À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Leandro Machado dos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9952
Resumo: Buscamos neste trabalho entender, a partir de uma configuração sócio-histórica específica, a forma como o Movimento Brasil Livre se articula com outras organizações políticas de corte liberal, refletindo principalmente sobre os efeitos que as imagens produzidas pelo movimento tem na sua proposta de difusão de uma narrativa ancorada nos princípios e valores do liberalismo formulado principalmente pelos teóricos da Escola Austríaca de Economia, com ênfase principalmente para as contribuições de Friedrich Hayek. A ideia foi apresentar as conexões existentes, sem a preocupação de provar os vínculos institucionais, entre o movimento e seus aliados políticos, entendendo que não se trata de uma articulação que emerge apenas a partir das mobilizações do segundo semestre de 2013, com o intuito de mostrar que o surgimento dessa organização política naquela configuração específica revelava que o bloco liberal, organizado de modos mais orgânico no país, a partir de 1977, encontrava naquele contexto as condições favoráveis para vir a público e defender seus princípios e valores sem nenhum pudor. Cabe destacar que esse processo não foi observado de modo isolado, mas considerou que as articulações nacionais se entrelaçavam com os projetos políticos, econômicos e sociais que o capitalismo colocara em prática após o fim da Era de Ouro do capitalismo mundial, já que partiram dos países centrais, especialmente dos Estados Unidos da América, o modelo que deveria ser colocado em prática a partir de então. Nossa análise concentrou atenção nas reflexões macroeconômicas produzidas pelo campo da teoria crítica para pensar que as transformações sistêmicas adotadas no final da década de 1960 imprimiram uma nova realidade política que inibia a ação o efeito das ações políticas de massa sobre as decisões dos estados nacionais desequilibrando substancialmente a relação de conflito distributivo entre os interesses do mercado e a garantia do Estado democrático de direito, corroborando a ideia de que a baixa produtividade do sistema impossibilitava dali por diante a manutenção de qualquer conjunto de direitos, imprimindo, desta forma, uma série de limites para a realização da própria democracia enquanto forma de governo possível. Esse processo de reforma se inicia, no Brasil, com Fernando Collor de Mello, em 1990, e permanece sem interrupção até Jair Bolsonaro, revelando que o liberalismo colocado em prática no país vai combinar momentos de maior ou menor ortodoxia, aparentando, em alguns momentos, principalmente durante os anos de governo do Partido dos Trabalhadores, ter se tornado algo diferente. Assim, percebemos que o Movimento Brasil Livre, enquanto representante de uma fração da juventude, não emerge do nada, mas representa uma importante renovação dos quadros políticos liberais no Brasil.
id UFRRJ-1_2b848067305d04f7a62406c7200c0a2e
oai_identifier_str oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/9952
network_acronym_str UFRRJ-1
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
repository_id_str
spelling Santos, Leandro Machado dosBerino, Aristóteles de PaulaCPF: 898.221.707-00Silva, Roberta Maria Lobo daCampos, Marília Lopes deBenacchio, Rosilda nascimentoCoelho, GustavoCPF: 077.229.767-35http://lattes.cnpq.br/04970533844817692023-12-21T18:54:49Z2023-12-21T18:54:49Z2019-11-28SANTOS, Leandro Machado. À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre. 2019. 152 f. Tese (Doutorado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação / Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica / Nova Iguaçu - RJ, 2019.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9952Buscamos neste trabalho entender, a partir de uma configuração sócio-histórica específica, a forma como o Movimento Brasil Livre se articula com outras organizações políticas de corte liberal, refletindo principalmente sobre os efeitos que as imagens produzidas pelo movimento tem na sua proposta de difusão de uma narrativa ancorada nos princípios e valores do liberalismo formulado principalmente pelos teóricos da Escola Austríaca de Economia, com ênfase principalmente para as contribuições de Friedrich Hayek. A ideia foi apresentar as conexões existentes, sem a preocupação de provar os vínculos institucionais, entre o movimento e seus aliados políticos, entendendo que não se trata de uma articulação que emerge apenas a partir das mobilizações do segundo semestre de 2013, com o intuito de mostrar que o surgimento dessa organização política naquela configuração específica revelava que o bloco liberal, organizado de modos mais orgânico no país, a partir de 1977, encontrava naquele contexto as condições favoráveis para vir a público e defender seus princípios e valores sem nenhum pudor. Cabe destacar que esse processo não foi observado de modo isolado, mas considerou que as articulações nacionais se entrelaçavam com os projetos políticos, econômicos e sociais que o capitalismo colocara em prática após o fim da Era de Ouro do capitalismo mundial, já que partiram dos países centrais, especialmente dos Estados Unidos da América, o modelo que deveria ser colocado em prática a partir de então. Nossa análise concentrou atenção nas reflexões macroeconômicas produzidas pelo campo da teoria crítica para pensar que as transformações sistêmicas adotadas no final da década