Aspectos epidemiológicos de Rickettsia sp. e Babesia caballi em equinos e carrapatos vetores em duas microrregiões do estado do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9772 |
Resumo: | Este trabalho foi desenvolvido nas microrregiões de Itaguaí e Serrana no estado do Rio de Janeiro, e teve por objetivo avaliar aspectos epidemiológicos de Rickettsia sp. e Babesia caballi em equinos e carrapatos vetores presentes nestas regiões, destacando os possíveis fatores associados à infecção dos animais e a infestação por carrapatos. Foram coletadas amostras de sangue e carrapatos de equinos. Amostras de soro foram subsequentemente obtidas a partir de centrifugação da amostra de sangue e armazenadas à -20ºC até análise sorológica através da reação de imunofluorescência indireta (RIFI). Foi realizada a extração do DNA das amostras de sangue, sendo posteriormente submetidos à reação em cadeia da polimerase (PCR) para a detecção molecular dos respectivos agentes etiológicos. Um questionário epidemiológico foi aplicado aos proprietários dos animais para avaliar possíveis fatores relacionados com a infecção dos animais e a infestação por carrapatos vetores destes agentes. Foram observadas três espécies de carrapatos, Amblyomma cajennense, Dermacentor nitens e Rhipicephalus (Boophillus) microplus, promovendo o parasitismo em diferentes níveis de infestação nos equinos. A pesquisa molecular de rickettsias foi realizada somente nas amostras de DNA de A. cajennense e do DNA do sangue dos equinos destas duas microrregiões. As amostras de soro dos equinos foram submetidas à RIFI para a detecção de anticorpos da classe IgG anti-Rickettsia rickettsii. Do total de amostras de soro analisadas, 8,8% (n=21/240) foram consideradas sororreativas para rickettsias do grupo da febre maculosa (RGFM), sendo a maior frequência observada nos equinos da microrregião de Itaguaí (11,1%; n=15/135). Após analise multivariada, apenas a infestação por carrapatos foi o fator associado mais influente para a soropositividade dos animais (p<0,05; OR=6,1; IC: 1,1 - 32,9), e a presença da espécie A. cajennense mais relacionada com a soropositividade dos equinos (OR=11,1; IC: 2,3 - 51,7). Não foi detectada a presença de DNA rickettsial nas amostras de sangue e carrapatos dos equinos testados, a partir da PCR. Em relação aos fatores associados à infestação dos equinos por A. cajennense, observou-se que criações em regiões de baixas altitudes (OR=3,69; IC: 2,3 - 5,8), em propriedades com manejo zootécnico e sanitário insatisfatório (OR=5,92; IC: 3,8 - 9,2) e em sistema de criação extensiva (OR=4,25; IC: 2,1 - 8,5) foram fatores associados (p<0,05) à presença e à intensa infestação nos equinos por este carrapato. Em relação à detecção de B. caballi nos equinos, observou-se a frequência de 17,2% de animais infectados, sendo a maior frequência nos animais da microrregião de Itaguaí (28,9%; n=70/242). A partir da análise do questionário epidemiológico, juntamente com dados individuais de cada equino analisado foi possível observar que os animais menores de dois anos (OR=3,33; IC: 1,7 - 6,5), criados em regiões de baixas altitudes (OR=3,52, IC: 1,7 - 7,3) e infestados por carrapatos da espécie D. nitens (OR=1,91; IC=1,1- 3,4) foram fatores associados à positividade dos equinos por este hemoparasito. Os resultados do presente estudo mostram a importância da vigilância epidemiológica destes carrapatos vetores e sua associação tanto com agentes infecciosos de importância em saúde pública, como na produção animal, e particularmente, no mercado equestre do estado do Rio de Janeiro. |
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Instituto de Veterinária, Departamento de Parasitologia Animal, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2013.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9772Este trabalho foi desenvolvido nas microrregiões de Itaguaí e Serrana no estado do Rio de Janeiro, e teve por objetivo avaliar aspectos epidemiológicos de Rickettsia sp. e Babesia caballi em equinos e carrapatos vetores presentes nestas regiões, destacando os possíveis fatores associados à infecção dos animais e a infestação por carrapatos. Foram coletadas amostras de sangue e carrapatos de equinos. Amostras de soro foram subsequentemente obtidas a partir de centrifugação da amostra de sangue e armazenadas à -20ºC até análise sorológica através da reação de imunofluorescência indireta (RIFI). Foi realizada a extração do DNA das amostras de sangue, sendo posteriormente submetidos à reação em cadeia da polimerase (PCR) para a detecção molecular dos respectivos agentes etiológicos. Um questionário epidemiológico foi aplicado aos proprietários dos animais para avaliar possíveis fatores relacionados com a infecção dos animais e a infestação por carrapatos vetores destes agentes. Foram observadas três espécies de carrapatos, Amblyomma cajennense, Dermacentor nitens e Rhipicephalus (Boophillus) microplus, promovendo o parasitismo em diferentes níveis de infestação nos equinos. A pesquisa molecular de rickettsias foi realizada somente nas amostras de DNA de A. cajennense e do DNA do sangue dos equinos destas duas microrregiões. As amostras de soro dos equinos foram submetidas à RIFI para a detecção de anticorpos da classe IgG anti-Rickettsia rickettsii. Do total de amostras de soro analisadas, 8,8% (n=21/240) foram consideradas sororreativas para rickettsias do grupo da febre maculosa (RGFM), sendo a maior frequência observada nos equinos da microrregião de Itaguaí (11,1%; n=15/135). 