Entre a chaga e a cura: música e ensino de História para uma educação antirracista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Saulo Vinícius da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15042
Resumo: Este trabalho tem como objetivo ser uma inspiração para professores e professoras desenvolverem atividades antirracistas em sala de aula. Como atividades antirracistas entendo que podem ser quaisquer atividades que proporcionem uma visão crítica e postura de enfrentamento em relação às desigualdades étnico-raciais no Brasil e no mundo. Para isso, no início explico origens e tipos de racismos que se espalharam e se consolidaram ao longo do tempo. Posteriormente, mostro produções intelectuais que são fundamentais para desconstruir ou mitigar os efeitos dos racismos. Na etapa seguinte, tento mostrar como o uso de músicas em sala de aula pode ser uma potente forma de auxiliar na construção do conhecimento histórico, promovendo uma visão mais holística de História, em que vozes de grupos discriminados historicamente abordam a temática racial, expondo a experiência de ser negro ou negra no Brasil. Além disso, tento mostrar como as músicas exercem uma capacidade importante que é a de mexer com afetos, sentimentos e subjetividades, elementos importante para gerar empatia. É a pretensão de contribuir para uma educação que afeta, que deixa marcas intelectuais e nas subjetividades. Estas músicas ao mesmo tempo que promovem um papel de denúncia, conseguem promover autoestima, cumprindo o necessário papel de desenvolver criticidade sobre os racismos, mas sem criar o esteriótipo da vitimização. Finalizo o trabalho propondo um produto em que uma ou mais músicas – quatro músicas são sugeridas no produto - são escolhidas e analisadas após uma aula expositiva acerca da Abolição da Escravidão e do contexto de Pós-abolição em curso. Esta análise deve ser acompanhada de comparações e analogias com o momento histórico conhecido como Pós- abolição. Sugiro que o momento das análises das músicas seja gravado e, caso ocorra autorização de pais, alunos, escola e, é claro, seja uma vontade dos professores(as), o resultado da gravação seja colocado na plataforma Youtube, como forma de contribuir para a História Pública Digital.
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Para isso, no início explico origens e tipos de racismos que se espalharam e se consolidaram ao longo do tempo. Posteriormente, mostro produções intelectuais que são fundamentais para desconstruir ou mitigar os efeitos dos racismos. Na etapa seguinte, tento mostrar como o uso de músicas em sala de aula pode ser uma potente forma de auxiliar na construção do conhecimento histórico, promovendo uma visão mais holística de História, em que vozes de grupos discriminados historicamente abordam a temática racial, expondo a experiência de ser negro ou negra no Brasil. Além disso, tento mostrar como as músicas exercem uma capacidade importante que é a de mexer com afetos, sentimentos e subjetividades, elementos importante para gerar empatia. É a pretensão de contribuir para uma educação que afeta, que deixa marcas intelectuais e nas subjetividades. Estas músicas ao mesmo tempo que promovem um papel de denúncia, conseguem promover autoestima, cumprindo o necessário papel de desenvolver criticidade sobre os racismos, mas sem criar o esteriótipo da vitimização. Finalizo o trabalho propondo um produto em que uma ou mais músicas – quatro músicas são sugeridas no produto - são escolhidas e analisadas após uma aula expositiva acerca da Abolição da Escravidão e do contexto de Pós-abolição em curso. Esta análise deve ser acompanhada de comparações e analogias com o momento histórico conhecido como Pós- abolição. Sugiro que o momento das análises das músicas seja gravado e, caso ocorra autorização de pais, alunos, escola e, é claro, seja uma vontade dos professores(as), o resultado da gravação seja colocado na plataforma Youtube, como forma de contribuir para a História Pública Digital.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis work aims to be an inspiration for teachers to develop anti-racist activities in the classroom. As anti-racist activities, I understand that they can be any activities that provide a critical view and confrontation posture in relation to ethnic-racial inequalities in Brazil and in the world. For this, at the beginning I explain the origins and types of racism that have spread and consolidated over time. Later I show intellectual productions that are fundamental to deconstruct or mitigate the effects of racism. In the next step, I try to show how the use of music in the classroom can be a powerful way to help in the construction of historical knowledge, promoting a more holistic view of History, in which voices from historically discriminated groups approach the racial theme, exposing the experience of being black or black in Brazil. In addition, I try to show how music plays an important capacity, which is to deal with affections, feelings and subjectivities, important elements to generate empathy. It is the intention to contribute to an education that affects, that leaves intellectual marks and subjectivities. These songs, while promoting a role of denunciation, manage to promote self-esteem, fulfilling the necessary role of developing criticality about racism, but without creating the stereotype of victimization. I finish the work by proposing a product in which one or more songs - four songs are suggested in the product - are chosen and analyzed after an expository class about the Abolition of Slavery and the context of Post-abolition in progress. This analysis must be accompanied by comparisons and analogies with the historical moment known as Post-abolition. I suggest that the moment of the analysis of the songs be recorded and in case of authorization from parents, students, school and, of course, it is the will of the teachers, the result of the recording should be placed on the Youtube platform, as a way to contribute to the Digital Public History.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ensino de HistóriaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e Sociaisracismosantirracismoensino de históriaafetividadeHistória PúblicaHistória Digitalracismanti-racismhistory teachingmusicaffectivityPublic HistoryDigital HistoryHistóriaEntre a chaga e a cura: música e ensino de História para uma educação antirracistainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisABUD. Katia Maria. Registro e representação do cotidiano: a música popular na aula de história. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 67, p. 309-317, set./dez. 2005. ALMEIDA. 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description Este trabalho tem como objetivo ser uma inspiração para professores e professoras desenvolverem atividades antirracistas em sala de aula. Como atividades antirracistas entendo que podem ser quaisquer atividades que proporcionem uma visão crítica e postura de enfrentamento em relação às desigualdades étnico-raciais no Brasil e no mundo. Para isso, no início explico origens e tipos de racismos que se espalharam e se consolidaram ao longo do tempo. Posteriormente, mostro produções intelectuais que são fundamentais para desconstruir ou mitigar os efeitos dos racismos. Na etapa seguinte, tento mostrar como o uso de músicas em sala de aula pode ser uma potente forma de auxiliar na construção do conhecimento histórico, promovendo uma visão mais holística de História, em que vozes de grupos discriminados historicamente abordam a temática racial, expondo a experiência de ser negro ou negra no Brasil. Além disso, tento mostrar como as músicas exercem uma capacidade importante que é a de mexer com afetos, sentimentos e subjetividades, elementos importante para gerar empatia. É a pretensão de contribuir para uma educação que afeta, que deixa marcas intelectuais e nas subjetividades. Estas músicas ao mesmo tempo que promovem um papel de denúncia, conseguem promover autoestima, cumprindo o necessário papel de desenvolver criticidade sobre os racismos, mas sem criar o esteriótipo da vitimização. Finalizo o trabalho propondo um produto em que uma ou mais músicas – quatro músicas são sugeridas no produto - são escolhidas e analisadas após uma aula expositiva acerca da Abolição da Escravidão e do contexto de Pós-abolição em curso. Esta análise deve ser acompanhada de comparações e analogias com o momento histórico conhecido como Pós- abolição. Sugiro que o momento das análises das músicas seja gravado e, caso ocorra autorização de pais, alunos, escola e, é claro, seja uma vontade dos professores(as), o resultado da gravação seja colocado na plataforma Youtube, como forma de contribuir para a História Pública Digital.
publishDate 2020
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