de 1960 imprimiram uma nova realidade política que inibia a ação o efeito das ações políticas de massa sobre as decisões dos estados nacionais desequilibrando substancialmente a relação de conflito distributivo entre os interesses do mercado e a garantia do Estado democrático de direito, corroborando a ideia de que a baixa produtividade do sistema impossibilitava dali por diante a manutenção de qualquer conjunto de direitos, imprimindo, desta forma, uma série de limites para a realização da própria democracia enquanto forma de governo possível. Esse processo de reforma se inicia, no Brasil, com Fernando Collor de Mello, em 1990, e permanece sem interrupção até Jair Bolsonaro, revelando que o liberalismo colocado em prática no país vai combinar momentos de maior ou menor ortodoxia, aparentando, em alguns momentos, principalmente durante os anos de governo do Partido dos Trabalhadores, ter se tornado algo diferente. Assim, percebemos que o Movimento Brasil Livre, enquanto representante de uma fração da juventude, não emerge do nada, mas representa uma importante renovação dos quadros políticos liberais no Brasil.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorWe seek in this paper to understand, from a specific socio-historical configuration, the way the Free Brazil Movement articulates with other political organizations of liberal cut, reflecting mainly on the effects that the images produced by the movement has in its proposal of diffusion of a narrative anchored in the principles and values of liberalism formulated primarily by theorists of the Austrian School of Economics, with an emphasis primarily on Friedrich Hayek's contributions. The idea was to present the existing connections, without the concern of proving the institutional links between the movement and its political allies, understanding that this is not an articulation that emerges only from the mobilization of the second half of 2013, with the intention of to show that the emergence of this political organization in that particular configuration revealed that the more organically organized liberal bloc in the country, from 1977, found in that context the favorable conditions for publicizing and defending its principles and values without any shame. It is noteworthy that this process was not observed in isolation, but considered that the national articulations were intertwined with the political, economic and social projects that capitalism had put in place after the end of the Golden Age of world capitalism, since they came from the countries. especially the United States, the model that should be put into practice from then on. Our analysis focused attention on the macroeconomic reflections produced by the field of critical theory to think that the systemic transformations adopted in the late 1960s imprinted a new political reality that inhibited the effect of mass political actions on the decisions of national states by substantially unbalancing. the relationship of distributive conflict between market interests and the guarantee of the democratic rule of law, corroborating the idea that the low productivity of the system henceforth prevented the maintenance of any set of rights, thus imposing a series of limits for the realization of democracy itself as a possible form of government. This reform process begins in Brasil with Fernando Collor de Mello in 1990 and remains uninterrupted until Jair Bolsonaro, revealing that the liberalism put in place in the country will combine moments of greater or lesser orthodoxy, appearing in some moments, especially during the years of ruling the Workers Party, have become something different. Thus, we realize that the Free Brazil Movement, as a representative of a fraction of youth, does not emerge from nowhere, but represents an important renewal of liberal political frameworks in Brasil.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas PopularesUFRRJBrasilInstituto Multidisciplinar de Nova IguaçuInstituto de EducaçãoRenovação LiberalReformas neoliberaisMovimentos JuvenisPresidencialismo de CoalisãoDemocracia no BrasilLiberal RenewalNeoliberal reformsYouth movementsCoalition PresidentialismDemocracy in BrazilEducaçãoÀ Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil LivreTo the Right of Youth: the neoliberal renewal process in Brazil seen from the political action of the MBL - Free Brazil Movementinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisABRAMO, Helena. Considerações sobre a tematização social da juventude no Brasil. Revista Brasileira de Educação. Nº 05, 1997. ABRAMOVAY, Miriam; CASTRO, Mary Garcia (org). Juventude, Juventudes: o que une e o que separa. Brasília: UNESCO, 2006. ADORNO, Theodor W. Teoria da Semi-Cultura. Porto Velho, Primeira Versão, 2005. Ano IV. Nº 191. __________________. Indústria Cultural e Sociedade. Tradução Julia Elisabeth Levy. São Paulo: Paz e Terra, 2002. ___________________. O ensaio como forma. In: ADORNO, Theodor W. Notas de Literatura I. Tradução Jorge M. B. de Almeida. São Paulo: Duas Cidades, 2003. ___________________; HORKHEIMER, Max. Conceito de Iluminismo In: BENJAMIN, Walter; HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor; HABERMAS, Jürgen. Textos escolhidos. Tradução José Lino Grünnewald. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção Os pensadores) AMARAL, Mariana. A Roupa nova da direita. Disponível em: http://apublica.org/2015/06/a-nova-roupa-da-direita/ (06/2015) ARANTES, Paulo. O Novo Tempo do Mundo: e outros estudos sobre a era da emergência. São Paulo: Boitempo, 2014. ______________. Zero à Esquerda. São Paulo: Conrad, 2004. