Construindo mundos sem muros: uma competência crítica em informação sob pressupostos decoloniais e anticoloniais

• Autor(a) principal: Gomes, Marcus Victor Siqueira Josuá
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48934
• topic: Competência em Informação; Competência Crítica em Informação; Pedagogia Libertadora; Decolonialidade; Anticolonialidade; Information Literacy; Critical Information Literacy; Liberating Pedagogy; Decoloniality; Anticoloniality

Trataremos, incialmente, a respeito da competência em informação, sua história e seu conceito, que vai ao encontro da Information Literacy (IL), buscando conflitar com um conceito mais atual de competência, que é o da “competência crítica em informação” – CCI, que se apoia em pedagogias libertadoras e outras questões – étnicas, de gênero e sexualidade, por exemplo, as quais possibilitam desenvolver uma práxis informacional mais crítica e reflexiva. A CCI, de teor mais radical, se baseia numa práxis e em pedagogias críticas, colocando foco na relação da informação com os problemas sociais que existe no mundo. Mesmo assim, permaneceremos “inconformados” com esse conceito e como forma de subsidiar mais radicalmente ainda a já radicalizada criticidade da competência crítica em informação, traremos à luz do debate epistemologias advindas da decolonialidade (Quijano, Dussel e Fanon) e da anticolonialidade (representado pelo zapatismo, Comunidad de Historia Mapuche, entre outros), como uma maneira de combater o colonialismo e capitalismo ainda em voga na América Latina, isto é, promovendo uma crítica, a partir da realidade latinoamericana, a respeito da CCI. Diante disso, essa pesquisa teórica de cunho bibliográfico abre caminhos para outras epistemologias e reflexões para a Biblioteconomia e a Ciência da Informação, ao passo que discutiremos a competência crítica em informação com vistas a problematizar tal conceito. Por fim, apontaremos caminhos a serem percorridos, como uma práxis da libertação contida em Dussel (1977), antirracista e de autodefesa presentes em Fanon (2008), anticolonial/étnica (de defesa dos povos ameríndios e seus territórios) e de reflexão crítica sobre instâncias de domínio e poder, como é o caso do Estado-nação, providas da relação dos nativos com o território e sua autocrítica – sinalizada pelos pensadores anticoloniais. Tais questões da colonialidade podem ser percebidas pelo conceito de “colonialidade de poder” trazido por Quijano (2009), ao passo que serão direcionadas em relação a uma práxis do sujeito informacional diante da realidade capitalista e colonial e a CCI anticolonial e decolonial como alternativa para essa inevitável situação.