígia Liziane Gomes da. Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência. 2016. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia), Departamento de Práticas Educacionais e Currículo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/42632Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilPedagogiaEscolarizaçãoCurrículoSubjetivaçãoQueerEducaçãoDescolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisO sujeito é uma entidade dada e natural? As posições que os sujeitos ocupam são naturais? Por que uns corpos importam e outros não? A educação escolar é neutra? O currículo é um texto burocrático ou produtivo? O presente trabalho de conclusão de curso que se configura como um memorial pretende problematizar essas questões com o objetivo de desnaturalizá-las. Este trabalho é atravessado por memórias de um corpo que foi colonizado, silenciado, negado, ridicularizado, que, por muito tempo, acreditou ser culpado por não ser “bonito”, por não ser branco, por “ser” mulher, uma vez que aquele corpo era, diariamente, ridicularizado, principalmente na instituição escolar, por seu fenotípico, cada parte dele era alvo de risos e zombaria, acreditou também que tudo já estava dado e nada poderia ser mudado. Quais os pressupostos da educação? Na escola aprende-se a “ser” menina e a “ser” menino, há uma fôrma para cada. Estamos inseridas/os numa sociedade na qual prevalece o binarismo produzindo heróis e perdedores, senhores e escravos, homens e mulheres, normais e anormais, na qual o sexo define o gênero. Por trás da pseudo-neutralidade da educação há intenções normalizadoras, heterossexistas, racistas. As experiências escolares são, por vezes, normatizadoras, produtoras de corpos dóceis, padronizados e/ou estigmatizados. Este memorial foca nos processos de produção de subjetivação, nas posições que os sujeitos ocupam, na problematização das violências e opressões que os corpos estigmatizados sofrem como a misoginia, o racismo, a homofobia, a lesbofobia, a transfobia, e que a escola, nesses últimos tempos, define em uma única palavra: bullying. Os marcadores sociais como gênero, sexualidade, raça, etnia, classe etc são construtos sociais que produzem opressões interligadas. Que efeitos o poder-saber do currículo produz? A prática pedagógica é apenas mediação ou produtora de subjetividades? O aporte teórico deste texto está ancorado nos estudos de gênero e étnicos raciais, com ênfase, na Teoria Queer e nos Estudos Pós-Coloniais. Tais estudos foram uma ferramenta de problematização e desnaturalização que produziu efeitos de luta e resistência ao corpo colonizado. Da depreciação, do xingamento e zombaria, à autoafirmação. Descolonizar é preciso!info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTDescolonizar o corpo, reinventar o currículo_memórias de luta e resistência_Memorial_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain116195https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/42632/1/Descolonizar%20o%20corpo%2c%20reinventar%20o%20curr%c3%adculo_mem%c3%b3rias%20de%20luta%20e%20resist%c3%aancia_Memorial_2016.pdf.txte2626f4b41c5c8c54c8ab3df8e47285fMD51ORIGINALDescolonizar o corpo, reinventar o currículo_memórias de luta e resistência_Memorial_2016.pdfapplication/pdf711858https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/42632/2/Descolonizar%20o%20corpo%2c%20reinventar%20o%20curr%c3%adculo_mem%c3%b3rias%20de%20luta%20e%20resist%c3%aancia_Memorial_2016.pdf777cde05fb0a7364b52df19f4cd4ad1eMD52LICENSElicense.txttext/plain756https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/42632/3/license.txta80a9cda2756d355b388cc443c3d8a43MD53123456789/426322021-10-05 12:06:58.957oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/42632PGNlbnRlcj48c3Ryb25nPlVOSVZFUlNJREFERSBGRURFUkFMIERPIFJJTyBHUkFOREUgRE8gTk9SVEU8L3N0cm9uZz48L2NlbnRlcj4KPGNlbnRlcj48c3Ryb25nPkJJQkxJT1RFQ0EgRElHSVRBTCBERSBNT05PR1JBRklBUzwvc3Ryb25nPjwvY2VudGVyPgoKPGNlbnRlcj5UZXJtbyBkZSBBdXRvcml6YcOnw6NvIHBhcmEgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGRlIE1vbm9ncmFmaWFzIGRlIEdyYWR1YcOnw6NvIGUgRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbyBuYSBCaWJsaW90ZWNhIERpZ2l0YWwgZGUgTW9ub2dyYWZpYXMgKEJETSk8L2NlbnRlcj4KCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkYSBtb25vZ3JhZmlhLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRvIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgKFVGUk4pIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgYXRyYXbDqXMgZGEgQmlibGlvdGVjYSBEaWdpdGFsIGRlIE1vbm9ncmFmaWFzIGRhIFVGUk4sIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZGUgYWNvcmRvIGNvbSBhIExlaSBuwrAgOTYxMC85OCwgbyB0ZXh0byBpbnRlZ3JhbCBkYSBvYnJhIHN1Ym1ldGlkYSBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkLCBhIHTDrXR1bG8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRhIHByb2R1w6fDo28gY2llbnTDrWZpY2EgYnJhc2lsZWlyYSwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZXN0YSBzdWJtaXNzw6NvLiAKRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-10-05T15:06:58Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
dc.title.pr_BR.fl_str_mv |
Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência |
title |
Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência |
spellingShingle |
Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência SILVA, Lígia Liziane Gomes Escolarização Currículo Subjetivação Queer Educação |
title_short |
Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência |