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. 1936. BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. Tradução Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Brasiliense, 2005. BERMAN, Marshal. Tudo que é sólido desmancha no ar. A aventura da modernidade. Tradução Carlos Felipe Moisés e Ana Maria L. Ioriatti. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. BRAGA, Amanda. Paradigma Indiciário na Análise do Discurso: de Monalisa a Mandela. Revista Letras Raras, 2014. Volume 04. nº 1. BRINGEL, Breno. Miopias, sentidos e tendências do levante brasileiro de 2013. Insight Inteligência, n. 62, p. 43-51, jul.-ago.-set, 2013. BURKE, Peter. Testemunha Ocular: o uso da imagem como evidência histórica. Tradução Vera Maria Xavier dos Santos. São Paulo: Unesp, 2017. CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. São Paulo: Zahar, 2013. CARLOS, Antônio. Quem está por traz do protesto do dia 15. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/quem-esta-por-tras-do-protestono-dia-15-3213.html (consulta realizada em 13/03/2015). COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva. In: COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva; Discurso Preliminar sobre o Conjunto do Positivismo; Catecismo Positivista. Tradução José Arthur Giannotti e Miguel Lemos. São Paulo: Abril Cultural, 1988. (coleção Os Pensadores. COURTINE, Jean-Jacques. Metamorfoses do discurso político: derivas da fala pública. Tradução Carlos Piovezani e Nilton Milanez. São Paulo: Claraluz, 2006. DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo: comentários sobre a sociedade do espetáculo. Tradução Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. DELEUZE, Giles. Post-scriptum Sobre as Sociedades de Controle. Tradução Peter Pal Pelbart. Rio de Janeiro: Conversações, 1992. (34ª edição) DESCARTES, Rène. Discurso sobre o método. Tradução Torrieri Guimarães. São Paulo: Hemus, 1978. DINIZ FILHO, Luiz Lopes. Paulo Freire e a Educação “Bancária Ideologizada”. Disponível em: http://www.escolasempartido.org/artigos-top/382-paulo-freire-e-aeducacao-bancaria-ideologizada (setembro/ 2015). DREIFUSS, René. O jogo da direita. Rio de Janeiro: Vozes, 1989. DURKHEIM, Émile. As Regras do Métodos Sociológico. Tradução Pietro Nassetti. São Paulo. Martin Claret, 2004. EAGLETON, Terry. Ideologia. Uma Introdução. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista/ Boitempo, 1997. ELLER, Johanns. Governo federal libera mais 42 agrotóxicos no Brasil e amplia recorde desde a posse de Bolsonaro. Rio de Janeiro: O Globo, 20/06/2019. (Edição Digital). FERNANDES, Florestan. Mudanças sociais no Brasil. (3a. edição), São Paulo: DIFEL 1979. _____________________. Em Busca do Socialismo: últimos escritos e outros textos. São Paulo: Xamã, 1995. FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Tradução Raquel Ramelhete. Petrópolis: Vozes, 1987. FREIXA, Carles e LECCARDI, Carmem. O conceito de Geração nas teorias sobre juventude. Revista Sociedade e Estado. Volume 25. Maio - agosto, 2010. GINZBURG, Carlo. Mitos, Emblemas, Sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. GOHN, Maria da Glória. Teoria dos Movimentos Sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos. São Paulo: Loyola, 1997. GONÇALVES, Eduardo. Táticas e Truques do MBL. Edição On Line da Revista Veja (Eleições), 2018. Disponível em: https://veja.abril.com.br/politica/as-taticas-e-ostruques-do-mbl/ GROPPO, Luís Antonio. Juventude: ensaios sobre Sociologia e História das Juventudes Modernas. Rio de Janeiro: DIFEL, 2000. ______________________. Teorias Críticas da Juventude: geração, moratória social e subculturas juvenis. Florianópolis: Revista em Tese. volume 12. Nº 1, janeiro/julho de 2015. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A, 2006. HARVEY, David. Cidades Rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. Tradução Jeferso Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2014. ______________. O Novo Imperialismo. Tradução Adail Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Loyola, 2004. ______________. Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. Tradução Adail Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Loyola, 1996. HAYEK, Friedrich. O Caminho da Servidão. Tradução Anna Maria Copovilla, José Ítalo Stelle e Liane de Morais Ribeiro. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2010. HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX (1914- 1991). Tradução Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. IPEA. Atlas da Violência. Rio de Janeiro: IPEA/FBSP, 2018. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/180604_atlas _da_violencia_2018.pdf KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: O que é Iluminismo? (1784) Tradução Artur Morão. Disponível: https://www.marxists.org/portugues/kant/1784/mes/resposta.pdf (consulta realizada no dia 22/05/2018) KOSELLECK, Reinhart. Crítica e crise. Tradução: Luciana Villas-Boas Castelo-Branco. Rio de Janeiro: UERJ/Contraponto, 1999. LAURELL, Asa Cristina. Avançando em direção ao passado. In: LAURELL, Asa Cristina (Org.) Estado e Políticas Sociais no Neoliberalismo. São Paulo: Cortes, 1997. LEHER, Roberto. Um Novo Senhor da educação? A política educacional do Banco Mundial para a periferia do capitalismo. Revista Outubro, fevereiro/ 1999. Edição 3. Disponível em: http://outubrorevista.com.br/um-novo-senhor-da-educacao-a-politicaeducacional-do-banco-mundial-para-a-periferia-do-capitalismo/ LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo civil. Tradução Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Rio de Janeiro: Clube do Livro Liberal, 2018. Disponível em: http://www.xr.pro.br/IF/LOCKE-Segundo_tratado_Sobre_O_Governo.pdf LUXEMBURGO, Rosa. Reforma ou Revolução? In: Textos escolhidos. Tradução Isabel Loureiro (org.). São Paulo: Expressão Popular, 2009. MANCUSO, Wagner Pralon. O Lobby da Indústria no Congresso Nacional: empresariado e política no Brasil. São Paulo: Humanitas, EdUSP, 2007. MANNHEIM, Karl. “O problema sociológico das gerações”. In: FORACCHI, Marialice M. (org.). Mannheim. Col. Os Grandes Cientistas Sociais, n. 25, São Paulo: Ática, 1982, p. 67-95. MARX, Karl. [1852]. O 18 Brumário de Louis Bonaparte. 2. ed. Lisboa: Avante, 1984. ___________; ENGELS, Friedrich. A ideologia Alemã. Tradução Álvaro Pina. São Paulo: Expressão Popular, 2009. (1ª edição). MBL. Propostas Aprovadas no Primeiro Congresso Nacional do Movimento Brasil Livre. São Paulo: Novembro de 2015. Disponível em: http://mbl.org.br/wordpress/wpcontent/uploads/2017/05/propostas-mbl.pdf NOBRE, Marcos. Choque de democracia: razões da revolta. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. OLIVEIRA, Francisco. Brasil uma Biografia não Autorizada. São Paulo: Boitempo, 2018. __________________; RIZEK, Cibele. (org.) A Era da Indeterminação. São Paulo: Boitempo, 2007. ONOFRE, Gabriel. Friedrich Hayek e os Liberais Brasileiros na Transição Democrática. Niterói: Revista Crítica Histórica, Ano V, nº 10, dezembro de 2014. PAULANI, Leda. Brasil Delivery: servidão financeira e estado de emergência econômico. São Paulo: Boitempo, 2008. QUIJANO, Anibal. Colonialidade do Poder, Eurocentrismo e América Latina. Buenos Aires: Clacso, 2005. RANCIÈRE, Jacques. O Ódio à Democracia. Tradução Mariana Schalar. São Paulo: Boitempo, 2014. RODRIGUES, Odiombar. Ensino, educação e doutrinação. Disponível em: http://escolasempartido.org/artigos-top/554-ensino-educacao-e-doutrinacao (setembro/2015) SADER, Eder. Quando Novos Personagens Entraram em Cena: experiências, falas e lutas dos trabalhadores da Grande São Paulo, 1970-80. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 4ª edição 2001. SANTOS, Leandro dos; MOURA, Georgete; MOTTA, Flavia. Educação e Demandas Populares: os populares e a luta por educação no Brasil (1980- 1990). Nova Iguaçu (RJ): REPECULT, 2017.2. Volume 3. _______________; REZENDE, Karine. Potencialidades Político-Pedagógicas na Ocupação Estudantil no Instituto de Educação Rangel Pestana. São Paulo: Revista Juventude.br, 2018. 16ª edição. Ano 13. SAVAGE, Jon. A criação da Juventude: como o conceito de teenage revolucionou o século XX. tradução Talita Rodrigues. Rio de Janeiro: Rocco, 2009. SECCHI, Leonardo; ITO, Letícia Helena. Think Tanks e Universidades no Brasil: análise das relações na produção de conhecimento em política pública. Revista de Planejamento e Políticas Públicas. Nº 46. Janeiro/ junho, 2016. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/observatorio/images/ppp_n46_art12.pdf SCHWARZ, Roberto. As ideias fora do lugar: ensaios selecionados. São Paulo: Penguin Classics / Companhia das Letras, 2014. SPÓSITO, Marília; CARRANO, Paulo. Juventude e Políticas Públicas no Brasil. Revista Brasileira de Educação. Set/ out/ nov/ dez, 2003. Nº 24. SCHLUCHTER, Wolfgang. O Desencantamento do Mundo: seis estudos sobre Max Weber. Tradução Carlos Eduardo Sell. Rio de Janeiro: UFRJ, 2014. STREECK, Wolfgang. As crises do capitalismo democrático. Tradução Alexandre Morales. Novos Estudos nº 92: março, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/nec/n92/n92a04.pdf _______________. Tempo Comprado: a crise adiada do capitalismo democrático. Tradução Marian Toldy e Teresa Toldy. São Paulo: Boitempo, 2018. TAVARES, Flávia; AMORIN, Daniele. Como movimentos ultraconservadores conseguiram encerrar a exposição Queermuseu. Revista Época, 2017. Disponível em: https://epoca.globo.com/brasil/noticia/2017/09/como-movimentos-ultraconservadoresconseguiram-encerrar-exposicao-queermuseu.html WEBER, Max. A psicologia social das religiões mundiais: In: Ensaios de sociologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. p. 309-346. ___________. A objetividade do conhecimento nas ciências sociais. In: COHN, Gabriel (Org.). FERNANDES, Florestan (Coord.). Weber – Sociologia. Coleção Grandes Cientistas Sociais, 13. São Paulo: Ática, 1999, p. 79-127. ___________. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.https://tede.ufrrj.br/retrieve/67857/2019%20-%20Leandro%20Machado%20dos%20Santos.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/5313Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2021-12-29T23:37:19Z No. of bitstreams: 1 2019 - Leandro Machado dos Santos.pdf: 4588362 bytes, checksum: 28d935bbb459b081444937b47c6c7124 (MD5)Made available in DSpace on 2021-12-29T23:37:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2019 - Leandro Machado dos Santos.pdf: 4588362 bytes, checksum: 28d935bbb459b081444937b47c6c7124 (MD5) Previous issue date: 2019-11-28info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJTHUMBNAIL2019 - Leandro Machado dos Santos.