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Os resultados do presente estudo mostram a importância da vigilância epidemiológica destes carrapatos vetores e sua associação tanto com agentes infecciosos de importância em saúde pública, como na produção animal, e particularmente, no mercado equestre do estado do Rio de Janeiro.CAPESThis work was carried out in the Itaguaí and Serrana microregions in the state of Rio de Janeiro, and aimed to evaluate the epidemiological aspects of Rickettsia sp. and Babesia caballi in horses and ticks vectors present in these regions, highlighting the possible factors associated with animals’ infection and tick infestation. Blood samples and ticks were collected from horses. Serum samples were subsequently obtained by centrifugation in the blood samples and stored at -20°C until serological analysis by indirect fluorescent antibody test (IFAT). DNA was extracted of the blood samples and subsequently subjected to polymerase chain reaction (PCR) for molecular detection of the respective etiological agents. An epidemiological questionnaire was applied to the owners of animals to evaluate possible factors related to animal infection and infestation by tick vectors of these agents. Three species of ticks were observed, Amblyomma cajennense, Dermacentor nitens and Rhipicephalus (Boophilus) microplus, promoting parasitism at different levels of infestation in the horses. A molecular survey of rickettsiae was only performed on the DNA samples from A. cajennense and DNA from blood of horses of these two microregions. Serum samples from horses underwent to IFAT for the detection of IgG class antibodies anti-Rickettsia rickettsii. Of all serum samples analyzed, 8.8% (n = 21/240) were considered sero-reactive to rickettsiae of the spotted fever group (SFG), being the higher frequency observed in horses of Itaguaí microregion (11.1%; n = 15/135). After multivariate analysis, only tick infestation was the most influential factor associated with seropositivity to animals (p<0.05; OR= 6.1, CI: 1.1 - 32.9), and the presence of the species A. cajennense more related to the equine seropositivity (OR=11.1; CI: 2.3 - 51.7). The presence of rickettsial DNA was not detected in blood samples of horses and ticks tested from the PCR. Regarding factors associated with equine infestation by A. cajennense noted that creations in low altitudes regions (OR=3.69; CI: 2.3 - 5.8), in properties with unsatisfactory zootechnical and sanitary management (OR=5.92; CI: 3.8 - 9.2) and extensive breeding system (OR=4.25; CI: 2.1 - 8.5) were associated factors (p<0.05) to the presence and the intense infestation in horses for this tick. Regarding to detection of B. caballi in horses, there was the frequency of 17.2% of infected animals, with the highest frequency in the animals of the Itaguaí microregion (28.9%; n = 70/242). From the analysis of epidemiological questionnaire, together with individual data for each horse examined could be observed that animals under two years (OR=3.33; CI: 1.7 - 6.5), created in regions of low altitude (OR=3.52; CI: 1.7 - 7.3) and infested by ticks of the species D. nitens (OR=1.91; CI = 1.1 - 3.4) were factors associated with positive equine by this hemoparasite in the microregions studied. The results of this study show the importance of epidemiological surveillance of tick vectors and their association both with infectious agents of public health importance, as in animal production, particularly in the equestrian market of the state of Rio de Janeiro.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasUFRRJBrasilInstituto de VeterináriaRickettsia sp.Babesia caballiEpidemiologiaEpidemiologyMedicina VeterináriaAspectos epidemiológicos de Rickettsia sp. e Babesia caballi em equinos e carrapatos vetores em duas microrregiões do estado do Rio de JaneiroEpidemiological Aspects of Rickettsia sp. and Babesia caballi in Equine and tick vectors in two microregions of Rio de Janeiro stateinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/11924/2013%20-%20Marcus%20Sandes%20Pires.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/17192/2013%20-%20Marcus%20Sandes%20Pires.