title_full |
Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência |
title_fullStr |
Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência |
title_full_unstemmed |
Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência |
title_sort |
Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência |
author |
SILVA, Lígia Liziane Gomes |
author_facet |
SILVA, Lígia Liziane Gomes |
author_role |
author |
dc.contributor.referees1.none.fl_str_mv |
Coutinho, Karine Dias |
dc.contributor.referees2.none.fl_str_mv |
Momo, Mariângela |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SILVA, Lígia Liziane Gomes |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Ramalho, Ivone Priscilla de Castro |
contributor_str_mv |
Ramalho, Ivone Priscilla de Castro |
dc.subject.pr_BR.fl_str_mv |
Escolarização Currículo Subjetivação Queer |
topic |
Escolarização Currículo Subjetivação Queer Educação |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
Educação |
description |
O sujeito é uma entidade dada e natural? As posições que os sujeitos ocupam são naturais? Por que uns corpos importam e outros não? A educação escolar é neutra? O currículo é um texto burocrático ou produtivo? O presente trabalho de conclusão de curso que se configura como um memorial pretende problematizar essas questões com o objetivo de desnaturalizá-las. Este trabalho é atravessado por memórias de um corpo que foi colonizado, silenciado, negado, ridicularizado, que, por muito tempo, acreditou ser culpado por não ser “bonito”, por não ser branco, por “ser” mulher, uma vez que aquele corpo era, diariamente, ridicularizado, principalmente na instituição escolar, por seu fenotípico, cada parte dele era alvo de risos e zombaria, acreditou também que tudo já estava dado e nada poderia ser mudado. Quais os pressupostos da educação? Na escola aprende-se a “ser” menina e a “ser” menino, há uma fôrma para cada. Estamos inseridas/os numa sociedade na qual prevalece o binarismo produzindo heróis e perdedores, senhores e escravos, homens e mulheres, normais e anormais, na qual o sexo define o gênero. Por trás da pseudo-neutralidade da educação há intenções normalizadoras, heterossexistas, racistas. As experiências escolares são, por vezes, normatizadoras, produtoras de corpos dóceis, padronizados e/ou estigmatizados. Este memorial foca nos processos de produção de subjetivação, nas posições que os sujeitos ocupam, na problematização das violências e opressões que os corpos estigmatizados sofrem como a misoginia, o racismo, a homofobia, a lesbofobia, a transfobia, e que a escola, nesses últimos tempos, define em uma única palavra: bullying. Os marcadores sociais como gênero, sexualidade, raça, etnia, classe etc são construtos sociais que produzem opressões interligadas. Que efeitos o poder-saber do currículo produz? A prática pedagógica é apenas mediação ou produtora de subjetividades? O aporte teórico deste texto está ancorado nos estudos de gênero e étnicos raciais, com ênfase, na Teoria Queer e nos Estudos Pós-Coloniais. Tais estudos foram uma ferramenta de problematização e desnaturalização que produziu efeitos de luta e resistência ao corpo colonizado. Da depreciação, do xingamento e zombaria, à autoafirmação. Descolonizar é preciso! |
publishDate |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-08-02T22:56:33Z 2021-10-05T15:06:58Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-08-02T22:56:33Z 2021-10-05T15:06:58Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-06-17 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.pr_BR.fl_str_mv |
2011001233 |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SILVA, Lígia Liziane Gomes da. Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência. 2016. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia), Departamento de Práticas Educacionais e Currículo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/42632 |
identifier_str_mv |
2011001233 SILVA, Lígia Liziane Gomes da. Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência. 2016. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia), Departamento de Práticas Educacionais e Currículo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016. |
url |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/42632 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRN |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Pedagogia |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRN instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) instacron:UFRN |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) |
instacron_str |
UFRN |
institution |
UFRN |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRN |
collection |
Repositório Institucional da UFRN |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/42632/1/Descolonizar%20o%20corpo%2c%20reinventar%20o%20curr%c3%adculo_mem%c3%b3rias%20de%20luta%20e%20resist%c3%aancia_Memorial_2016.pdf.txt https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/42632/2/Descolonizar%20o%20corpo%2c%20reinventar%20o%20curr%c3%adculo_mem%c3%b3rias%20de%20luta%20e%20resist%c3%aancia_Memorial_2016.pdf https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/42632/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e2626f4b41c5c8c54c8ab3df8e47285f 777cde05fb0a7364b52df19f4cd4ad1e a80a9cda2756d355b388cc443c3d8a43 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1797776990828232704 |