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1943https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/9952/1/2019%20-%20Leandro%20Machado%20dos%20Santos.pdf.jpgcc73c4c239a4c332d642ba1e7c7a9fb2MD51TEXT2019 - Leandro Machado dos Santos.pdf.txtExtracted Texttext/plain433456https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/9952/2/2019%20-%20Leandro%20Machado%20dos%20Santos.pdf.txt33698a1410059f5599779f46ca6ceb47MD52ORIGINAL2019 - Leandro Machado dos Santos.pdfapplication/pdf4588362https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/9952/3/2019%20-%20Leandro%20Machado%20dos%20Santos.pdf28d935bbb459b081444937b47c6c7124MD53LICENSElicense.txttext/plain2089https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/9952/4/license.txt7b5ba3d2445355f386edab96125d42b7MD5420.500.14407/99522023-12-21 15:54:49.755oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/9952Tk9UQTogQ09MT1FVRSBBUVVJIEEgU1VBIFBSP1BSSUEgTElDRU4/QQpFc3RhIGxpY2VuP2EgZGUgZXhlbXBsbyA/IGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxJQ0VOP0EgREUgRElTVFJJQlVJPz9PIE4/Ty1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YT8/byBkZXN0YSBsaWNlbj9hLCB2b2M/IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSA/IFVuaXZlcnNpZGFkZSAKWFhYIChTaWdsYSBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUpIG8gZGlyZWl0byBuP28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyP25pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zID91ZGlvIG91IHY/ZGVvLgoKVm9jPyBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZT9kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhPz9vLgoKVm9jPyB0YW1iP20gY29uY29yZGEgcXVlIGEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGM/cGlhIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgCmRpc3NlcnRhPz9vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuP2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YT8/by4KClZvYz8gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byA/IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvYz8gdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2VuP2EuIFZvYz8gdGFtYj9tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVwP3NpdG8gZGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gbj9vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgCmNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3U/bS4KCkNhc28gYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jPyBuP28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jPyAKZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzcz9vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgPyBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbj9hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Q/IGNsYXJhbWVudGUgCmlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlP2RvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgVEVTRSBPVSBESVNTRVJUQT8/TyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0M/TklPIE9VIApBUE9JTyBERSBVTUEgQUc/TkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTj9PIFNFSkEgQSBTSUdMQSBERSAKVU5JVkVSU0lEQURFLCBWT0M/IERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJUz9PIENPTU8gClRBTUI/TSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBPz9FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28sIGUgbj9vIGZhcj8gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhPz9vLCBhbD9tIGRhcXVlbGFzIApjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2VuP2EuCg==Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-12-21T18:54:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false
dc.title.por.fl_str_mv À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre
dc.title.alternative.eng.fl_str_mv To the Right of Youth: the neoliberal renewal process in Brazil seen from the political action of the MBL - Free Brazil Movement
title À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre
spellingShingle À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre
Santos, Leandro Machado dos
Renovação Liberal
Reformas neoliberais
Movimentos Juvenis
Presidencialismo de Coalisão
Democracia no Brasil
Liberal Renewal
Neoliberal reforms
Youth movements
Coalition Presidentialism
Democracy in Brazil
Educação
title_short À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre
title_full À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre
title_fullStr À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre
title_full_unstemmed À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre
title_sort À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre
author Santos, Leandro Machado dos
author_facet Santos, Leandro Machado dos
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Leandro Machado dos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Berino, Aristóteles de Paula
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv CPF: 898.221.707-00
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Silva, Roberta Maria Lobo da
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Campos, Marília Lopes de
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Benacchio, Rosilda nascimento
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Coelho, Gustavo
dc.contributor.authorID.fl_str_mv CPF: 077.229.767-35
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0497053384481769
contributor_str_mv Berino, Aristóteles de Paula
Silva, Roberta Maria Lobo da
Campos, Marília Lopes de
Benacchio, Rosilda nascimento
Coelho, Gustavo
dc.subject.por.fl_str_mv Renovação Liberal
Reformas neoliberais
Movimentos Juvenis
Presidencialismo de Coalisão
Democracia no Brasil
topic Renovação Liberal
Reformas neoliberais
Movimentos Juvenis