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/23500/2013%20-%20Marcus%20Sandes%20Pires.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/29878/2013%20-%20Marcus%20Sandes%20Pires.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/36252/2013%20-%20Marcus%20Sandes%20Pires.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/42646/2013%20-%20Marcus%20Sandes%20Pires.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/49024/2013%20-%20Marcus%20Sandes%20Pires.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/55470/2013%20-%20Marcus%20Sandes%20Pires.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/3197Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2019-12-27T13:36:10Z No. of bitstreams: 1 2013 - Marcus Sandes Pires.pdf: 1947447 bytes, checksum: b72e6cac461264bef38363a69f328188 (MD5)Made available in DSpace on 2019-12-27T13:36:10Z (GMT). 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Medicina Veterinária |
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Este trabalho foi desenvolvido nas microrregiões de Itaguaí e Serrana no estado do Rio de Janeiro, e teve por objetivo avaliar aspectos epidemiológicos de Rickettsia sp. e Babesia caballi em equinos e carrapatos vetores presentes nestas regiões, destacando os possíveis fatores associados à infecção dos animais e a infestação por carrapatos. Foram coletadas amostras de sangue e carrapatos de equinos. Amostras de soro foram subsequentemente obtidas a partir de centrifugação da amostra de sangue e armazenadas à -20ºC até análise sorológica através da reação de imunofluorescência indireta (RIFI). Foi realizada a extração do DNA das amostras de sangue, sendo posteriormente submetidos à reação em cadeia da polimerase (PCR) para a detecção molecular dos respectivos agentes etiológicos. Um questionário epidemiológico foi aplicado aos proprietários dos animais para avaliar possíveis fatores relacionados com a infecção dos animais e a infestação por carrapatos vetores destes agentes. Foram observadas três espécies de carrapatos, Amblyomma cajennense, Dermacentor nitens e Rhipicephalus (Boophillus) microplus, promovendo o parasitismo em diferentes níveis de infestação nos equinos. A pesquisa molecular de rickettsias foi realizada somente nas amostras de DNA de A. cajennense e do DNA do sangue dos equinos destas duas microrregiões. As amostras de soro dos equinos foram submetidas à RIFI para a detecção de anticorpos da classe IgG anti-Rickettsia rickettsii. Do total de amostras de soro analisadas, 8,8% (n=21/240) foram consideradas sororreativas para rickettsias do grupo da febre maculosa (RGFM), sendo a maior frequência observada nos equinos da microrregião de Itaguaí (11,1%; n=15/135). Após analise multivariada, apenas a infestação por carrapatos foi o fator associado mais influente para a soropositividade dos animais (p<0,05; OR=6,1; IC: 1,1 - 32,9), e a presença da espécie A. cajennense mais relacionada com a soropositividade dos equinos (OR=11,1; IC: 2,3 - 51,7). Não foi detectada a presença de DNA rickettsial nas amostras de sangue e carrapatos dos equinos testados, a partir da PCR. Em relação aos fatores associados à infestação dos equinos por A. cajennense, observou-se que criações em regiões de baixas altitudes (OR=3,69; IC: 2,3 - 5,8), em propriedades com manejo zootécnico e sanitário insatisfatório (OR=5,92; IC: 3,8 - 9,2) e em sistema de criação extensiva (OR=4,25; IC: 2,1 - 8,5) foram fatores associados (p<0,05) à presença e à intensa infestação nos equinos por este carrapato. Em relação à detecção de B. caballi nos equinos, observou-se a frequência de 17,2% de animais infectados, sendo a maior frequência nos animais da microrregião de Itaguaí (28,9%; n=70/242). A partir da análise do questionário epidemiológico, juntamente com dados individuais de cada equino analisado foi possível observar que os animais menores de dois anos (OR=3,33; IC: 1,7 - 6,5), criados em regiões de baixas altitudes (OR=3,52, IC: 1,7 - 7,3) e infestados por carrapatos da espécie D. nitens (OR=1,91; IC=1,1- 3,4) foram fatores associados à positividade dos equinos por este hemoparasito. Os resultados do presente estudo mostram a importância da vigilância epidemiológica destes carrapatos vetores e sua associação tanto com agentes infecciosos de importância em saúde pública, como na produção animal, e particularmente, no mercado equestre do estado do Rio de Janeiro. |
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2013 |
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PIRES, Marcus Sandes. Aspectos epidemiológicos de Rickettsia sp. e Babesia caballi em equinos e carrapatos vetores em duas microrregiões do estado do Rio de Janeiro. 2013. 109 f. Tese (Doutorado em Ciências Veterinárias). Instituto de Veterinária, Departamento de Parasitologia Animal, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2013. |
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