Presidencialismo de Coalisão
Democracia no Brasil
Liberal Renewal
Neoliberal reforms
Youth movements
Coalition Presidentialism
Democracy in Brazil
Educação
dc.subject.eng.fl_str_mv Liberal Renewal
Neoliberal reforms
Youth movements
Coalition Presidentialism
Democracy in Brazil
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Educação
description Buscamos neste trabalho entender, a partir de uma configuração sócio-histórica específica, a forma como o Movimento Brasil Livre se articula com outras organizações políticas de corte liberal, refletindo principalmente sobre os efeitos que as imagens produzidas pelo movimento tem na sua proposta de difusão de uma narrativa ancorada nos princípios e valores do liberalismo formulado principalmente pelos teóricos da Escola Austríaca de Economia, com ênfase principalmente para as contribuições de Friedrich Hayek. A ideia foi apresentar as conexões existentes, sem a preocupação de provar os vínculos institucionais, entre o movimento e seus aliados políticos, entendendo que não se trata de uma articulação que emerge apenas a partir das mobilizações do segundo semestre de 2013, com o intuito de mostrar que o surgimento dessa organização política naquela configuração específica revelava que o bloco liberal, organizado de modos mais orgânico no país, a partir de 1977, encontrava naquele contexto as condições favoráveis para vir a público e defender seus princípios e valores sem nenhum pudor. Cabe destacar que esse processo não foi observado de modo isolado, mas considerou que as articulações nacionais se entrelaçavam com os projetos políticos, econômicos e sociais que o capitalismo colocara em prática após o fim da Era de Ouro do capitalismo mundial, já que partiram dos países centrais, especialmente dos Estados Unidos da América, o modelo que deveria ser colocado em prática a partir de então. Nossa análise concentrou atenção nas reflexões macroeconômicas produzidas pelo campo da teoria crítica para pensar que as transformações sistêmicas adotadas no final da década de 1960 imprimiram uma nova realidade política que inibia a ação o efeito das ações políticas de massa sobre as decisões dos estados nacionais desequilibrando substancialmente a relação de conflito distributivo entre os interesses do mercado e a garantia do Estado democrático de direito, corroborando a ideia de que a baixa produtividade do sistema impossibilitava dali por diante a manutenção de qualquer conjunto de direitos, imprimindo, desta forma, uma série de limites para a realização da própria democracia enquanto forma de governo possível. Esse processo de reforma se inicia, no Brasil, com Fernando Collor de Mello, em 1990, e permanece sem interrupção até Jair Bolsonaro, revelando que o liberalismo colocado em prática no país vai combinar momentos de maior ou menor ortodoxia, aparentando, em alguns momentos, principalmente durante os anos de governo do Partido dos Trabalhadores, ter se tornado algo diferente. Assim, percebemos que o Movimento Brasil Livre, enquanto representante de uma fração da juventude, não emerge do nada, mas representa uma importante renovação dos quadros políticos liberais no Brasil.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-11-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-12-21T18:54:49Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-12-21T18:54:49Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SANTOS, Leandro Machado. À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre. 2019. 152 f. Tese (Doutorado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação / Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica / Nova Iguaçu - RJ, 2019.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9952
identifier_str_mv SANTOS, Leandro Machado. À Direita da Juventude: o processo de renovação neoliberal no Brasil visto a partir da atuação política do MBL - Movimento Brasil Livre. 2019. 152 f. Tese (Doutorado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação / Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica / Nova Iguaçu - RJ, 2019.
url https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9952
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.references.por.fl_str_mv ABRAMO, Helena. Considerações sobre a tematização social da juventude no Brasil. Revista Brasileira de Educação. Nº 05, 1997. ABRAMOVAY, Miriam; CASTRO, Mary Garcia (org). Juventude, Juventudes: o que une e o que separa. Brasília: UNESCO, 2006. ADORNO, Theodor W. Teoria da Semi-Cultura. Porto Velho, Primeira Versão, 2005. Ano IV. Nº 191. __________________. Indústria Cultural e Sociedade. Tradução Julia Elisabeth Levy. São Paulo: Paz e Terra, 2002. ___________________. O ensaio como forma. In: ADORNO, Theodor W. Notas de Literatura I. Tradução Jorge M. B. de Almeida. São Paulo: Duas Cidades, 2003. ___________________; HORKHEIMER, Max. Conceito de Iluminismo In: BENJAMIN, Walter; HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor; HABERMAS, Jürgen. Textos escolhidos. Tradução José Lino Grünnewald. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção Os pensadores) AMARAL, Mariana. A Roupa nova da direita. Disponível em: http://apublica.org/2015/06/a-nova-roupa-da-direita/ (06/2015) ARANTES, Paulo. O Novo Tempo do Mundo: e outros estudos sobre a era da emergência. São Paulo: Boitempo, 2014. ______________. Zero à Esquerda. São Paulo: Conrad, 2004. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. 1936. BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. Tradução Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Brasiliense, 2005. BERMAN, Marshal. Tudo que é sólido desmancha no ar. A aventura da modernidade. Tradução Carlos Felipe Moisés e Ana Maria L. Ioriatti. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. BRAGA, Amanda. Paradigma Indiciário na Análise do Discurso: de Monalisa a Mandela. Revista Letras Raras, 2014. Volume 04. nº 1. BRINGEL, Breno. Miopias, sentidos e tendências do levante brasileiro de 2013. Insight Inteligência, n. 62, p. 43-51, jul.-ago.-set, 2013. BURKE, Peter. Testemunha Ocular: o uso da imagem como evidência histórica. Tradução Vera Maria Xavier dos Santos. São Paulo: Unesp, 2017. CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. São Paulo: Zahar, 2013. CARLOS, Antônio. Quem está por traz do protesto do dia 15. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/quem-esta-por-tras-do-protestono-dia-15-3213.html (consulta realizada em 13/03/2015). COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva. In: COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva; Discurso Preliminar sobre o Conjunto do Positivismo; Catecismo Positivista. Tradução José Arthur Giannotti e Miguel Lemos. São Paulo: Abril Cultural, 1988. (coleção Os Pensadores. COURTINE, Jean-Jacques. Metamorfoses do discurso político: derivas da fala pública. Tradução Carlos Piovezani e Nilton Milanez. São Paulo: Claraluz, 2006. DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo: comentários sobre a sociedade do espetáculo. Tradução Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. DELEUZE, Giles. Post-scriptum Sobre as Sociedades de Controle. Tradução Peter Pal Pelbart. Rio de Janeiro: Conversações, 1992. (34ª edição) DESCARTES, Rène. Discurso sobre o método. Tradução Torrieri Guimarães. São Paulo: Hemus, 1978. DINIZ FILHO, Luiz Lopes. Paulo Freire e a Educação “Bancária Ideologizada”. Disponível em: http://www.escolasempartido.org/artigos-top/382-paulo-freire-e-aeducacao-bancaria-ideologizada (setembro/ 2015). DREIFUSS, René. O jogo da direita. Rio de Janeiro: Vozes, 1989. DURKHEIM, Émile. As Regras do Métodos Sociológico. Tradução Pietro Nassetti. São Paulo. Martin Claret, 2004. EAGLETON, Terry. Ideologia. Uma Introdução. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista/ Boitempo, 1997. ELLER, Johanns. Governo federal libera mais 42 agrotóxicos no Brasil e amplia recorde desde a posse de Bolsonaro. Rio de Janeiro: O Globo, 20/06/2019. (Edição Digital). FERNANDES, Florestan. Mudanças sociais no Brasil. (3a. edição), São Paulo: DIFEL 1979. _____________________. Em Busca do Socialismo: últimos escritos e outros textos. São Paulo: Xamã, 1995. FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Tradução Raquel Ramelhete. Petrópolis: Vozes, 1987. FREIXA, Carles e LECCARDI, Carmem. O conceito de Geração nas teorias sobre juventude. Revista Sociedade e Estado. Volume 25. Maio - agosto, 2010. GINZBURG, Carlo. Mitos, Emblemas, Sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. GOHN, Maria da Glória. Teoria dos Movimentos Sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos. São Paulo: Loyola, 1997. GONÇALVES, Eduardo. Táticas e Truques do MBL. Edição On Line da Revista Veja (Eleições), 2018. Disponível em: https://veja.abril.com.br/politica/as-taticas-e-ostruques-do-mbl/ GROPPO, Luís Antonio. Juventude: ensaios sobre Sociologia e História das Juventudes Modernas. Rio de Janeiro: DIFEL, 2000. ______________________. Teorias Críticas da Juventude: geração, moratória social e subculturas juvenis. Florianópolis: Revista em Tese. volume 12. Nº 1, janeiro/julho de 2015. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A, 2006. HARVEY, David. Cidades Rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. Tradução Jeferso Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2014. ______________. O Novo Imperialismo. Tradução Adail Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Loyola, 2004. ______________. Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. Tradução Adail Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Loyola, 1996. HAYEK, Friedrich. O Caminho da Servidão. Tradução Anna Maria Copovilla, José Ítalo Stelle e Liane de Morais Ribeiro. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2010. HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX (1914- 1991). Tradução Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. IPEA. Atlas da Violência. Rio de Janeiro: IPEA/FBSP, 2018. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/180604_atlas _da_violencia_2018.pdf KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: O que é Iluminismo? (1784) Tradução Artur Morão. Disponível: https://www.marxists.org/portugues/kant/1784/mes/resposta.pdf (consulta realizada no dia 22/05/2018) KOSELLECK, Reinhart. Crítica e crise. Tradução: Luciana Villas-Boas Castelo-Branco. Rio de Janeiro: UERJ/Contraponto, 1999. LAURELL, Asa Cristina. Avançando em direção ao passado. In: LAURELL, Asa Cristina (Org.) Estado e Políticas Sociais no Neoliberalismo. São Paulo: Cortes, 1997. LEHER, Roberto. Um Novo Senhor da educação? A política educacional do Banco Mundial para a periferia do capitalismo. Revista Outubro, fevereiro/ 1999. Edição 3. Disponível em: http://outubrorevista.com.br/um-novo-senhor-da-educacao-a-politicaeducacional-do-banco-mundial-para-a-periferia-do-capitalismo/ LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo civil. Tradução Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Rio de Janeiro: Clube do Livro Liberal, 2018. Disponível em: http://www.xr.pro.br/IF/LOCKE-Segundo_tratado_Sobre_O_Governo.pdf LUXEMBURGO, Rosa. Reforma ou Revolução? In: Textos escolhidos. Tradução Isabel Loureiro (org.). São Paulo: Expressão Popular, 2009. MANCUSO, Wagner Pralon. O Lobby da Indústria no Congresso Nacional: empresariado e política no Brasil. São Paulo: Humanitas, EdUSP, 2007. MANNHEIM, Karl. “O problema sociológico das gerações”. In: FORACCHI, Marialice M. (org.). Mannheim. Col. Os Grandes Cientistas Sociais, n. 25, São Paulo: Ática, 1982, p. 67-95. MARX, Karl. [1852]. O 18 Brumário de Louis Bonaparte. 2. ed. Lisboa: Avante, 1984. ___________; ENGELS, Friedrich. A ideologia Alemã. Tradução Álvaro Pina. São Paulo: Expressão Popular, 2009. (1ª edição). MBL. Propostas Aprovadas no Primeiro Congresso Nacional do Movimento Brasil Livre. São Paulo: Novembro de 2015. Disponível em: http://mbl.org.br/wordpress/wpcontent/uploads/2017/05/propostas-mbl.pdf NOBRE, Marcos. Choque de democracia: razões da revolta. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. OLIVEIRA, Francisco. Brasil uma Biografia não Autorizada. São Paulo: Boitempo, 2018. __________________; RIZEK, Cibele. (org.) A Era da Indeterminação. São Paulo: Boitempo, 2007. ONOFRE, Gabriel. Friedrich Hayek e os Liberais Brasileiros na Transição Democrática. Niterói: Revista Crítica Histórica, Ano V, nº 10, dezembro de 2014. PAULANI, Leda. Brasil Delivery: servidão financeira e estado de emergência econômico. São Paulo: Boitempo, 2008. QUIJANO, Anibal. Colonialidade do Poder, Eurocentrismo e América Latina. Buenos Aires: Clacso, 2005. RANCIÈRE, Jacques. O Ódio à Democracia. Tradução Mariana Schalar. São Paulo: Boitempo, 2014. RODRIGUES, Odiombar. Ensino, educação e doutrinação. Disponível em: http://escolasempartido.org/artigos-top/554-ensino-educacao-e-doutrinacao (setembro/2015) SADER, Eder. Quando Novos Personagens Entraram em Cena: experiências, falas e lutas dos trabalhadores da Grande São Paulo, 1970-80. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 4ª edição 2001. SANTOS, Leandro dos; MOURA, Georgete; MOTTA, Flavia. Educação e Demandas Populares: os populares e a luta por educação no Brasil (1980- 1990). Nova Iguaçu (RJ): REPECULT, 2017.2. Volume 3. _______________; REZENDE, Karine. Potencialidades Político-Pedagógicas na Ocupação Estudantil no Instituto de Educação Rangel Pestana. São Paulo: Revista Juventude.br, 2018. 16ª edição. Ano 13. SAVAGE, Jon. A criação da Juventude: como o conceito de teenage revolucionou o século XX. tradução Talita Rodrigues. Rio de Janeiro: Rocco, 2009. SECCHI, Leonardo; ITO, Letícia Helena. Think Tanks e Universidades no Brasil: análise das relações na produção de conhecimento em política pública. Revista de Planejamento e Políticas Públicas. Nº 46. Janeiro/ junho, 2016. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/observatorio/images/ppp_n46_art12.pdf SCHWARZ, Roberto. As ideias fora do lugar: ensaios selecionados. São Paulo: Penguin Classics / Companhia das Letras, 2014. SPÓSITO, Marília; CARRANO, Paulo. Juventude e Políticas Públicas no Brasil. Revista Brasileira de Educação. Set/ out/ nov/ dez, 2003. Nº 24. SCHLUCHTER, Wolfgang. O Desencantamento do Mundo: seis estudos sobre Max Weber. Tradução Carlos Eduardo Sell. Rio de Janeiro: UFRJ, 2014. STREECK, Wolfgang. As crises do capitalismo democrático. Tradução Alexandre Morales. Novos Estudos nº 92: março, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/nec/n92/n92a04.pdf _______________. Tempo Comprado: a crise adiada do capitalismo democrático. Tradução Marian Toldy e Teresa Toldy. São Paulo: Boitempo, 2018. TAVARES, Flávia; AMORIN, Daniele. Como movimentos ultraconservadores conseguiram encerrar a exposição Queermuseu. Revista Época, 2017. Disponível em: https://epoca.globo.com/brasil/noticia/2017/09/como-movimentos-ultraconservadoresconseguiram-encerrar-exposicao-queermuseu.html WEBER, Max. A psicologia social das religiões mundiais: In: Ensaios de sociologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. p. 309-346. ___________. A objetividade do conhecimento nas ciências sociais. In: COHN, Gabriel (Org.). FERNANDES, Florestan (Coord.). Weber – Sociologia. Coleção Grandes Cientistas Sociais, 13. São Paulo: Ática, 1999, p. 79-127. ___________. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
instname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
instacron:UFRRJ
instname_str Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
instacron_str UFRRJ
institution UFRRJ
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
bitstream.url.fl_str_mv https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/9952/1/2019%20-%20Leandro%20Machado%20dos%20Santos.pdf.jpg
https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/9952/2/2019%20-%20Leandro%20Machado%20dos%20Santos.pdf.txt
https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/9952/3/2019%20-%20Leandro%20Machado%20dos%20Santos.pdf
https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/9952/4/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv cc73c4c239a4c332d642ba1e7c7a9fb2
33698a1410059f5599779f46ca6ceb47
28d935bbb459b081444937b47c6c7124
7b5ba3d2445355f386edab96125d42b7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
repository.mail.fl_str_mv bibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.br
_version_ 1804134801264869376